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CAPÍTULO VINTE E OITO:

꧁ Poderia me amar mais do que me odeia? ꧂

Adhara Black Lupin

Sei que pode ser mentira. Sei que sua ausência pode não ter nada a ver com o que estou pensando e ele só está matando aula por preguiça de encarar os professores, mas tinha que me arriscar. Bom, era isso ou levar mais uma surra da Gina.

Eu contei para ela o que anda me chateando, tive que contar. Como eu estava uma pilha de nervos ultimamente, ela acabou me pressionando até que eu abrisse o bico e de tanta frustração que ando sentindo, acabei falando até demais. Xinguei Potter por horas para ela ontem à noite, e uma parte estúpida de mim acha que ele pode ter sentido e ficou mal hoje por isso.

Brandon é preguiçoso, já fingiu estar mal várias vezes, por que agora seria diferente?

Gina me disse que tenho sido muito dura com ele. Ela quer que a gente se acerte. Ficou muito feliz de saber que nós nos beijamos, mas logo se irritou ao entender como que as coisas desandaram depois que Brandon quebrou nossas barreiras.

— Amiga, você tem que começar a mexer essa bunda, gata! Vai reivindicar o que é seu, o garoto já está de quatro por ti!— ela me disse.

— Ele não está de quatro por mim.— fiz careta e Gina me olhou com tédio, como se eu estivesse me fazendo de desentendida.

— É óbvio que ele está. Onde já se viu? Brandon Potter correndo atrás de uma garota? As garotas que vão atrás dele e grudam feito chiclete no cabelo.

— É, e isso me ajuda muito, Ginevra!— reclamo, me levantando e colocando as mãos nos quadris. Estávamos sozinhas na comunal da minha torre. Ela veio para passar a noite, sabia que ela não iria embora até ouvir a história toda e expressar sua opinião a respeito.

— Só estou te dizendo, Dhara, você deu chances para ele se confessar de que é apaixonado por você mais de uma vez, mas ele também está de dando todas as chances para ficar do lado dele e você está jogando fora! Você está sendo muito agressiva, mesmo para os meus níveis, e sabe que isso já é grande coisa! So-ssega.

Mordi o lábio e fiquei batendo o pé, ansiosa.

— Estou passando dos limites com ele?

— Um pouco.— ela sorriu como se fosse me consolar— Entendo que Brandon seja louco por você, mas nós duas sabemos que ele não é um poço de paciência, então é melhor parar de afastá-lo porque uma hora você vai conseguir e não terá volta. Aí, se quiser fazer dar certo, respire fundo quando ele te irritar ou quando sentir que não vai conseguir e conte até dez.... Essa merda nunca funcionou comigo, mas pode ser que dê certo com você.

Achei a ideia ridícula na hora. Mas aqui, na frente da porta do quarto dele, foi o que eu fiz. Fechei os olhos e respirei fundo. Contei: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove... dez.

Abro os olhos e quando ergo o punho para bater na porta, ela se abre e eu arregalo os olhos ao me deparar com Ian. Este que tem me evitado tanto e por tanto tempo. Ele parece pouco surpreso em me ver. Merda, jurei que o tinha visto lá nos jardins, que clima.

— Oh, oi!— cumprimento, nervosa. Sem manter contato visual, Ian dá um passo para o lado.

— Oi. Ele tá aqui.— ele murmura e eu olho por cima de seu ombro. Brandon está de pé há poucos metros de distância, vestindo roupas grossas de quem saiu por aí nesse tempo frio. Ele levanta as sobrancelhas ao me ver, claro que está surpreso já que estou fugindo dele como o diabo foge da cruz há vários dias.

REBELLION, Brandon PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora