Passou-se algum tempo. Poseidon estava tranquilo em seu reino e cumprindo com todas as suas obrigações divinas. Anfitrite já estava com alguns meses de gravidez, mais ou menos 4 meses, contando no tempo humano. Todos os deuses do Olimpo já estavam sabendo da gestação da nereida de Poseidon e comentavam bastante sobre tal acontecimento.
Em um salão enorme e luxuoso do Olimpo estavam: Apolo, Ártemis, Afrodite e Atena. Os quatro deuses repousavam sobre enormes tronos de ouro e prata, entalhados com joias e ornamentos. As divindades notaram que Zeus andava observando seu irmão mais velho por muito tempo nos últimos meses e acharam isso um tanto estranho.
- Irmã, o que você acha que Zeus quer com Poseidon? Ultimamente nosso pai está muito atento no deus dos mares e terremotos. - disse Apolo, para Ártemis.
A deusa da lua, com seus longos cabelos loiros, suspirou um pouco e respondeu seu irmão:
- Querido Apolo, não sei exatamente o que nosso pai anda tramando, mas sinto que é algo muito grande e perigoso. Tenho medo de Poseidon e nosso pai Zeus entrarem em uma guerra muito forte e os humanos terem problemas.
Atena, que já estava sabendo há tempos o plano do Dilúvio de Zeus, ficou um pouco tensa, mas silenciou e esperou que eles esquecessem por enquanto esse assunto.
Afrodite deu uma leve risada em seu trono e tranquilizou os gêmeos. Ela não tinha medo, pois Zeus e Poseidon nunca se deram bem e nada mais grave iria acontecer.
- Não temam, deuses do Sol e da Lua. Zeus apenas está de olho em Poseidon porque ele andava muito nervoso e atacando Atena. Apesar disso, não acho que vá acontecer algo assim, como por exemplo uma guerra ou algum cataclisma.
O coração de Atena disparou quando Afrodite falou a palavra cataclisma. Ela já sabia que a humanidade toda iria morrer e que a terra seria destruída pelas águas e a chuva que iriam cair sem parar dos céus.
- Meus queridos irmãos, Afrodite, preciso me retirar. Tenho um problema em um outro templo dedicado à mim e preciso ir lá pessoalmente. Me retirarei.
Atena estava muito nervosa, pois sabia que os deuses do Olimpo já pressentiam a destruição da Terra e da humanidade. O dilúvio era um assassinato em massa que Zeus queria fazer com dois propósitos: impedir os humanos de poder obter conhecimento (o fogo de Prometheus) e para se vingar de Poseidon, seu irmão, que havia desenvolvido a raça humana junto do titã.
Os restantes deuses que estavam no local estranharam um pouco a retirada repentina de Atena, mas não se preocuparam muito consigo.
No enorme Salão Principal do Monte Olimpo, estava Zeus sentado em seu trono. Atena adentrou o local rapidamente e um pouco nervosa. A deusa se prostrou para seu pai e se sentou em seu respectivo trono.
- Minha filha, o que houve? Parece estar um tanto nervosa.
- Meu pai Zeus... Os deuses do Olimpo já estão desconfiando da catástrofe mundial chamada Dilúvio. Apolo e Ártemis estão preocupados com a destruição que está por vir e Afrodite também desconfia mas não quer criar uma polêmica pelo Olimpo.
Zeus riu alto.
- Minha querida, não se preocupe! Logo eles descobrirão o nosso Dilúvio e irão todos saber do que estamos preparando. Todos irão para o nosso lado e irão condenar Poseidon e Prometheus por terem projetado a raça humana. Até mesmo Poseidon irá saber desse acontecimento e perderá muito poder! - Zeus continuava rindo em deboche.
Atena assentiu com a cabeça. Ela ainda estava chocada com o plano de Zeus, mas queria concordar com o pai em absolutamente tudo.
- E direi mais uma coisa! Poseidon vai se arrepender de ter criado essa maldita raça. Os deuses precisam da energia da adoração humana, mas os humanos não podem ter conhecimento. Isso os fará pensar e se virarem contra nós. Nós somos os donos deles, e não o contrário.
Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.Então a serpente disse à mulher:
Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
Gênesis 3:2-5
(Me preparando mentalmente para os ataques dos crentes)
Enquanto isso, Poseidon estava em Atlântida, abaixo dos oceanos, em seu trono de Oricalco, ouro, prata e pérolas. Ele via seus súditos cantando e dançando, enquanto recolhia a energia para seu tridente. O deus estava feliz e tranquilo. Tudo iria melhorar aos poucos e ele planejava derrubar Atena e Zeus. O que mais o deixava ansioso era a chegada de sua querida filhinha em cinco meses. Isso não conseguia escapar de sua mente nem por 1 minuto sequer.
Anfitrite preparava um banquete em um dos templos de Atlântida para ela e suas irmãs nereidas comerem.
Apesar de estar no fundo do mar, o Reino de Poseidon não era tão denso quanto o oceano terrestre, as águas eram leves e era possível preparar alimentos como na superfície.Anfitrite estava assando um bolo de frutas e mel, ela iria trazer um pedaço para Poseidon, pois o deus era muito gentil e generoso com todos do Reino e ela gostaria de retribuir essa gentileza e carinho.
Depois de assar o bolo, ela colocou mel por cima e um pouco de creme.
Anfitrite e suas irmãs amaram o gosto do bolo, estava realmente muito gostoso e o carinho das mãos de Anfitrite fazia ele ficar ainda melhor.
Depois de todas comerem, a nereida pegou um grande pedaço e colocou em um recipiente. Depois, levou-o até Poseidon com carinho.
Os portões do Salão do Trono de Poseidon se abriram e Anfitrite adentrou, nadando com sua enorme cauda de escamas brilhantes.
- Olá, nereida Anfitrite. O que deseja? O que traz em suas mãos? - perguntou o grande soberano dos sete-mares.
Anfitrite sorriu carinhosamente e entregou nas mãos de sua majestade.
- É um presente, eu quero agradecer o senhor por sempre cuidar de todo o reino marinho e por ter escolhido a mim para ser a mãe de sua futura criança.
Poseidon se emocionou, ficou tão feliz com esse gesto, ele se emocionou também com a filha que iria nascer em breve, o deus mal podia esperar para o dia em que oficialmente se tornaria um papai.
Com lágrimas no rosto, Poseidon desembrulhou o presente e viu o pedaço de bolo, cheio de mel, creme e pedaços de frutas do Mediterrâneo. O rei agradeceu muito Anfitrite, que se retirou logo em seguida.
No embrulho havia um papel colorido escrito: para o mais novo papai de Atlântida, meu senhor Poseidon.
O deus chorou ainda mais e comeu cada pedaço do bolo muito feliz e emocionado com sua futura filha e com Anfitrite.
Eu irei dar muito amor para essa criança e irei fazer ela ser grata por você também tê-la gerado, Anfitrite, é uma promessa.
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Poseidon - O Grande Segredo do Mar
FantasyPor muitas e muitas eras o mar foi uma fonte de grande conhecimento e beleza, enormes eram suas ondas, muito esplendorosas. Um brilho dourado formava o metal forte do tridente de Poseidon. Peixes e sereias nadavam nas águas fundas e cristalinas do m...