Yumi nunca praticou tiro ao alvo

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boa noite!

leiam esse aviso antes de prosseguirem:

a partir desse capítulo uma nova fase será iniciada na história, sendo ela focada no assunto de vício de drogas. peço que não prossigam a leitura se vão ler e comentar coisas horríveis sem ao menos tentar entender os efeitos que o uso contínuo causa no usuário

dito isso, desejo a vocês uma boa leitura

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[03 meses depois]

Os dedos que acariciavam suas costas denudas a faziam arrepiar-se. Fingia dormir apenas para senti-los por mais tempo antes de ter que encarar o que quer que seja o motivo de alguém estar bombardeando seu celular com mensagens e ligações. Os lençóis macios que cobriam apenas a parte de baixo de seu quadril a fez cair na tentação de ceder à algo que não cedia há muito tempo, o famoso cinco minutinhos a mais antes de levantar da cama para encarar o dia.

Finalmente abriu os olhos, encontrando os mesmos olhos pretos que a encaravam de baixo na noite passada, mas agora eles a encaravam de outra forma, quase como se estivessem passionais.

— Estava me olhando dormir? — ela perguntou.

O platinado estalou a língua e sorriu, direcionando os olhos para seus próprios dedos, que ainda acariciavam a pele macia das costas da Tanaka.

— Como se você estivesse dormindo — arrancou uma risada curta da mulher, ouvindo o celular da mesma vibrar pela vigésima vez só naquela manhã — Acho melhor atender, ele não para de tocar desde às sete.

— Hummm — afundou o rosto no travesseiro, tomando coragem para se levantar — Que horas são?

— Nove horas — mesmo sabendo que Yumi não estava realmente dormindo, mantinha a voz baixa como se ela tivesse acabado de acordar.

A ruiva suspirou, sentando-se na cama e vestindo a camiseta que usava na noite anterior, a qual foi estendida para si pelo homem ao seu lado. Olhou para o celular, o nome "HIROKI" tomava conta de boa parte da tela do aparelho, o que a fez revirar os olhos e virá-lo para baixo.

— Não vai atender?

Ela negou com a cabeça, passando uma das mãos no cabelo, o deixando todo jogado apenas para um lado.

— Meu primo pode esperar — se inclinou e beijou o homem.

As mãos do maior desceram até seu quadril, mas não ficaram ali, ele entrelaçou os braços na cintura da mulher, o que a fez parar de beijá-lo e franzir as sobrancelhas.

— Cansou de transar comigo?

Ele deu risada.

— Eu terminei seu livro — se levantou e foi até sua bolsa de couro, a abrindo e tirando a obra literária dali.

Estendeu o objeto para a mulher e vestiu sua cueca. A Tanaka pegou o livro em mãos, parecia o mesmo, mas a capa perfeitamente lisa e o cheiro de novo a fizeram olhar para o homem.

— Esse livro não é meu — afirmou.

— Eu sei — abriu uma das gavetas de seu armário — Esse que é.

Confusa, a mulher pegou o outro livro, não entendia o motivo do homem ter comprado um exemplar da mesma obra literária que já tinha para ler.

— Você disse que eu não podia riscar o livro, então comprei outro — deu de ombros, sentando ao lado dela.

𝐄𝐮 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚...Onde histórias criam vida. Descubra agora