Em um quarto escurinho

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Alexander se afastou tão rápido que Magnus estendeu as mãos com medo que ele caísse da cadeira.

Pietra gargalhou.

- Vejo que resolveu seguir o meu conselho.

Ela sentou em uma cadeira de frente para eles dois.

Alec baixou a cabeça e assentiu.

- Sim.

Ela sorriu novamente.

- Tão lindo os pombinhos juntos.

O enfermeiro corou e olhou para Magnus. Que desviou os olhos para a loira.

- O que você está fazendo aqui?

Ela pegou um dos bolinhos de uma bandeja e alcançou um prato. Os empilhando. Pietra sequer olhou para Magnus ao responder.

- Estava entediada, sem dinheiro ou cigarros - A loira pegou o bule com café. - Achei que seria uma boa vim visitar o Alexander.

- Me sinto lisonjeado. - Alec colocou uma mão no peito e sorriu com deboche.

- E deveria - Ela se concentrou em morder um bolinho. - Eu poderia estar em um barco, ou na casa de algum estranho transando ou até mesmo em uma boate de strip faturando uma graninha extra. - Piscou um olho para Alec.

- Eu não acho que você é uma boa influência para Alexander, a propósito, eu não acho você boa influência para ninguém. - Magnus se irritou.

Pietra ergueu os olhos azuis para Magnus.

- A gente costumava se dar bem antes, Bane. Não pode esquecer o passado?

- É por causa do passado que eu não confio em você no presente, e muito menos no futuro.

A loira sorriu como se Magnus tivesse um ponto. Mas deu de ombros ao tomar de sua xícara com café.

- Alec já é grandinho, ele sabe se cuidar.

Alec levantou.

- Já chega você dois, sempre que se juntam vocês tem que discutir.

- Seu namorado que sempre implica comigo. - Pietra continuou a comer. - Eu vim em paz.

- Essa palavra não existe para você. - Magnus retrucou.

- Chega, Magnus. - Alec interrompeu novamente.

- Mas baby...

O enfermeiro o ignorou e olhou para a garota.

- Eu preciso sair, It girl, nos vemos depois?

Pietra assentiu.

- Claro.

- E você, não tem que ir trabalhar? - Se virou para Magnus.

- Mais tarde.

Alec assentiu.

- Eu vou me arrumar.

Magnus se levantou assim que Alec se virou para sair.

- Eu vou com você. Eu te ajudo a se arrumar. - Explicou diante o olhar de questionamento do enfermeiro.

- Vai ajudá-lo a tirar a roupa também? - Pietra alfinetou.

- Não é da sua conta. - Magnus retrucou.

- Vocês parecem crianças. - Alec mostrou a língua para os dois.

- Olha só quem fala. - Pietra provocou com um sorriso.

Depois de olhar para os lados, Magnus colocou uma das mãos nos quadris de Alec e os dois correram pela casa, até o quarto de Alec.

É recíproco (Malec) Onde histórias criam vida. Descubra agora