Intrigas e Raiva

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Poseidon, após a briga com sua sobrinha Atena, teve que se conter para não descontar mais seu rancor nela, pois sabia que seu irmão Zeus podia intervir

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Poseidon, após a briga com sua sobrinha Atena, teve que se conter para não descontar mais seu rancor nela, pois sabia que seu irmão Zeus podia intervir. Ele nunca gostou de si, porque ambos disputavam uma ideia de qual seria mais poderoso, qual seria mais experiente em conhecimentos divinos e qual seria um líder melhor. O rei dos céus, no entanto, também detestava seu irmão mais velho, ele sentia que um dia ambos iriam se chocar em uma guerra enorme e que seu reino estaria talvez em perigo. Poseidon e Zeus, ambos tinham o mesmo tamanho de poder, eram fortes como as montanhas que alcançavam os céus. Antigos como dois anciãos de respeito, porém havia uma diferença entre os dois: Poseidon era mais violento, mas demonstrava quando queria ir contra alguém. Zeus não, ele era polido, não se mostrava quando queria atacar alguém, ia por trás. Além disso, o deus dos céus tinha um ego tão grande que talvez nem o maior dos povos fosse suprir sua vontade de poder.

O deus dos mares estava pensativo, queria saber como poderia acabar de uma vez com essa arrogância que Atena tinha para consigo. Enquanto isso, a deusa estava muito nervosa por conta dos ataques de Poseidon a sua cidade grega. No Olimpo, ela havia preparado uma reunião entre alguns dos Olimpianos, tentando fazer a cabeça deles para os mesmos ficarem contra o deus dos imensos oceanos. Atena estava em um dos templos de mármore branco e ouro no Olimpo, olhando para o mar lá de cima e sentindo o quão seu tio Poseidon estava feliz. Aquilo a irritava, a deixava irada, ela odiava ver a felicidade de seu maior inimigo, o deus a qual ela mais detestava e queria ver destruído. Ela queria queimar sua imagem no Olimpo, na terra, e talvez algum dia até em seu próprio domínio, o mar. Ela olhava com sangue nos olhos as ondas que batiam nas rochas, o cheiro do mar a enjoava e a fazia se sentir com certo rancor.

Duas horas depois, ela saiu do templo para se reunir em um grandioso salão luxuoso, cheio de estátuas em honra a todos os deuses do Olimpo. Na frente do local, havia um grande jardim cheio de árvores suntuosas, fontes de água límpida e pilares gregos. Quando chegou lá, ela se sentou em um trono ao lado de Zeus, seu pai, e esperou que cinco Olimpianos chegassem também ao salão.

- Meu pai, grandioso Zeus. - ela se curvou perante o deus dos céus com respeito.

- Olá, Atena. - ele respondeu, sério mas suave.

- Pai, desculpe por quase brigar com Poseidon. O senhor me conteve na hora, senão penso que iria quase explodir... - ela se redimiu, abaixando a cabeça e olhando triste.

- Atena, não se pode brigar diretamente com o deus dos mares. Apesar de ser seu inimigo, ele é muito forte e não pode subestimá-lo. Se tentar algo físico contra ele, é capaz dele engolir a capital com seu nome, Atenas, com seus furiosos tsunamis. Assim, tudo seria destruído, templos de adoração à nós, pessoas e outras coisas. Perderíamos nosso alimento divino graças a isso.

- Sim, meu pai! Quanta sabedoria, me desculpe. Sinto vontade de estraçalhar o ego do maldito, quero acabar com sua honra e com seus caprichos divinos e talve-

- Atena - Zeus a interrompeu, subitamente - não fale mais nada, se controle. Não pode ficar com raiva de Poseidon, deixe que o destino se encarregará de acabar consigo. Enquanto isso, cuide das cidades.

- Sim, e tomarei cuidado para não haver um deslize novamente.

O céu estava limpo, azul e profundo. Os pássaros voavam livremente. A deusa da sabedoria ficou em silêncio após essa breve conversa com seu pai. Ela ainda estava agoniada por causa de tudo que andava acontecendo, mas não se deixou levar, deu um sorriso alegre e agradeceu novamente as palavras de Zeus.

Alguns deuses chegaram, eram os irmãos Apolo e Ártemis, filhos de Zeus com a ninfa Leto. A deusa da caça estava com uma túnica branca com alguns detalhes em verde e dourado, seus olhos eram profundamente verdes como as florestas onde ela passava muito tempo caçando. Apolo estava com uma túnica amarela, azul e dourada. Seus cabelos eram loiros e ele expressava estar calmo e inspirado para uma poesia ou uma música suave.

- Olá, irmã Atena. - disse Ártemis, gentilmente, para sua parente divina.

- Olá, irmã! Desde aquela reunião não nos vemos, como está?

- Estou bem, mesmo estando ocupada com os afazeres e as adorações. E você, está mais calma com Poseidon?

A deusa revirou levemente os olhos, suspirou profundamente e disse:

- É... As coisas entre nós estão tensas, não ando na verdade nem um pouco calma com ele, pelo contrário... Ontem ele criou mais um tsunami para me provocar, mas isso não irá ficar assim! - Atena falou um pouco mais alto na última frase, mas logo se desculpou com seu pai por ter saído da linha.

- Irmãzinha! Não se descontrole, o deus dos mares sempre foi assim, impulsivo e masculino, é de sua índole fazer isso. Não quero que se estresse por causa das desavenças, é normal. - ela se aproximou de Atena, tocando levemente seu ombro por trás, tentando a fazer menos nervosa.

Apolo concordou com ela, tentou acalmar sua irmã mais velha e ambos os deuses se sentaram em seus respectivos tronos.

Meia hora depois, mais dois deuses chegaram. Eram Hermes, Dionísio e Deméter.

Zeus os cumprimentou e ambos se sentaram também. Deméter tinha o jeito de uma espécie de mãe para com os Olimpianos, ela tentava sempre ajudar e cuidar dos deuses mais novos que ela. Ela viu a expressão séria em Atena e se aproximou de si para lhe fazer uma surpresa. Ela desabrochou uma flor em suas mãos e a colocou nos cabelos de Atena como uma forma de agradar a ela. A filha de Zeus agradeceu e todos se sentaram.

A reunião organizada por Atena estava prestes a começar.

Poseidon - O Grande Segredo do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora