Fui a uma festa

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Demoraram um pouco para finalizar suas produções, já que a todo momento que Mahina olhava para a tela do celular, chorava por ver as mensagens de Karui, o que resultava em sua maquiagem arruinada de novo, de novo, e de novo. Isso tornou-se um ciclo eterno até que Yumi pegou o celular da mais nova e o trancou numa das gavetas qualquer do armário delas.

Estavam andando até a fraternidade, em algumas quadras antes já era possível ouvir a música animada em um volume ensurdecedor, Kakuzu havia investido nas melhores e maiores caixas de som após se libertar das rédeas que o prendiam, o lema da maioria dos membros da Akatsuki era "Só se vive uma vez".

Chegando ainda mais perto, luzes azuis, roxas e vermelhas que balançavam-se no chão da casa obrigavam todos que passavam ali a protegerem seus olhos até os mesmos se acostumarem com suas vibrações altamente saturadas. O chão tremia e todo e qualquer centímetro do terreno da fraternidade estava cheio, as duas mulheres tiveram que espremer-se entre as pessoas para conseguirem chegar na porta de entrada.

— Bem-vinda à sua primeira festa de faculdade, ou primeira festa da vida. — Yumi soltou o braço da amiga. — Não aceite bebida de estranhos e se alguém falar pra vocês irem à algum lugar mais privado, você tem todo o direito de negar, lembre-se disso.

Mahina assentiu, ouvindo atentamente todas as instruções da amiga, podia jurar que seu esqueleto sairia de seu corpo a qualquer momento e começaria a ter um tremelique por si só.

— Hina! — uma voz longínqua de uma pessoa levemente embriagada chamou sua atenção, mas segundos depois não era mais necessário procurar pela origem, a dona da voz já estava pendurada no pescoço da loira. — Que bom que veio, achei que tinha desistido.

— Não deixaria ela deprimida no quarto.

— Ah! Você deve ser Yumi! Hina falou muito de você. — Mary abraçou a ruiva, que fez careta, ocasionando uma risada sincera da Uzumaki.

— Bom, já que tá em boas mãos, eu vou entrar. Caso quebre uma das duas, ou as duas, regras que te falei, me procure o mais rápido possível.

— Sim senhora. — fez uma reverência improvisada de quartel, o que arrancou um sorrisinho ladino da ruiva, que segundos depois já havia entrado na festa, espremendo-se entre as pessoas.

Andou até uma mesa com várias bebidas e laçou a boca de uma qualquer, sem se importar com o conteúdo, encheu um copo de plástico disposto na mesa e bebericou a borda, molhando os lábios, mas cessou sua apreciação do álcool quando sentiu um par de olhos conhecido em si. Olhou para o lado e viu seu namorado a olhando com o olhar que ele sempre fazia ao invés de pedir desculpas quando brigavam e sabia que estava errado.

— Está muito bonita. — se aproximou.

— Obrigada. — voltou o copo à mesa e endireitou a cabeça.

— Você é a mulher mais linda daqui. — aproximou-se mais e agora afagava os cabelos vermelhos.

— Esse é seu jeito de pedir desculpas? — sorriu ladino.

— O que quer que eu diga? — ele a virou delicadamente para que ficassem de frente um para o outro.

— Não sei, Hayato. — foi sincera com um suspiro cansado, encostando a cabeça no peitoral do homem. — Ter que explicar cada passo que dou cansa.

— Eu sei, só não quero te perder. — disse em um tom falso de arrependimento, não se arrependia de nenhuma briga que já tiveram, afinal, em seu olhar, Yumi era a culpada por causar seu ciúmes.

— Não vê que essas brigas constantes desgastam nosso relacionamento? Às vezes penso em terminar... — cessou a confissão quando o mais alto obrigou-a a o encarar, controlando os movimentos de sua cabeça com um aperto insuportávelmente forte em seus cabelos.

𝐄𝐮 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚...Onde histórias criam vida. Descubra agora