O deus supremo dos mares Poseidon estava em seu trono grandioso e dourado. Suas grandes e fortes pernas descansando no assento divino, ele sorria e empunhava devagar seu tridente em metal sólido e poderoso. Uma coroa de conchas e pedras preciosas adornava seus belos cabelos. O par de olhos azuis que havia em seu rosto cintilava enquanto ele olhava para o portão do grande templo principal de Atlântida, onde o deus residia. Os milênios estavam passando, mas sua aura de grande poder não diminuía, pelo contrário: ganhava energias e alimento em forma de adoração. Sua grande vontade movia mares e oceanos, rios e lagos. Ele fechou seus olhos em concentração na terra, pensou em como estavam os humanos e como que ele poderia ajudá-los a melhorar.
Ouviu-se um pedido baixo e respeitoso pedindo para entrar no salão do trono. Ele assentiu e deixou, era uma pequena ninfa de longos cabelos negros.
— Meu senhor. — a ninfa falou em devoção. — estou passando a mensagem de que amanhã o Senhor Zeus está o convocando para uma reunião no Olimpo. Todos os 12 deuses maiores estarão presentes.
— Sim, continue. — Poseidon disse, muito calmo.
— Zeus pediu-lhe que se controlasse na frente de sua sobrinha Atena, que não houvesse qualquer briga ou discussão. Ele também quis avisar para o senhor que após a reunião, haverá um encontro entre os três deuses.
— Entendi, obrigado, nereida. Pode voltar para onde estava. — ele disse, sério porém gentil.
— Obrigada, meu senhor. Me retiro agora.
A pequena e delicada sereia se curvou com muito respeito e foi embora. Poseidon pensou sobre a reunião e ficou um pouco ansioso, pois havia pelo menos 50 anos que ele não via os outros Olimpianos ao vivo. O deus estava cuidando muito de seu amado reino e pensando em novos planos, em dominar outros lugares, em conquistar terras e regiões. Mas uma coisa o incomodava, e muito: Atena. A querida deusa e filha de Zeus. Ela era muito protegida e bem-vista entre todos os deuses, menos ele. Ambos se odiavam, caso fosse possível, um mataria ao outro com raiva. Seu sangue divino, o Ikhor, fervia de ódio apenas de imaginar as risadas, os deboches e a fofoca nojenta que ela faria contra si. Isso o fazia queimar em ira totalmente, mas tinha que se controlar, senão acabaria de uma forma horrível o encontro dos deuses olimpianos.
Ele se levantou, empunhou firme e forte sua arma divina, fez as ondas se agitarem na superfície do mar e despejou um pouco de sua raiva, mas nenhum tsunami. Amanhã cedo ele estará nos aposentos do deus dos céus. Poseidon sabia que Zeus iria discutir sobre assuntos importantes e sobre como os deuses poderiam receber adoração cada vez mais dos humanos. Ele não queria ficar no Olimpo por muito tempo, pois aquele lugar era egoísta igual ao seu líder: o deus dos céus. O rei era cheio de desejos de grandeza, ambições e também violências. Não suportava alguém indo contra si ou o desobedecendo. Era uma situação desagradável estar na presença de um deus com tanto ego e necessidades de poder. Zeus não era e nunca seria um irmão interessante e amoroso. Era o contrário, um líder frio, calculista e de mau gosto. Mal sabia Poseidon, que no futuro, seu irmão iria decidir acabar com toda a humanidade apenas por raiva e decisão própria. Seria a pior inundação que aconteceria no planeta, mas o deus dos mares não conseguiu o convencer do contrário, apenas aceitar o destino cruel e horrível que seu irmão colocava a raça humana.
Mas isso será daqui alguns milênios. Felizmente, Poseidon verá um jeito de poder ajudar, mesmo de longe.
Enquanto matutava sobre os afazeres e tarefas que devia exercer, o deus se divertia conversando com alguns tritões e nereidas. Ele se sentia no dever de animar seu reino, a fim de quebrar a tensão da guerra constante que tinha com Atena. Às vezes, assumia enfim uma forma jovem, às vezes sentia vontade de ser um ancião em forma idosa e experiente. Era muito bom estar ali, ao lado de seus fiéis súditos e sereias. Era bom ser querido e respeitado, obedecido também. Ele chegou em uma das regiões submarinas onde tinha mais povoado de homens e mulheres metade humanóides metade-peixe. A divindade aparecia em sua carruagem e todos o reverenciavam e davam calorosas saudações. Era incrível, maravilhoso. Cantou um pouco e dançou em um palco grande que estava no centro de uma das regiões. No final ele sempre agradecia, sorria e ficava muito feliz. Sua civilização submarina era uma das que mais crescia, evoluía e melhorava. No meio de tanta prosperidade, ele devia voltar as suas tarefas, mas de vez em quando ele prometeu que voltaria e visitaria a todos novamente.
Poseidon estava finalmente se preparando, após décadas, para o encontro de seus parentes divinos. Os peixes davam voltas e círculos perto de si, emitiam uma aura muito alegre e espontânea. O deus dos mares deitou-se em sua cama divina e real e dormiu um pouco, a fim de descansar para o próximo dia que virá.
E agora? Será que Atena será rude e debochada com o grandioso deus dos mares, Poseidon? E ele, arrumará alguma discussão ou briga forte com ela? Será que Zeus irá separar os dois? E a criança de Poseidon, irá nascer em breve? Isso tudo e muito mais, nós veremos nos próximos capítulos! Até lá e um abraço forte aos leitores!
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Poseidon - O Grande Segredo do Mar
FantasyPor muitas e muitas eras o mar foi uma fonte de grande conhecimento e beleza, enormes eram suas ondas, muito esplendorosas. Um brilho dourado formava o metal forte do tridente de Poseidon. Peixes e sereias nadavam nas águas fundas e cristalinas do m...