Visitei uma fraternidade

171 34 162
                                    

Na segunda-feira seguinte, Mahina ainda estava desnorteada pelo ocorrido da noite anterior, acordou com todos os detalhes atormentando sua ansiedade e mente. Sentou-se na cama e observou Yumi fechar a calça.

— E se alguém descobrir? — sua voz estava embolada de sono, mas mesmo assim era perceptível que estava trêmula de nervosismo.

— Vão descobrir o que aconteceu, mas não quem fez acontecer. Então só haja como se tivesse descoberto com os outros. — tirou os cabelos vermelhos de dentro da gola da camisa que usava e deu um mapa do campus todo rabiscado com canetas de diversas cores, indicando cada caminho que a colega deveria fazer ao longo do dia. — Para você saber os caminhos que vai ter que fazer caso a gente não se encontre.

A loira estudou o mapa, prestando atenção em todos os detalhes e linhas adicionados pela Tanaka. Não tirou os olhos do papel por longos minutos, entrou no banheiro terminando de ler as palavras contidas ali e só levantou os olhos para conferir o horário e percebeu que estava atrasada, de novo.

Tomou um banho rápido e vestiu qualquer coisa, estava se movimentando mais rápido que um rojão, não acreditava que se atrasaria para seu primeiro dia de aula. Correu pelo gramado seguindo uma linha vermelha riscada no mapa que indicava o trajeto que tinha que fazer do prédio dos dormitórios até o prédio de ciências biológicas.

O prédio era enorme, parecia um labirinto de tantas salas e corredores imensos. Após pedir ajuda para no mínimo cinco pessoas, chegou ao auditório e sentou-se numa cadeira perto da beirada, onde não tinha quase ninguém.

Um professor de corpo fino e cabelos sedosos que alcançavam sua cintura se apresentou como Orochimaru e, junto da coordenadora dos cursos daquela área nomeada de Tsunade, explicou como funcionava a instituição, o esquema de notas, faltas, e respondeu algumas dúvidas persistentes dos alunos que levantavam as mãos.

Quando um breve intervalo fora anunciado, a maioria dos alunos se dissiparam pelo lado de fora da sala, assim como a Uzumaki. A menina procurava alguma máquina de bebidas, já que não tomara café sentia-se fraca de fome. Achou o que procurava e apertou o número que correspondia à um chá gelado de limão após depositar uma moeda no lugar próprio para isso. Pegou a lata em mãos e a abriu, sentindo seu organismo agradecer por algum tipo de alimento sendo ingerido, mesmo que chá gelado não fosse o mais indicado para começar o dia. Virou-se para trás com os olhos atentos ao ouvir seu nome ser chamado por uma voz animada.

— Mary! — correu até a amiga, abraçando-a saudosamente. — Quando chegou?! Você não me mandou mensagem e nem ligou.

— Hoje cedo. — se desvencilhou-se do abraço ainda sorrindo. — Você tinha razão, esse lugar é enorme! — seu olhos brilhavam em êxtase, assim como os de Mahina faziam quando a mesma chegara.

— Já decorou alguma coisa do campus? Porque minha colega de quarto teve que fazer um mapa personalizado para que eu não me perca.

Mary deu risada do jeito distraído da amiga, a loira sempre foi assim, desde que se entendia por gente, assim como seu pai.

— Na verdade sim, Karui me ajudou. Você sabia que ela estudava aqui?

Ao ouvir o nome da irmã de seu ex-namorado e o fato de ter a possibilidade de esbarrar na mesma fez o corpo da Uzumaki gelar, não saberia o que fazer caso isso acontecesse e com certeza ficaria imensuravelmente desconfortável. Percebendo o choque estampado no rosto da amiga, Mary franziu o cenho, confusa.

— Omoi não te contatou depois de sumir? — sua voz agora era serena, repleta de pena e compaixão.

— Não. — olhou para o chão e sentiu o nariz arder, esse assunto em aberto ainda mexia com os sentimentos da loira.

𝐄𝐮 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚...Onde histórias criam vida. Descubra agora