— Eu morri e fui para o céu? - Ele falou com a voz grave e arrastada, com um olho aberto e outro fechado por causa da claridade. Forçou um pouco mais e me encarou com seus olhos incrivelmente
castanhos-claros.— Não, você não morreu, só está bêbado.- Ele sorriu e levantou a mão direita até o meu rosto, mas me esquivei do seu toque.
— Você parece um anjo.
Foi a única coisa que falou antes de cair em sono profundo mais uma vez.
Eu odiava gente bêbada, mas estava contra os meus princípios deixar alguém sapecar no sol de Ibiza o dia todo.
Era isso que aconteceria com ele, a praia encheria, a festa começaria e ninguém se importaria se ele estava tomando sol, dormindo ou morto.
Chamei o rapaz do restaurante mais próximo e menti que o bonitão era meu amigo e que tinha bebido um pouco demais. Ele me ajudou a levá-lo até o hotel onde eu estava. Durante o caminho, ele teve pequenos flashes de memória.
Falou que gostava do cheiro do meu cabelo e ficava pendendo para o meu lado o tempo todo. Não sei como tive forças para levá-lo até o meu quarto. Chegando lá, o rapaz o deixou no box. Ele precisava de um banho e depois dormir ou jamais conseguiria ir embora. Com muita dificuldade e alguma ajuda dele, consegui deixá-lo apenas de cueca. Deixei o chuveiro ligado por quase meia hora, e então o ajudei a sair, o homem parecia em coma alcóolico. Caminhamos juntos até o quarto, e ele caiu de forma desajeitada na minha cama. Peguei duas toalhas e sequei o corpo dele com calma. Tive que admitir que ele se encontrava em ótima forma, musculatura trabalhada e tudo em seu devido lugar, a pele estava levemente bronzeada e quente. Enrolei a toalha em sua cintura, e depois desci a cueca branca pelas pernas musculosas. Engolia em seco a todo momento. Ele era perfeito. Sabe o tal macho alfa e dominante para o qual a minha amiga vivia se exibindo? Então, era ele!
Sentei na cama e fiquei analisando aquele homem, alto, forte e lindo, desmaiado na minha cama. Qualquer mulher se sentiria maravilhada. Mas eu não, não dava para imaginar ter alguma coisa com alguém que bebia e ficava naquela situação.
Ellen ligou várias vezes e disse a ela que estava com mal-estar e não sairia do quarto, não dava para explicar por telefone o que aconteceu. Ela não acreditaria e acabaríamos brigando. Sim, ela era do tipo que brigava por homens. Pedi meu almoço no quarto e fiquei na varanda lendo um livro. De hora em hora, eu entrava no quarto para ver se o Ucker já tinha acordado, mas nem sinal de vida.
Por volta das três da tarde, ele começou a se mexer na cama, e decidi que já estava na hora dele ir embora. Não ficaria de babá o dia todo.
Sentei na cama e, mais uma vez, comecei a chamá-lo.
— Ei, você precisar ir, eu tenho coisas a fazer. - Falei baixinho e bem próximo do rosto dele, e levei um susto quando seus olhos se abriram, e ele sorriu. Não entendi o motivo daquele sorriso. E levei outro susto quando ele me puxou bruscamente para a cama e rolou por cima de mim.
— Em que parte da noite nos encontramos e viemos parar nesse quarto? Se eu não me engano, você tinha ido embora do restaurante.
Então era isso, ele estava achando que estávamos juntos.
— Você está cometendo um engano, eu o encontrei na praia. Você estava bêbado e caído em uma espreguiçadeira. Eu apenas o ajudei.
Ele parece ter tido consciência do que estava acontecendo e se afastou. Depois, levantou da cama.
— Onde estão minhas roupas?" Olhou para o seu próprio corpo e viu que estava usando apenas uma toalha.
— Eu mandei para a lavanderia do hotel. Eles entregaram há pouco" Apontei para as peças dobradas e passadas em cima de uma pequena mesa. Ele assentiu, pegou as roupas e foi para o banheiro. Voltou vestido e recomposto. Em nada lembrava o bêbado deplorável que encontrei de manhã.
— Como é seu nome? - Perguntou sem olhar para mim enquanto digitava alguma coisa no celular.
— Dulce, Dulce María Espinosa Saviñón, e o seu? - Me fiz, é claro.
— Christopher von Uckermann! Agradeço pela ajuda, não sei como isso foi acontecer. Acho que foi a primeira vez que fiquei nesse estado. - Suspirei cansada, esse era o discurso de todos os bêbados.
— Não agradeça, eu faria isso por qualquer pessoa. - Ele sorriu e se aproximou.
— Mesmo assim, obrigado - Deixou um beijo demorado no meu rosto e caminhou até a porta. E só quando ele sumiu da minha vista que me dei conta de que estava com a mão no rosto, exatamente no lugar que ele beijou. Mas que diabos estava acontecendo comigo?
Corri até a janela, pois queria saber como ele iria embora. Fui até a sacada, de onde eu tinha uma boa visão da entrada do hotel. E vi quando dois carros de luxo estacionaram e alguns seguranças desceram. Um deles esbravejou enquanto Ucker revirava os olhos e mexia no celular. No mínimo, ele deve ter fugido dos seguranças. O filho do quinto homem mais rico do mundo jamais ficaria naquele estado se seus cães de guarda estivessem por perto. Um dos seguranças abriu a porta traseira, e ele entrou. Dois segundos depois, o carro se pôs em movimento, e o bonitão se foi.
Boa noite bonitas. Até o próximo.
A Dulce toda derretida kkkk alguém notou a química? Ou foi só impressão minha...
Comentem🔥
VOCÊ ESTÁ LENDO
The CEO who loved me (adaptada)
Fanfiction+ 18 | Dulce María Espinosa Saviñón sempre foi muito racional e nunca se rendeu diante de um rosto bonito e um corpo musculoso, até conhecer Christopher von Uckermann, um playboy lindo e charmoso que está disposto a quebrar sua mais importante regra...