É recíproco (Malec)

Como uma borboleta

Essa foi a melhor imagem que eu encontrei no momento para representar esse capítulo, então sorry 😓

As mãos pálidas deslizaram pelo corpo moreno com volúpia, os lábios cheios roçaram o peito chegando até o pescoço. Com um único movimento do corpo pálido e esguio Magnus tinha  o garoto sobre si. A boca vermelha tocou a sua e os olhos verde-dourados se fecharam automaticamente, azul brilhou atrás de suas pálpebras, mas não o azul pálido que estava diante de si, azul cobalto como ele não via há alguns dias. 

  - Eu preciso ir. - Magnus se sentou e com as duas mãos tirou Nicolas de seu colo. 

  - Como assim precisa ir? Nós ainda nem começamos. - O garoto o olhou frustrado.

  - Nem vamos terminar. - Magnus vestiu rapidamente a calça e a camisa que estavam jogadas no chão. 

  - Você vai mesmo me deixar assim? - Nicolas choramingou e Magnus revirou os olhos. 

  - O que você quer? Dinheiro? 

  - Não! Como ousa me perguntar isso?

Magnus esperou talvez por cinco segundos. 

  - Tudo bem eu quero, mas apenas porque a forma como me tratou é imperdoável. 

  - Vocês são todos iguais. - Magnus jogou as notas em cima da cama e saiu do quarto sem olhar para trás. 

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Uma das primeiras coisas que Magnus fazia ao entrar em casa era tirar os sapatos, ele sempre, sem exceção, observava se tudo estava impecavelmente limpo e organizado. Dependendo do horário, suas roupas deslizavam para o chão e só paravam quando ele chegava ao quarto onde Sorrel gentilmente retirava o que havia ficado. Ele sabia que quando adormecia depois do sexo ela saía para pegar as roupas espalhadas pela casa, aquela era a única bagunça que ele se permitia fazer. 

  - Está tudo ao seu agrado, senhor Bane? - Greta entrou na sala interrompendo seus pensamentos. 

  - Como sempre, Greta. - Magnus sorriu afetuosamente para a mulher. - Você arrumou o que eu lhe pedi? 

  - Sim senhor, está no quarto. Senhor? - Antes que ele pudesse sair a governanta o chamou. 

  - Sim? - Magnus se virou. 

  - A senhorita Blanc ligou e pediu para avisá-lo que chega no fim de semana. 

  - Sorrel? 

  - Sim. 

  - Tudo bem, obrigado Greta. 

  - Com licença senhor. 

Ao entrar no quarto Magnus avistou as duas bolsas grandes em cima da cama, ele observou atentamente tudo ao redor. As cortinas ainda eram as mesmas desde que Sorrel esteve no quarto pela última vez, os dois porta-retratos que ficavam no criado mudo fizeram Magnus sorrir. Eles haviam ido ao Central Park e Sorrel se lamentava por uma abelha ter picado seu lábio  superior, Magnus disse que deixaria o inferior tão inchado quanto e que ela ficaria parecida com a Angelina Jolie, enquanto se beijavam, um turista tirou uma foto dos dois alegando os achar muito bonitos juntos. Sorrel pediu uma cópia e ali estava. Na segunda foto ela sorria e ele apenas a olhava deslumbrado. Magnus caminhou até a penteadeira branca que ficava próxima à cama e pegou o frasco de perfume. 

  - Tenho certeza que ela comprará um outro igual a esse. - Borrifando um pouco no ar Magnus voltou a colocá-lo no lugar, pegou as bolsas e saiu. 

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  - Está tudo aqui mamãe. - Magnus colocou as bolsas em cima da cama.