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— Obrigada.— Ucker ficou analisando meu rosto e sorrindo de um jeito bobo. Eu queria acreditar que aquilo fosse algo a mais. E, como sempre, me contive. Ele já tinha sorrido assim antes e depois sumido.

— Vamos?— Concordei, e saímos de mãos dadas enquanto os funcionários do hotel nos olhavam e sorriam. Formávamos um casal bonito, isso era inegável.

Um motorista da família Uckermann estava à espera com a porta do carro aberta assim que chegamos do lado de fora do hotel.

Durante o caminho, uma música tocava, e ele conversou pelo telefone com o pai. Então não tivemos muito assunto.

Chegamos ao local do evento, e os jornalistas se empoleiravam para saber quem seria o magnata ou celebridade que sairia do próximo carro e foram ao delírio quando Ucker desceu e estendeu a mão para mim, desci e os flashes quase me cegaram, mesmo assim, sorri. Caminhamos até o mural com nome de todos os patrocinadores e equipes e tiramos a tradicional foto no tapete vermelho. Meu coração pulsava nos ouvidos tamanho o meu nervosismo, e eu sentia que poderia desmaiar a qualquer momento

É sua namorada?

Há quanto tempo estão juntos?

Essas e outras perguntas ficaram sem respostas, assim que tiramos algumas fotos, Ucker me guiou para dentro e pareceu incomodado com o assédio dos jornalistas. Não falei nada, não queria estragar a nossa noite.

Caminhamos para dentro do local e fiquei perplexa com a decoração. Grandes lustres de cristal desciam do teto, as mesas estavam decoradas com arranjos de flores brancas e verdes. A iluminação estava incrível, e muitas pessoas já circulavam pelo local.

— Ei, estamos aqui.— Marie Christina disse, e nós dois viramos em direção a ela. Usava um vestido vermelho esvoaçante, estava maravilhosa.

— Oh, querida, você está deslumbrante.— Disse ao me abraçar.

— A Sra também, belo vestido.— Ela sorriu simpática e beijou a testa do Ucker. Seguimos até a mesa dos Stone, e os amigos dele também estavam por lá, Lisa parecia um peixe fora d'água e seu rosto se iluminou ao me ver.

Dei um oi e sorri para todos, era muita gente para beijar e abraçar. Sentei-me entre Ucker e Marie Christina enquanto Víctor Manuel Uckermann me observava com seus olhos bonitos e astutos.

— Quer beber alguma coisa?

— Champanhe.— Ucker pediu a minha bebida, passou o braço por trás da minha cadeira e ficou roçando os dedos de leve no meu ombro. Um carinho tão sutil quanto delicioso. Ficamos conversando sob os olhares dos pais dele, que pareciam um casal de adolescentes apaixonados, e rindo de seus amigos, que davam em cima de todas as mulheres que passavam. Lisa e Brayan sumiram e nem me dei ao trabalho de me preocupar, ela era uma menina bem responsável.

— Quer dançar?— Ucker perguntou, e eu fiquei surpresa.

— Quero, sim.— Ele levantou e estendeu a mão para mim. Caminhamos até a pista de dança, e ele se mostrou um ótimo dançarino.

— É a mulher mais linda da festa.— Sussurrou no meu ouvido, fazendo meu sorriso aumentar.

— Não me deixe mais envolvida do que eu já estou.— Na verdade, queria dizer apaixonada e substitui a palavra na hora certa. Ele sorriu e não respondeu nada.

Dançamos algumas músicas e votamos para a mesa, Víctor Manuel pediu que Ucker o acompanhasse, pois precisavam cumprimentar algumas pessoas, então fiquei com Marie Christina.

— E aí, como estão as coisas?— Ela perguntou.

— Estranhas, Ucker tem medo de me perder, por essa razão estou aqui. Disse a ele que não queria mais nada. Por isso, ele me convidou para o baile, já estou achando que foi uma péssima ideia ter aceitado.

The CEO who loved me (adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora