Bonequinha de luxo

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- Amor eu vou assistir bonequinha de luxo, você quer me acompanhar? - Com uma das camisas de Magnus batendo um pouco acima das coxas e apenas de calcinha Sorrel perguntou do sofá.

Magnus a observou antes de suspirar, ela estava perfeita, homem nenhum recusaria um convite daquela mulher, mas ele precisava.

- Eu tenho que resolver uma coisa. É provável que eu ainda consiga chegar antes do fim. - Ele se aproximou do sofá e a beijou no topo da cabeça.

- Tudo bem. Magnus? - Ela chamou antes que ele se afastasse por completo.

- Sim?

- Você vai encontrar o Alec? - Sorrel ficou de joelhos no sofá enquanto apoiava os braços e o rosto no encosto.

- Isso incomoda você? - Magnus perguntou cautelosamente.

- Você sabe a resposta. - Ela revirou os olhos.

- Eu sei. O que quer saber?

- Se ele vai partir seu coraçãozinho.

- Tenho certeza que se vocês se conhecessem não estaria tão preocupada assim comigo. - Magnus sorriu.

- Iludindo jovens enfermeiros, Magnus Bane? - Sorrel ergueu uma sobrancelha perfeita, seu tom era provocativo.

- Pela primeira vez eu não gostaria de estar nessa situação.

- Você parece arrependido.

- Não a ponto de deixá-lo.

- Eu fico esperando você Magnus, essa conversa ainda não acabou. - Sorrel se virou e voltou a sentar.

- Tchau para você também. - Magnus sorriu e saiu.

Não demorou muito para que Magnus estivesse na porta do Mercy Hospital, ele desceu do carro e se encostou no veículo. Pouco tempo depois Alec saiu, ele ria enquanto conversava com uma mulher que pela descrição Magnus supôs ser Catarina. Ele estava todo de azul, a cor do céu antes de escurecer.

Magnus quase não percebeu a aproximação de Alec. Ele apenas o encarou por um bom tempo.

- Por que está me olhando assim?

- Como alguém que não entende o que você veio fazer aqui? Não sei, por que será?

- Eu não vou pedir desculpa por algo que não pude evitar. - Magnus cruzou os braços.

- Eu não quero suas desculpas. Já que está tudo esclarecido entre nós... - Alec se virou mas foi impedido pela mão de Magnus em seu pulso.

- Não me toca. - Ele puxou o braço como se o toque queimasse.

- Alec...

- Você tem uma noiva Magnus, tenho certeza que ela está te esperando.

- Você não tem que se preocupar com ela.

- Eu estou preocupado comigo, não vou ficar esperando o resto da vida você me procurar somente quando te for conveniente. Agora se me der licença... - Alec se afastou atravessando a rua novamente.

Magnus não teve muito o que fazer para impedi-lo, não podia obrigar o rapaz a ficar ou fazer o que não queria e Alexander com toda a certeza não queria a companhia de Magnus naquele momento. Pelo menos ele teria Sorrel se voltasse para casa, esse era um dos motivos pelos quais mantinha amantes e uma noiva, nunca estaria sozinho.

- O que está fazendo aqui? Não se passou uma hora desde que saiu. - A mulher não o olhou quando ele sentou no sofá ao lado dela.

- Estou tão surpreso quanto você, acredita que...

É recíproco (Malec) Onde histórias criam vida. Descubra agora