007 - Robin Arellano

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Chapter Seven - Stay With Me
"Robin Arellano"
Sollaria's point of view

O burburinho habitual da frente da escola tinha se transformado em um círculo de carnificina sonora, "Briga! Briga! Briga!", o grito era um mantra primitivo que puxou meus pés antes que meu cérebro pudesse processar

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O burburinho habitual da frente da escola tinha se transformado em um círculo de carnificina sonora, "Briga! Briga! Briga!", o grito era um mantra primitivo que puxou meus pés antes que meu cérebro pudesse processar. A multidão era densa, um emaranhado de mochilas e corpos ansiosos, mas eu me enfiei entre eles com uma prática nascida de anos navegando por corredores lotados, e então eu vi. Robin. Seus punhos, geralmente enfiados nos bolsos com descontração, agora eram martelos contra Moose que estava no chão, uma massa encolhida tentando se proteger, mas Robin era implacável, cada soco tinha um som seco e úmido que ecoava acima dos gritos da plateia.

Ele não parou até que um estalo distintamente nauseante, som de cartilagem cedendo, cortou o ar, o sangue jorrando do nariz de Moose, um vermelho vivo e chocante contra o cimento cinza, e só então Robin recuou, sua respiração ofegante e seu corpo ainda tenso. Ele nem olhou para a multidão, apenas se virou e começou a caminhar em direção à escola, ignorando o sino que tocava, suas mãos penduradas ao lado do corpo, os nós dos dedos vermelhos e inchados, com isso a multidão se dissipou rapidamente, a emoção do espetáculo dando lugar ao medo da autoridade, já eu fiquei parada por um momento, observando a figura retirar-se de Robin e então me mexi, alcançando-o em alguns passos rápidos, minha sombra ao lado da dele na calçada.

- Bela briga!

Ele não pareceu surpreso

- Obrigada, Sol. Não sabia que você estava vendo.

- Infelizmente só cheguei nos últimos minutos desse show - disse, fazendo uma careta exagerada de desapontamento - Perdi a parte do aquecimento, pelo jeito!

Ele soltou um riso curto e sem humor, um som rouco que ainda carregava o resto da adrenalina.

- É, o aquecimento foi a melhor parte!

Meus olhos se fixaram em suas mãos, onde a pele sobre os nós dos dedos estava aberta em alguns lugares, sangrando lentamente. Eram ferimentos familiares, porque era a linguagem dos punhos e eu a entendia melhor do que qualquer outra.

- Sua mão tá machucada

- Estou bem, Sol - ele disse, enfiando as mãos nos bolsos do casaco, um gesto de negação instantânea.

Eu dei um passo à frente, bloqueando levemente seu caminho, e puxei seu pulso para fora do bolso antes que ele pudesse protestar, por um segundo ele ficou tenso, mas então cedeu. Minha própria mão, escondida sob a manga do meu suéter, sentiu uma pontada de familiaridade simbiótica.

- Obviamente você está mentindo

- Não estou mentindo - ele insistiu, mas sua voz perdeu um pouco da convicção - São só alguns machucados. O Moose... - fez uma pausa, um sorriso torto aparecendo em seus lábios - O Moose tem uns dentes muito afiados!

✔️| Stay With Me - 𝙵𝚒𝚗𝚗𝚎𝚢 𝙱𝚕𝚊𝚔𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora