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CAPÍTULO DEZENOVE:

꧁ Tecnicamente sim ꧂

Adhara Black-Lupin

— Santo Cristo, Gina.— reclamo tentando baixar um pouco mais a saia do vestido que insiste em subir. Quase mostra a poupa da minha bunda.— Eu estou parecendo uma puta.

— Obrigada pela parte que me toca?— ela joga uma pelúcia em mim e eu dou risada. O vestido é dela, caso não tenha ficado claro. Me volto para minha melhor amiga deixando meus cabelos caírem sobre os meus ombros. Ao menos o decote eu posso esconder.— Combina com você. O roxo.

— Tá, eu amei o vestido, o problema é o tamanho, mesmo.— outra vez minhas mãos vão para a barra do mesmo— Eu não quero que Ian pense que eu quero seduzi-lo. Porque eu obviamente não quero.

— Seduzir e deixar ele se aproveitar são duas coisas diferentes, tá bem, gatinha?

— Não. Não entendi.

A ruiva revira os olhos.

— Você entendeu, sim.— ela diz e eu dou um sorrisinho.

— Por que você quer tanto que eu use essa coisa?— levanto os ombros, mas me repreendo imediatamente. Isso também faz com que a saia suba. Ok. Não posso respirar fundo, dar passos longos, nem dar de ombros. Que missão mais fácil.— Está planejando me leiloar para alguém? Eu vou querer metade.

— Isso é uma boa ideia, na verdade.— ela faz bico como se a ideia fosse realmente algo no qual ela pode pensar mais afundo. A encaro com tédio e ela abre um sorriso perverso— Você é oficialmente de maior agora. Pode começar a parecer mais gostosa.

— Pff, eu sempre fui gostosa.

— Eu sei, minha linda, só estou dizendo que você tem que mostrar isso para os outros.

Cruzo os braços e fico a encarando por um momento longo, mordendo a bochecha.

— Você quer mesmo que eu fique com alguém hoje à noite, não é?— concluo. Gina se levanta e vem para o meu lado, me empurrar da frente do espelho para se admirar. Ela está estonteante, como sempre. Seu vestidinho tomara que caia verde combina perfeitamente com ela.

Sim, eu já zombei dela pela escolha da cor verde, mas ela não ligou tanto quanto deveria. Sem graça.

— Seria um belo presente de aniversário, não acha? Um primeiro beijo na maioridade. Você está mais perto dos oitenta do que nunca, amiga.

— Não estou, não.— rebato prontamente e ela me ignora como se eu não tivesse aberto a boca. Reviro os olhos enquanto Gina passa a língua nos dentes, como se precisasse limpá-los ainda mais. Ela está brilhando e acha que pode se polir mais um pouco.

A ruiva se volta para mim, e eu juro que ela está mais linda do que nunca. A Luna que me perdoe pelas coisas que eu pensei.

— Você pode ser meu primeiro beijo?— pergunto, fazendo beicinho. Me perdoe pelas coisas que pensei e falei.

— Se tivesse me pedido antes.— Gina balança a cabeça com pesar e solta um suspiro como se fosse mesmo desapontador não poder me beijar agora. Nós gargalhamos.

— Você não vale nada.

— E você é doida por mim, cala a boca. Agora vamos descer, os outros já devem ter chegado.

— Tá, deixa eu só tirar essa roupa.— levo as mãos para a saia e Gina agarra meus pulsos, afastando-as.

— Se você tirar esse vestido agora, eu vou rasgar a sua garganta com meu abridor de cartas.— ela rosna. Lhe lanço um olhar preocupado, mas tão rápida sua expressão ameaçadora surge, mais rápido ainda vai embora e ela abre um sorriso doce.— Podemos?— ela entrelaça nossas mãos e me puxa em direção da saída do seu dormitório.

REBELLION, Brandon PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora