— Pronta?— Ele disse antes se subirmos no avião. Eu não estava pronta, muito pelo contrário, estava me pelando de medo, mas nunca fui mulher de amarelar no último minuto.
— Sim.— O avião ganhou velocidade e começou a subir, Mário, nosso instrutor, estava tranquilo, Ucker o também, conversava com mais dois rapazes que saltariam, eu era a única pessoa tensa. A vista foi ficando deslumbrante conforme foi ganhando altitude. E por dois segundos, eu esqueci que faria um salto em queda livre. Esse era o efeito de Christopher Uckermann na minha vida, me fazia desafiar meus próprios limites.
Mário conferiu tudo pela última vez e conectou meu equipamento ao do Ucker. E nem preciso dizer que meu coração galopava no peito. O medo e a adrenalina se misturavam assustadoramente dentro de mim e, ainda assim, a coragem conseguiu emergir do fundo da minha alma e me impulsionar.
— Está tudo Ok, podem saltar quando estiverem prontos.— O Instrutor disse e senti que a hora tinha chegado. Ucker deu um passo à frente, e fiz o mesmo.
— Pronta, Dulce?— Eu não estava pronta e nunca estaria. Se dependesse de mim, eu ficaria olhando pela porta do avião e jamais teria coragem de saltar.
— Estou, sim.— Disse, e Ucker se inclinou na porta do avião. Meu corpo foi junto. E milésimos de segundos depois, senti nossos corpos sendo lançados em uma queda livre que me despertou todos os tipos de medo. Sabe aqueles sonhos em que você está caindo e nunca consegue acordar? Então, era assim que eu me sentia. Mas eis que a vista e a sensação de liberdade me fizeram sorrir em meio a todo medo e pavor.
E um grito esganiçado saiu da minha garganta, eu me sentia livre, me sentia poderosa, capaz de conquistar o mundo. E, quando meu corpo se acostumou ao medo, adrenalina, euforia e outras sensações desconhecidas, senti Ucker acionando os paraquedas, fazendo meu corpo relaxar e curtir a vista.
— Isso é demais.— Berrei no ouvido dele.
— Eu sabia que ia gostar.— Enquanto Ucker guiava o paraquedas para o local onde iríamos aterrissar, eu me perdi na paz e euforia que tomavam conta de mim. Eu jamais poderia agradecer por todas as experiências maravilhosas que estava tendo com ele. Ucker me desafiava e me fazia superar todos os meus medos.
Quando finalmente chegamos em terra firme, todo meu corpo tremia, e meu coração parecia que explodiria. Ele me soltou do equipamento e finalmente eu pude abraçá-lo.
— Foi a coisa mais incrível e radical que já fiz na vida, obrigada.— Ucker retribuiu o meu abraço com um sorriso enorme no rosto.
— Eu sabia que ia gostar, agora vamos que, se eu não me engano, me deve um sexo de comemoração.— Gargalhei, sentindo minhas pernas bambas, não sei se conseguiria fazer alguma coisa. Mas, com certeza, tentaria.
A segunda-feira começou cheia de problemas e mal tive tempo de falar com o Ucker. Ellen me enviou mensagem pedindo para almoçar comigo. Eu não teria tempo para encontrar com ela. E, para não negar o convite, pedi que me encontrasse na empresa e almoçasse comigo na sala de reuniões, anexa ao meu escritório. Ela aceitou e agora estava passando pela minha porta e, logo atrás, avistei Lisa equilibrando nossos almoços em uma grande bandeja.
— Obrigada, Lisa.— Minha assistente deixou tudo organizado na mesa e saiu. Sendy apenas sorriu e se sentou.
— Dulce, eu sei que as coisas estão estranhas entre nós, mas acho que isso tem que parar, sempre fomos ótimas amigas. E não quero que o seu lance com o Ucker atrapalhe as coisas entre nós.
Eu sempre quis ouvir algo maduro e sincero da minha melhor amiga. Mas todo esse mal-estar por causa do Ucker me fez reavaliar a nossa amizade e alguma coisa em mim não estava acreditando nessa mudança repentina. Não fazia parte de sua personalidade ser tão compreensiva.
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The CEO who loved me (adaptada)
Fanfiction+ 18 | Dulce María Espinosa Saviñón sempre foi muito racional e nunca se rendeu diante de um rosto bonito e um corpo musculoso, até conhecer Christopher von Uckermann, um playboy lindo e charmoso que está disposto a quebrar sua mais importante regra...