Sollaria Hopper nunca foi uma garota fácil de lidar, talvez por causa da sua complicada família, uma mãe que abandonou ela, um pai agressivo, uma irmã que odeia brigas e um irmão problemático, o qual era bem parecido com ela. Mas fora isso, ela tent...
ChapterNineteen — Stay With Me "Massacre da Serra Elétrica" Sollaria's point of view
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O sol da tarde lançava sombras longas pela rua, pintando o mundo com uma luz dourada que não conseguia aquecer o frio que eu sentia por dentro. Parar diante da casa dos Blake não foi uma decisão consciente; foi um ato de puro instinto, um impulso desesperado de normalidade. Minha mão tremeu levemente antes de pressionar a campainha, o som ecoando como um grito na quietude. A porta se abriu, revelando o Sr. Blake, segurando uma xícara de café, seu rosto um mapa de cansaço resignado.
- Sollaria - cumprimentou, sua voz sem entonação, como se minha presença ali fosse a ocorrência mais comum do mundo.
- Oi, Sr. Blake - respondi, meus dedos se contorcendo atrás das costas - O Finn está?
- No quarto. Pode entrar - ele deu um passo para o lado - E deixe a porta aberta
- Pode deixar
Cruzei a sala familiar com passos rápidos, meu coração batendo um ritmo acelerado contra minhas costelas. Aja normal, eu ordenava a mim mesma. Seja a garota que você era antes. Não seja a porra de um fardo.
A porta do quarto dele estava entreaberta, espiei por dentro. Finn estava deitado de bruços na cama, imerso em um livro, sua testa franzida em concentração, uma pontada de afeição tão forte que doeu me atingiu. Ele parecia tão... em paz. Entrei em silêncio, fechando a porta até ficar apenas uma fresta, como ordenado e ele não notou.
- Estudando? - soltei, forçando um tom leve e zombeteiro - Sabe que os professores não podem reprovar a gente porque fomos sequestrados, não sabe?
Ele se virou de surpresa, seus olhos se arregalando ao me ver e um sorriso genuíno iluminou seu rosto, fazendo uma parte de mim se desprender em alívio.
- E o que isso tem a ver? - ele perguntou, sentando na cama
- Eles vão ficar com pena da gente - continuei, cruzando os braços - E outra, perdemos a maioria das aulas. Temos uma ótima desculpa para não abrir um livro pelo resto do ano!
- Até que faz sentido - ele concedeu, um brilho divertido nos olhos
- É claro que faz! - exagerei, gesticulando. Veja? Estou bem. Sou a mesma de sempre - Eu sou genial!
Ele se levantou e se aproximou, e meu instinto foi recuar. Não, eu me disciplinei, mantendo-me firme. É o Finn. É seguro.
Seu beijo foi suave, um toque familiar que deveria ser reconfortante. Uma de suas mãos encontrou minha cintura, ancorando-me, enquanto a outra se apoiou na porta, fazendo-a fechar com um clique suave e imediatamente, a voz do Sr. Blake ecoou pelo corredor:
- Porta aberta!!!
A interrupção foi um alívio cômico. Finn e eu nos separamos, um surto de risos nervosos escapando de nós dois, era um som bom, normal.