Há muito tempo

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Em tempos remotos, o reino de Atlântida prosperava, haviam seres marinhos e todos os tipos de peixes em volta do grande templo de Poseidon

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Em tempos remotos, o reino de Atlântida prosperava, haviam seres marinhos e todos os tipos de peixes em volta do grande templo de Poseidon. Ninfas, tritões e espécimes do mar moravam nas profundas águas de seu rei. Com sua grandiosa carruagem, ele saía pela superfície do mar em calma, sua montaria eram belos hipocampos e muitas sereias o acompanhavam também. As paredes e o teto de seu templo eram todos feitos do mais puro ouro, prata e jóias preciosas. Dentro dos salões haviam piscinas com bordas douradas, fontes jorrando água límpida e enormes estátuas de mármore em representação ao deus. Cortinas vermelhas decoravam as janelas que davam vista para o fundo do mar. Poseidon era considerado uma divindade grandiosa e plena. Rica, porém generosa. Os golfinhos pulavam alegremente na superfície marinha, tudo era regido por sua vontade divina.
No salão do trono, haviam grandes pilares brancos e escadas que davam direto ao assentamento do deus. Era feito de ouro, pérolas e oricalco.

Ele estava sentado lá, observando a todos os seus súditos. Segurando seu tridente, ele se concentrava em trazer sempre energia para o reino. Não era tão fácil ser um deus, porém Poseidon cumpria com seus compromissos de forma perfeita, os milênios o deram muita experiência e poder. O mar permanecia calmo, de forma que o deus pudesse repousar em majestade tranquilamente. Do lado de fora do templo estavam tritões, treinando com vontade. Podia-se ouvir os gritos de bravura de cada um deles, manuseando suas armas. Todos possuíam grandes caudas verde escuro, seus cabelos podiam variar de loiros, negros a ruivos, longos e lisos.

Era um dia atarefado para o deus do mar, que andava por seus grandes aposentos. Chamava muitas de suas ninfas, que o serviam prontamente.

— Aretusa, traga-me sacrifícios de touros.

— Sim, senhor.

Ando muito ocupado com tudo — pensou ele — não tenho tido tempo para ir ao Olimpo visitar minha família, mas quem sabe semana que vem eu vá, pelo menos um pouco?

Ele precisava visitar o reino de seu irmão Zeus pelo menos uma vez ao mês, para saber o que andava acontecendo entre o Conselho dos Deuses e conversar sobre o futuro da terra. Como um dos Três Grandes, Poseidon obtinha um papel importante em decidir certas coisas para o planeta. Então era preciso ter sua divina presença lá de vez em quando.

O deus deixou seu trono e foi a uma piscina quente relaxar. Precisava deixar seus afazeres um pouco de lado e pensar mais em si. Pois era ele que regia todo um ecossistema marinho, sem o mesmo o reino decairía rapidamente.

Como será que estão as coisas na superfície? Faz um bom tempo que não tenho contato direto com humanos, apenas com ninfas e seres do mar. Preciso subir também, dar uma olhada na Grécia.

Seu sangue divino subiu, lembrou-se de sua sobrinha Atena e da derrota que tivera na Ática, séculos atrás. Ela era orgulhosa e zombava de seu poder sempre que podia, eles se odiavam de forma explícita. Nunca gostara da deusa da guerra, não deixou de trazer um tsunami sequer para a capital da Grécia, Atenas.

Maldita seja ela, maldita mil vezes! Essa deusa não passa de uma menina, uma criança que surgiu de Zeus há poucos milênios. Desde sempre, o pai a fez sua filha favorita, dando cidades e a honrando com a Égide. Se não fosse por meu irmão, ela nunca teria me vencido.

Com ira, Poseidon voltou ao seu trono. Criou dez terremotos que resultaram em tsunamis na Grécia. Atena com certeza percebeu, e logo os dois entrariam em uma longa discussão novamente. O deus do mar nunca a perdoaria por cada palavra dirigida a ele.

Vi tantos deuses crescerem no Olimpo. Ártemis, Apolo, até Dionísio. Não sou muito apegado em crianças, mas no fundo... bem lá no fundo, eu amaria possuir uma. Sinto falta de um bebê ao meu lado, mas não estou com vontade de me casar...

O deus pensava em seu íntimo.

Todos os dias o rei dos mares imaginava o futuro de seus homens e mulheres marinhos. Com sua grande e excepcional força, ele mandava energia para todos e eles o retornavam com trabalho e resultados em troca. E assim ia caminhando o reino de Poseidon.

Com sua vontade divina, ele trouxe uma taça e a encheu de vinho. O deus gostava de álcool, ainda mais para ajudá-lo a se inspirar. Depois de um tempo bebendo, ele se animou um pouco. Foi até os jardins de seu palácio e avistou algumas ninfas que molhavam seus longos cabelos.

— Olá, nereidas! Como estão? — disse Poseidon.

— Meu senhor. — elas o reverenciaram.

— Estamos bem, obrigada por perguntar. — disse uma delas, que possuía cabelos ruivos e olhos verdes.

— Muito bom saber disso. Quero dizer que logo subirei a superfície da terra.

— Certo, estaremos no aguardo, meu lorde Poseidon. — uma outra disse, essa possuía cabelos negros.

Então ele se despediu de todas e fora para seus aposentos novamente. O deus estava ansioso para visitar a terra firme, apesar de não gostar tanto assim dos humanos. Com sua força de vontade, ele queria conquistar algum pedaço da Grécia. Com esperança, ele suspirou e pensou que dessa vez, talvez, os mortais fossem mais gentis com ele.

— Quem sabe eu ainda possa ser mais pacífico com a humanidade, porém isso é apenas uma ideia, não sei se irá dar certo. — disse Poseidon.

Com tantos pensamentos, o deus precisava descansar um pouco. Saíra de seu salão principal e fora até um quarto de seu palácio repousar em sua cama. Os travesseiros e lençóis eram feitos da mais pura seda e possuíam detalhes delicados em ouro e prata. O rei se acomodou e ficou lá por um bom tempo, apenas matutando sobre o que iria acontecer quando visitasse o Olimpo e a superfície. Seus olhos verde-azulados profundos estavam olhando em direção a porta.

— Não gostaria que alguém entrasse aqui agora.

Então, com sua grande energia marinha, ele trancou a porta e impediu todos de entrarem lá dentro, sua vontade era de permanecer só até o dia seguinte.

E assim aconteceu, o tempo passou e o deus dos mares ficou recolhido em seus aposentos até o dia que viria.

Será que ele e Atena discutirão muito? Será que os humanos o receberão bem? Os olimpianos o respeitarão? Isso nós veremos em breve.

Até o próximo capítulo!

Até o próximo capítulo!

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Poseidon - O Grande Segredo do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora