REBELLION, Brandon Potter

27

CAPÍTULO VINTE E SETE:

꧁ Que bom que vieram ꧂

Brandon Evans Potter

Eu devo mesmo estar no fundo do poço. Isso é o cúmulo do desespero, mas eu não sabia mais a quem recorrer. Ginevra e Aspen receberiam a notícia com choque e agiriam de forma insuportável e eu não estou com saco para lidar com sua alegria por finalmente ter acontecido o que eles previram. Por isso que eu chamei ela, porque tive certeza de que ela me entenderia e seria útil.

Estou matando aula agora, fingi estar doente com um dos produtos que os gêmeos Weasley me mandaram há tempos e ganhei o dia de folga. Saí do castelo logo cedo e da forma mais sorrateira que pude e agora estou no Três Vassouras, encolhido em um canto com um copo de cerveja amanteigada na mão. Tem uma semana que Adhara não fala uma palavra comigo e se isso não mudar depois de hoje, se ela não conseguir me ajudar, eu não sei o que faço.

É humilhante chegar nesse ponto, na verdade, mas se isso não significa que eu me importo com aquela desgraçada, eu não sei o que mais é!

O ambiente mal tem movimento, e eu acabei de assustar uma senhora que quis me dizer onde eu deveria estar agora como se fosse da sua conta e tenho um território só meu. A mandei tomar conta da própria vida em alto e bom som e serviu de aviso para os outros.

Quando o sino da porta ecoou, eu sabia que era ela, então me levantei com ansiedade.

Nixie Black Diggory estava na porta com um cachecol roxo envolta do pescoço, os cabelos loiro escuros presos em um rabo de cavalo. Ela cumprimentou a dona do bar e olhou ao redor, me encontrando com facilidade. A sonserina veio em minha direção com um semblante preocupado. Dá pra entender, minha carta só expressava uma urgência gigante de nos encontrarmos.

Nixie me abraça e eu retribuo brevemente.

— Oi, Don, o que foi que houve?— ela quer saber, mas assim que eu abro a boca, torno a fechá-la porque mais alguém entrou no bar. Desajeitado e com os cabelos negros bagunçados, Harry apareceu na porta e veio direto para nós, assim que nos viu. Não olhou para mais ninguém. Ele estava sério, de um jeito que eu vi poucas vezes.

— Ei.— Harry segurou minha nuca e ficou me examinando com os seus olhos verdes por trás dos óculos de armação redonda. Houveram poucas vezes em que o comparei com o papai por mais que ele fosse a imagem cagada e cuspida de James Potter, mas quando o vejo sério, lembro imediatamente de quando nosso velho achou que tinham outras crianças mexendo comigo na vizinhança. É muito difícil enfurecer James Potter, mas ele atingiu seu limite só porque uns garotos mais velhos tinham me empurrado e eu estava chorando porque torci o pulso. Harry está com a mesma cara que ele fez aquele dia; a de quem vai humilhar alguns pais que não souberam educar os filhos e acabar com os sonhos deles.— O que foi que aconteceu?

Faço careta e olho para Nixie.

— Eu queria falar só com você.— resmungo.

— Ficamos preocupados, Brandon.— ela une as sobrancelhas e tira o cachecol do pescoço, colocando-o na bolsa de ombro que carrega.— Harry tem total direito de vir!

— E eu sou seu irmão, seu idiota, é a mim que deve recorrer se estiver com problemas.— Harry diz, talvez um pouco enciumado.

— Hã, não é o tipo de problema que eu precisaria de você, mano.— me explico e o casal troca olhares, confuso.

— Que foi, está com problemas femininos?— Harry pergunta com a sobrancelha levantada e eu fico calado. Nixie ri.

— Isso é impossível, Brandon sabe lidar com as garotas diferentemente de você, pãozinho.— ela empurra o ombro do meu irmão, mas ele não tira os olhos de mim. Aos poucos ela também vai reparando que eu estou calado demais. Os dois ficam me encarando e eu chego a achar que vou corar.— Você?— ela pergunta surpresa— Está com problemas urgentes... por causa de uma garota?