Poseidon - O Grande Segredo do Mar

Uma Mente Perversa

Atena chorava um pouco sentada na grama, ela estava em um jardim perto de Atenas, o mar ao fundo estava calmo e as estrelas brilhavam fortes como nunca haviam brilhado antes. A noite estava linda, mas ela estava com medo do que iria acontecer com os deuses caso os humanos morressem todos. Apesar de Atena não gostar de Poseidon, ela não queria matar a todos para enfraquecer o deus dos mares. 

— O que meu senhor Zeus está tentando fazer...? Por que ele não reune os Olimpianos contra Poseidon, por que quer matar a todos? Nós deuses, apesar de sermos supremos, precisamos muito dos humanos e de sua energia em forma de adoração. Gosto tanto de meu pai, mas isso parece algo radical e sem sentido... Não contigo entendê-lo. — Atena olhava para o céu, sentia o vento passar por seu rosto e cabelos e estava muito confusa.

Poseidon estava dormindo tranquilamente em seus lençóis da mais pura seda, o rei planejava conquistar alguma outra região na superfície e conseguir alcançar cada vez mais a amizade e o laço com os humanos. O deus dos mares queria ser um bom governante tanto abaixo das ondas quanto na terra firme, ele sonhava alto com esse objetivo. Poseidon não tinha noção do que estava por vir e que seu coração iria bater muito forte por causa de uma tragédia. Zeus era perverso, não possuía sentimentos e faria qualquer coisa para impedir seu irmão mais velho de progredir e ajudar a criação de Prometeu.

— Minha querida futura filha, meu amorzinho... Você será muito amada, muito cuidada e protegida por mim, eu prometo. Quando você nascer, eu irei dar a maior festa que todos os oceanos já viram e a farei mais feliz do que qualquer criatura que existe nesse universo, eu te amo tanto...

Ele sussurrava enquanto dormia de forma leve, seu amor era imenso e ele havia encontrado um motivo para ser o rei mais bondoso e amoroso, dando carinho para sua futura cria e sendo gentil com todos do reino.

Zeus ouviu Atena chorando um pouco. Apesar do líder Olimpiano não se importar muito, ele foi ao encontro de sua filha. Atena estava encostada em um pilar de mármore e suas duas mãos cobriam todo o seu rosto.

— Minha filha... Não chore, estamos fazendo isso para punir meu irmão.

A deusa sorriu levemente, mas ainda chorava. Seu rosto estava molhado com as lágrimas de tristeza que ela não sabia conter nem diante de Zeus.

— Meu senhor, meu pai. Eu queria poder entender porque o senhor quer tanto acabar com a humanidade dessa forma, não podemos apenas tirar Poseidon do Olimpo sozinho?

— Atena, escute com atenção:

Os humanos não merecem ser como nós, os deuses. O sangue humano está contaminado com pecado e maldade, eles são apenas uma forma de nós, seres poderosos, conseguirmos alimento e poder, não merecem ter conhecimento oculto e divino que apenas nós temos acesso. Poseidon e Prometeu querem dar um pouco dessa bênção para eles, e não podemos permitir isso.

Atena olhou atentamente para seu pai, um pouco surpresa com essa fala:

— Então, meu senhor, o senhor não gosta dos humanos? Eles não seriam como uma criação divina e perfeita, feita a imagem e semelhança de nós, deuses? Eles não merecem a nossa consideração, amizade e o conhecimento a medida que evoluem a cada encarnação?

Zeus olhou sério para ela e balançou levemente a cabeça para os lados, em sinal de negação.

— Eles são fracos, Atena. Os humanos são apenas uma peça que nos ajuda, mas não merecem nada do que você acabou de citar, são seres inferiores, são escravos. Todos irão morrer no dilúvio que iremos preparar e depois arrumaremos outra forma de conseguirmos poder. É apenas isso, aceite, Atena.

A deusa da sabedoria assentiu para Zeus. Ela não queria matar os humanos, mas a vontade de seu pai para si era absoluta e ponto final. Ele era o líder e sabia governar, pelo menos era isso que ela pensava em sua ilusão.

— Meu pai, entendi e aceito, estou apta a lhe ajudar com o dilúvio que irá matar os humanos e enfraquecer Poseidon. Vamos juntos exterminar a raça de Prometeu.

Zeus sorriu e pegou no queixo de sua filha, estava "feliz" por conseguir sua primeira aliada para destruir os humanos e tentar acabar com Poseidon.

— É assim mesmo, Atena, que uma deusa digna deve falar e fazer, vamos conseguir.

Poseidon e Anfitrite se encontraram, ele pegou em sua mão e a levou até a carruagem divina para ambos darem um passeio pelo reino submarino. O deus dos mares estava feliz, mas sentia algo estranho em seu coração. Era uma espécie de dor, seu coração parecia estar machucado com alguma sensação ruim. Mas isso parecia apenas um mal-estar passageiro, não era nada demais. Anfitrite acenava para os súditos de Poseidon e passava sua mão em alguns peixes e baleias que cantavam alegremente.

— Meu senhor dos mares, os animais marinhos o amam... Parece que até as criaturas do mar reconhecem sua majestade e seu carinho por esse ecossistema. — A nereida disse.

Poseidon sorriu e riu levemente, era uma risada feliz e gostosa. Ele passou a mão levemente em sua barba branca e disse:

— Sim, Anfitrite. Eles sentem que eu sou o soberano supremo desse lugar e querem muito me cumprimentar, do jeito deles. Eles me amam e eu cuido muito de suas energias, e assim me sinto feliz.

Ela sorriu, ela amava o mar e amava os animais marinhos, queria ajudar Poseidon a cuidar desses seres tão dóceis e adoráveis. A nereida ficava feliz em saber que seria uma espécie de mãe da futura filha de Poseidon, se sentia especial em ser escolhida para esse feito.

E agora, Poseidon conseguirá lutar com Zeus e Atena para parar o dilúvio? A filha de Poseidon irá nascer em alguns meses, será que ela irá ajudá-lo com isso? E Atena, vai parar de ter essa admiração e devoção cega pelo perverso deus dos céus e do raio? Isso nós vamos ver, continue acompanhando!