Poseidon estava em mais um dia cheio de afazeres e coisas para resolver, queria construir mais piscinas e estátuas para a devoção de seus súditos aumentar cada vez mais. Ele pretendia criar um recanto com altares e muitas imagens grandiosas com ele de referência. Todos os deuses precisavam de adoração, era uma energia quase que vital para o alimento divino deles, por isso eles criavam sempre templos, altares, locais de adoração. Tudo seria feito do mais puro mármore branco e preto, jóias preciosas no chão e nas paredes, com detalhes em ouro, oricalco e prata. O deus dos mares sempre fora muito orgulhoso de si, ele amava ser poderoso, belo e rico. Tinha tudo o que queria, menos uma coisa: uma criança. Ele queria muito ser pai, mas não sabia como o faria. Muitas mulheres ninfa bonitas estavam ao seu dispor, ele poderia engravidá-las a hora que quisesse, mas não sabia com qual delas iria acontecer.
Ele ansiava por isso, mas não queria chamar alguma ninfa por enquanto. Estava um pouco nervoso, mas sabia que logo seria um pai. Seria uma alegria imensa carregar uma criança em seus braços, fazer ela ninar carinhosamente perto de seu peito masculino e alimentá-la com a energia das adorações também. Ela seria o ser mais amado de todos os sete-mares. Ele queria especificamente uma menina, pequenininha e delicada. Como homem, ele era apaixonado por menininhas e queria muito ter uma delas para si. Para cuidar e amar muito, sendo ela apenas sua.
Então o deus caminhou até o seu trono e se sentou, pegou firme em seu tridente. Pensou nas ninfas, que alguma delas seria a mulher que carregaria sua criança no ventre em breve. Isso o fazia sorrir, ficar feliz demais. Ele amava a ideia e com certeza isso se realizaria não em muito tempo. Ele estava com uma aparência velha, alta e de muito respeito e experiência. Sua barba era longa e branca, suas rugas muito fortes ao redor dos olhos mostravam que ele era muito antigo, um dos deuses mais velhos do panteão olímpico. De uma hora para outra, com seu pensamento poderoso, ele criou uma aparência muito mais jovem, vigorosa e também bela. Seus longos cabelos estavam brancos, sua pele muito clara e os olhos do mais puro azul, com um pouco de verde. Braceletes dourados em seus pulsos e jóias de prata o adornando no cabelo. Sua voz mental era masculina e forte, mas mais jovem. Ele parecia um deus em plena majestade e poder. Chamou um dos súditos, que veio prontamente.
— Tritão, ajoelhe-se perante mim e me entregue algumas frutas.
— Sim, senhor, como queira.
Então o jovem homem-peixe pegou uma grande cesta de frutas apetitosas e a entregou, se prostrando com respeito para o deus. Ele sorriu, agradecido, e mandou-o ir embora. Há muito tempo que Poseidon estava tentando conquistar terras e terras, mas perdera recentemente a batalha contra sua inimiga: Atena. Há milhares de anos ele fora um deus na antiga região suméria chamado Enki, o grande deus das águas doces do Abzu. Nos desertos do Egito ele fora chamado de Ptah, deus da arquitetura e dos artesãos. Em Roma, ele foi conhecido como Netuno, que também era deus dos mares profundos. Na verdade, a deidade não é apenas da água doce ou salgada, e sim, de todas as águas. Do início dos rios que correm por todo o planeta, até o final, que desemboca nos mares. Ele era o deus que nutria a terra, grande sábio e que tinha muitos conhecimentos.
Daqui alguns dias, Poseidon iria se encontrar com seus parentes divinos. Incluindo Zeus e Atena, com quem ele não tinha muita amizade. Era difícil, mas ele precisava ir até o conselho dos deuses, queria conversar com seu irmão mais novo para saber o que ele faria quanto a sua inimiga, a deusa da guerra. Ela era abusada, arrogante e queria que nenhum de seus súditos adentrasse a terra seca, onde ficava a Grécia. Ela se sentia dona de tudo, inclusive da terra.
"— Ora, é apenas uma menininha mimada, não merece tanta atenção de minha parte!" — ele pensava, e estava certo.
Então ele se acalmou e estava se dirigindo para uma das grandes piscinas de ouro e prata que tinha no interior de seus templos. Estava com uma túnica branca com desenhos dourados e em preto. Seus olhos azuis brilhavam embaixo d'água e seus cabelos brancos estavam macios e sedosos, balançando com a água. Ele entrou na piscina e nadou bastante, sentiu o molhado das águas penetrar seu rosto e corpo. Estava ótimo, tudo bem. Quando de repente, seu irmão Zeus o chamou:
— Poseidon, vou precisar de você aqui em dois dias. — ele disse, frio e distante, sério.
— Zeus, vou ter uma conversa franca e muito importante com você.
— Sobre que assunto se trata? — ele disse, ainda sério e distante.
— É sobre sua filha Atena, ela anda muito abusada comigo.
O irmão mais novo do deus riu, ele achava engraçado como Poseidon a detestava.
— Ah, a minha filha? Saiba que eu não estou nem do seu lado, nem do dela. Tenho mais coisas a fazer do que dar atenção a briga de vocês.
— Seu... Ora, deve dar o mínimo de atenção a nós, pois somos dois dos deuses olimpianos e uma discussão nossa pode fazer a terra tremer e o mar se agitar facilmente.
— E o que eu tenho a ver com tudo isso? Não ligo para a desavença-
— Escute, Zeus! — a voz de Poseidon ecoava por toda a sala como um trovão alto. — ela é SUA filha, você sempre a protegeu. Então não seja de jeito nenhum um covarde que não quer dar atenção a isso. Você deve SIM averiguar e saber o que ela anda fazendo com meus súditos, a não ser que queira uma guerra entre nós.
O irmão do deus dos mares estremeceu, o humor do outro lado estava um pouco ruim. Poseidon parecia irritado, estressado com isso. Ele então disse que estava tudo bem, que iria conversar com ele sobre isso e que iria falar também com Atena. O deus então se acalmou e eles desligaram a conexão telepática. A divindade marinha terminou de se banhar nas águas da piscina e se vestiu, seus braços fortes e masculinos. Ele tomou novamente uma forma velha e sentou-se no trono, continuou pensando em sua filha que viria. Era a única coisa que o acalmava nesse momento ruim de tensão. Seu irmão Zeus sempre fora indiferente, frio com ele. Apesar disso, eles viviam brigando e isso poderia causar algo enorme em destruição e tamanho. Por isso, Poseidon devia tomar cuidado com seu temperamento forte. Uma vez que eles começassem a guerrear, uma marca na terra poderia ser feita e nunca mais apagada.
E agora? Será que ele e seu irmão mais novo irão brigar? Será que Atena defenderá seu pai Zeus? E a filhinha do deus dos mares, iria nascer em breve? As piscinas e construções que ele estava criando, iriam ficar bonitas? Isso veremos, em breve!
Até o próximo capítulo!
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Poseidon - O Grande Segredo do Mar
FantasyPor muitas e muitas eras o mar foi uma fonte de grande conhecimento e beleza, enormes eram suas ondas, muito esplendorosas. Um brilho dourado formava o metal forte do tridente de Poseidon. Peixes e sereias nadavam nas águas fundas e cristalinas do m...