Sollaria Hopper nunca foi uma garota fácil de lidar, talvez por causa da sua complicada família, uma mãe que abandonou ela, um pai agressivo, uma irmã que odeia brigas e um irmão problemático, o qual era bem parecido com ela. Mas fora isso, ela tent...
Chapter Eleven —Stay With Me "The Black Phone" Sollaria's point of view
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O sono era um inimigo, cada vez que minhas pálpebras pesavam, uma corrente de adrenalina me puxava de volta à consciência, então me sentava contra a parede fria, observando Finn dormir, seu rosto sereno uma imagem torturante de inocência neste inferno, porque o Grabber podia voltar a qualquer momento, e eu não permitiria que ele colocasse as mãos em Finn, ou em mim, enquanto eu estivesse acordada.
Mas o corpo tem seus limites, e em algum momento, na madrugada, a exaustão venceu, minha cabeça tombando para frente e a escuridão me engolindo, mas não foi um sono repousante, foi uma agonia imersa em breu.
"Ele está te observando."
A voz do Robin ecoou na escuridão, um sussurro urgente e aterrorizante.
"É melhor você acordar. Agora!" A de Bruce, mais insistente, cortante.
E então, a voz que partiu minha alma ao meio, um rugido que veio do além: "SOLLARIA! ACORDA AGORAAAA!"
Meus olhos se abriram de um salto, o coração batendo como um tambor frenético no meu peito. O eco do grito do Vance ainda zumbia em meus ouvidos. E então, outro som tomou conta do porão: o toque estridente e desesperado do telefone preto
- Teve um pesadelo?
A voz estava tão perto que o ar saiu dos meus pulmões, era Grabber, que estava sentado no chão, a apenas um braço de distância, seus olhos escuros fixos em mim, estudando cada tremor, cada músculo contraído do meu rosto. Ele estava ali, na penumbra, observando, como os garotos tinham dito, isso fez todos os meus instintos gritarem para eu me encolher, para me afastar, mas as palavras de Vance me seguraram firmes. Não demonstre medo.
- Não - menti, minha voz sainco mais firme do que eu esperava. Eu forcei meus olhos a se encontrarem com os dele - O que você faz aqui?
Um sorriso lento e reptiliano se esticou em seus lábios, ele se deliciou com a pergunta.
- Eu vim... observar vocês - ele sussurrou, seu olhar deslizando de mim para Finn, que ainda dormia, indefeso. Aquele olhar era pesado, possessivo, e carregado de uma intenção que fez meu estômago embrulhar - É fascinante, não é? A vulnerabilidade. O desamparo. Tão... feio. E tão verdadeiro
Seu braço se moveu. Sua mão, pálida e com veias salientes, se estendeu em câmera lenta em direção ao meu pescoço, onde a pele ainda estava roxa e dolorida de seu estrangulamento
- Não - eu sussurrei, recuando, mas a parede estava atrás de mim
- Shhh... não precisa ter medo - ele murmurou, sua voz um veneno sedoso
Logo, seus dedos tocaram minha pele, o contato era gelado, possessivo, fazendo eu me enrijecer, cada músculo do meu corpo gritando de repulsa.