Dias depois…
CHRISTOPHER VON UCKERMANN
Estava com meu pai ao telefone, ele, mais uma vez, reclamava da minha postura em relação a
tudo. Ele falava e falava enquanto eu contemplava a beleza de Nova York através das janelas panorâmicas do meu apartamento.— Você está me ouvindo, Ucker?
— Estou sim, pai.
— Meu filho, na sua idade, eu já havia construído um império. Não que não gostasse de festas e mulheres. Gostava e muito, mas a minha prioridade era a empresa.
E veja você, formado em
dois cursos renomados e não quer nada com a vida, como acha que me sinto?Eu sabia que meu pai era frustrado. Víctor Manuel von Uckermann era uma lenda no mundo dos negócios, éramos parecidos em tudo, fisicamente principalmente. Mas não herdei essa veia empresarial dele. Nossa família tinha tanto dinheiro que, mesmo que me esforçasse, não conseguiríamos gastar tudo nessa vida, nem na próxima. Então, eu não entendia por que diabos ele insistia tanto para eu assumir o lugar dele.
— Tudo bem, pai, eu prometo que vou melhorar.
— Porra, Christopher, eu e sua mãe estamos exaustos de escutar falsas promessas. Ou você toma jeito, ou vamos dar um jeito em você.— Respirei fundo, era sempre a mesma coisa. Eu era crucificado enquanto a minha irmã Louise viajava o mundo e gastava o dinheiro da família.
Ele desligou antes que eu pudesse responder. Eu sabia que eles estavam saturados das minhas desculpas e decidi que teria que tomar providências e dar outro rumo para minha vida. Mas não hoje!
Eu moro na cobertura do Edifício Star House, eu mesmo projetei e executei a obra. E, por
esse motivo, ganhei a cobertura dos meus pais e, posteriormente, o resto do edifício.Meu pai reclamava, mas eu administrava meus bens e sabia fazer dinheiro, só não curtia muito usar terno, e passar o dia todo enfiado nas Indústrias Uckermann não era a minha praia.
Coloquei uma roupa leve e decidi descer para a academia do prédio, eu tinha uma em casa. Mas a vista lá embaixo era muito melhor. Elas sabiam exatamente o horário em que eu costumava me exercitar.
DULCE MARÍA ESPINOSA SAVIÑÓN
Eu havia começado a trabalhar na sede administrativa do banco dos meus pais e tamanha foi a minha surpresa ao descobrir que ficava em um edifício da família Uckermann. Eu sabia que não ia encontrar com o Ucker, Ellen ficou na ilha e disse que conseguiu ir em duas festas na casa dele. E confesso que não fiquei surpresa com o relato dela. Ele era o pior tipo de libertino que existia.
Coloquei minha roupa de ginástica e desci para a academia, se desse tempo, ia nadar um pouco, fazia um calor dos infernos em Nova York, e aproveitei que era final de tarde para me exercitar e liberar um pouco de endorfina.
Quando cheguei à academia, percebi que tinha muita mulher. Achei estranho, pois geralmente venho à noite ou antes de ir trabalhar e sempre está vazio. Elas usavam roupas muito curtas e decotadas, eu sabia que eram roupas de ginástica, mas aquilo chegava a ser vulgar. Tentei não dar bola e decidi correr alguns minutos na esteira. Coloquei meus fones de ouvido e escolhi uma playlist animada. Hoje, eu queria queimar todas as calorias do meu almoço.
Comecei a prestar atenção em um filme legendado que passava em uma grande TV, posicionada em frente às esteiras. Mesmo com o volume da música estando alto, eu consegui escutar risadas. Olhei para o lado e percebi que todas as mulheres riam e olhavam para o fundo da academia. Só então percebi o motivo dos risos e das roupas curtas: Christopher von Uckermann!
Mas que diabos ele está fazendo aqui?
Enquanto ele fazia um exercício de braço, vi seus músculos flexionando e pareciam muito maiores. Ele terminou a série, levantou e veio caminhando pelo corredor, não olhava para ninguém em especial, mas sabia que estava sendo observado. Usava uma bermuda escura e uma camiseta branca com símbolo da Nike em preto, conforme caminhava, o suor escorria de suas têmporas. Os olhos castanhos passaram pelas mulheres que babavam nele e depois encontraram os meus.
— Ai!— Gritei ao cair da esteira e bater com a têmpora na lateral de um aparelho. Escutei um coro de risadas. Óbvio que elas estavam pensando que a idiota caiu por causa dele.
— Ei, você está bem?— Girei a cabeça e encontrei os olhos do Ucker em mim.
— Acabei de cair de uma esteira. Não, não estou bem.— Ele ergueu as sobrancelhas, estranhando a minha grosseria, pelo visto, ele não lembrava de mim. Que ótimo!
Fui levantando, e ele tentou me ajudar, mas eu neguei a sua ajuda.
— Isso aí vai ficar feio. — disse, apontando para a minha cabeça.
— Ai. — falei ao tocar na minha testa.
— Venha, eu tenho um kit de primeiros socorros no meu armário.— Falou solicito, e eu quase fui. Mas recuei.
— Não se preocupe, Ucker, eu cuido disso.— Ele parou ao perceber que eu sabia o nome/apelido dele. Grandes merdas, todas deveriam saber.
— Nossa! Eu sabia que te conhecia de algum lugar. A garota que recusou meu convite em Ibiza. Dulce certo? — Dei uma risada sarcástica.
— Não esqueça que também te salvei de fritar no sol da Espanha. Sim, sou a Dulce.— Ele deu um sorriso que me fez parar de respirar.
— Obrigado por isso também. — Eu sabia que ele ainda queria me ver pelada. E eu não tinha certeza se também queria vê-lo pelado. Então, antes que eu fizesse alguma merda, resolvi que era hora de encerrar aquela conversa estranha.
— Bom, eu vou indo, vou cuidar disso.— Apontei para a minha cabeça e, mais uma vez, ele
sorriu.Pare de sorrir, merda!
— Bom te ver, Dulce, mora em qual andar? — Eu sabia que não deveria dar essa informação a ele, e não dei.
— Descubra, Uckermann! — Lancei meu melhor sorriso e saí. Foi impagável a cara desacreditada
que ele fez.
Demorei mas cheguei...Dul e Ucker morando no mesmo prédio hum 🤔
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The CEO who loved me (adaptada)
Fanfiction+ 18 | Dulce María Espinosa Saviñón sempre foi muito racional e nunca se rendeu diante de um rosto bonito e um corpo musculoso, até conhecer Christopher von Uckermann, um playboy lindo e charmoso que está disposto a quebrar sua mais importante regra...