Sollaria Hopper nunca foi uma garota fácil de lidar, talvez por causa da sua complicada família, uma mãe que abandonou ela, um pai agressivo, uma irmã que odeia brigas e um irmão problemático, o qual era bem parecido com ela. Mas fora isso, ela tent...
Chapter Fourteen - Stay With Me "A última ligação" Finney's point of view
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A porta se fechou, e o som da tranca ecoou como um tiro no silêncio do porão, eu apenas fiquei paralisado, ouvindo os passos pesados do Grabber subindo as escadas, arrastando a Sol com ele, cada degrau era um prego no meu caixão de culpa.
E então, o silêncio, um silêncio pesado, absoluto, mais aterrorizante que qualquer grito. O que ele estava fazendo com ela? Minha mente, traiçoeira, começou a imaginar. A faca. O cinto. Aquele toque repugnante e possessivo. "A próxima fase é a preferida dele." A frase do Griffin ecoou na minha cabeça, e eu senti um enjoo tão forte que quase desabei.
- Mas que merda... - a maldição saiu como um sussurro quebrado. Eu desabei de joelhos no chão frio - Porque eu aceitei subir? Porque eu não lutei? Porque eu não fiz alguma coisa?!
A culpa era um peso físico, esmagando meu peito. Ela, que sempre enfrentou tudo com a coragem de um leão, mesmo quando estava se despedaçando por dentro. Ela, que me mostrou que a raiva podia ser um escudo, e que a gentileza, naquele lugar, era a maior das rebeliões. E eu a tinha falhado. A imagem dela sendo arrastada, a faca no pescoço, os olhos arregalados de um terror que eu nunca quis ver neles, queimava atrás das minhas pálpebras.
O telefone começou a tocar, eu ignorei, mas continuou, insistente, um lembrete fantasmagórico de um mundo que não existia mais. A raiva borbulhou dentro de mim, substituindo a culpa por um instante. Raiva do telefone, dos fantasmas, do Grabber, de mim mesmo. Foi aquela maldita dica que nos levou a isso e agora a Sol estava morta ou pior, e era minha culpa.
- PARE! - gritei, me levantando e arrancando o receptor do gancho - PARE DE TOCAR!
Do outro lado, silêncio, um silêncio carregado e irado
- O que foi? - rosnei, minha voz tremendo de raiva e desespero - Você vai falar alguma coisa? Você pelo menos sabe quem você é?
- Que merda de pergunta é essa, garoto? - a voz que veio era áspera, cortante, e inconfundivelmente dele. Vance - Você sabe quem você é?
O coração gelou, era a voz que eu ouvia nos corredores da escola, o tom que fazia todo mundo se afastar e agora ele estava morto, falando comigo por meio de um telefone quebrado
- Eu sou Finney Blake - disse, minha arrogância se esvaindo instantaneamente
- O mesmo Finney Blake que beijou a minha irmã e cinco minutos depois deixou aquele lixo de sequestrador levar ela como um pacote? Porra, muito prazer, Finney Blake - o sarcasmo dele era um chicotada
Era exatamente como a Sollaria falava quando estava no limite. A mesma cadência, a mesma ferocidade crua. A semelhança me partiu o coração.