O Brilho do Coração de Poseidon

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Depois de Atena e Zeus conversarem bastante sobre seu plano para destruir Poseidon e os humanos, eles se recolheram, cada um para seu templo, no alto do Monte Olimpo. Os dias passavam rápido, Poseidon estava cada vez mais feliz a medida que estava mais perto de se tornar um papai. Atena se incomodava muito com essa felicidade, era como se fosse um corte em seu peito, que não parava de irritá-la. Mesmo assim, a deusa não demonstrava para ninguém, pois era orgulhosa e não queria que soubessem o quanto ela, lá no fundo, invejava a Poseidon e queria tirar tudo de si. Se ela pudesse, tiraria também sua filha, que em alguns meses, seria a maior fortuna e fonte de amor de seu inimigo. 

Anfitrite se divertia em uma piscina subaquática que ficava em um dos templos de Atlântida, ela e suas irmãs estavam conversando sobre os tritões e sobre o quão Anfitrite era sortuda por ser a futura mãe da criança de Poseidon.

— Nossa querida irmã! Estamos tão felizes por você. Queremos que Poseidon seja gentil com você e que trate-a muito bem!  — Uma nereida disse, abraçando a irmã grávida.

 Anfitrite sorriu, ela também estava muito contente e queria que esses dias de felicidade não acabassem nunca.

 — Obrigada, minha doce irmã. Lord Poseidon está tão animado que me chama quase todos os dias para eu ir até o salão do trono. Sinto em seu coração que ele quer essa filha mais do que tudo no mundo e que não vai me deixar em paz enquanto eu não der ela a si!  — Ela riu, colocando a mão na boca, em tom de brincadeira.

 As cinco nereidas que também estavam na piscina riram graciosamente. Todas elas torciam muito pela felicidade de Anfitrite e queriam que ela fosse uma boa mãe, mesmo que não pudesse ter muito contato com a criança. Poseidon queria muito o bebê para si e seria a primeira vez que sentiria ciúmes de alguém. O deus dos mares era tão ocupado com sua vida de monarca divino que nunca pensou que teria um amor tão forte dentro de seu peito. Não, não se trata de amor romântico. É a vontade gigantesca de querer ter alguém para compartilhar o amor e o cuidado de um pai. Era isso que fazia ele tanto querer essa criança: a vontade de poder ter alguém especial para cuidar, dar amor e abraçar todos os dias!

Uma outra nereida passou a água da piscina na barriga de Anfitrite, enquanto perguntava:

— Irmã, irmã! E ele já decidiu qual será o nome do bebê?

— Sim, mas me disse que não irá revelar até o nascimento. Ele quer que seja uma surpresa para todo o reino.  —  Anfitrite disse.

— Que lindo! Temos certeza de que ele será um ótimo pai, e você será uma maravilhosa mãe, querida irmã!  —  Outra nereida exclamou.

A deusa grávida se sentiu tão amada por suas irmãs, ela sentia o carinho e o cuidado que elas tinham por si e que esse sentimento também nutria o feto pequenino que crescia em seu ventre. Ela estava tão emocionada que quase começou a chorar.

Todas as nereidas abraçaram muito Anfitrite. Depois, elas se despediram e foram se secar em seus cômodos respectivos.

Poseidon, que estava pensativo em seus aposentos reais, observou que Zeus e Atena não estavam mais o procurando e nem o importunando há um tempo. Isso parecia estranho, mas ele ficou feliz por essa espécie de paz e silêncio. Enfim poderia se concentrar em seu reino e seus afazeres. O deus dos mares planejava obter mais adoração na terra também, pois a energia das oferendas, festas e rituais iria fazer de si um dos deuses mais fortes, assim podendo talvez destruir Atena e enfraquecer Zeus.

Ele tinha muitos planos em mente, mas não sabia ainda do dilúvio que estava por vir. Muito pior do que a inundação, mal sabia Poseidon o mal mais perverso que Zeus queria fazer. Ele além de estar planejando destruir a raça humana, também em um futuro próximo irá prender a futura filha de Poseidon em um corpo físico e a forçar a reencarnar como uma humana, para separar a si de seu pai e colocá-la em países desconhecidos e uma família totalmente nova. Isso era o maior plano de Zeus, que iria fazer para destruir por completo o coração de seu irmão Poseidon.

O deus dos mares sentiu uma pontada doer em seu peito. Ele se sentiu um pouco mal, mas logo passou. Isso era o pressentimento que ele tinha do que estava por vir. Anfitrite, que estava perto de si, se assustou.

— Meu senhor Poseidon! Está tudo bem? Sente-se bem?

— Sim, nereida, estou bem. Apenas senti uma dor no peito repentina. Sinto que Atena e Zeus estão tramando algo, estou com um pouco de receio. Não quero que eles toquem um dedo sequer na criança que você está para parir.

As águas em volta de Poseidon se agitaram, ele segurou firme seu tridente. Estava furioso só em pensar no que poderiam fazer a sua futura filha. Mas logo ele se acalmou, seu poder era grande e ele faria de tudo para protegê-la para sempre.

Zeus observava tudo de longe e soltou uma risada alta, ele sabia qual era a fraqueza do deus dos mares. Ele sabia onde e quando atacar, ele tinha a alma perversa.

Anfitrite pediu para Poseidon não se preocupar muito, porque ela também faria o que pudesse para ajudá-lo e não deixar que machuquem o bebê.

— Em breve irei ao Olimpo, Anfitrite. Quero me reunir novamente com Zeus. Preciso investigar o que ele quer fazer e tentar montar uma estratégia para destruir a ele e sua filha imbecil. Eu juro que irei erguer minha ira sobre eles, senão não me chamo Poseidon!

Anfitrite assentiu, a guerra entre mar e céu está prestes a começar.

Espero que tenha gostado do capítulo, nos veremos no próximo! Um abraço da autora Cibelle.

Poseidon - O Grande Segredo do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora