XXII - De volta para casa

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💥 AVISO: O CAPÍTULO PODE CONTER CENAS QUE CAUSAM GATILHO OU CENAS INADEQUADAS PARA MENORES DE 18 ANOS

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Na semana após a volta dos sete para Seoul, Jimin perdeu seu brilho, ele continuava fazendo suas tarefas, indo para o trabalho, conversando com as pessoas e sorrindo sempre, mas ainda assim tudo parecia errado. Taehyung havia se afastado, tanto de Hoseok quanto de Yoongi, e apesar de não evitar os dois, ele também não dava brechas para que eles tivessem qualquer interação. Nesse momento, todos estavam em aula.

– Chim! – Chamou Seokjin, que assistia à aula com Park. – O que você tá fazendo, o professor tá te olhando com uma cara de c* toda hora.

– Que se foda ele. – Respondeu Jimin, revirando os olhos. – Eu tô tentando estudar.

– Durante a aula? Não é melhor fazer isso depois? – Disse Jin, a matéria que o professor estava passando no momento, sobre imunologia tumoral não era a mais fácil de entender, e bastava um descuido para se perder.

– Tô tentando colocar a matéria que eu perdi em dia, mas tô sem tempo pra fazer isso. - Respondeu, enquanto grifava algo em sua apostila e anotava um comentário.

– Mas depois você vai ficar perdido nessa matéria, e vai ter que usar o tempo das outras aulas para conseguir colocar em dia essa matéria. – Ele disse, tentando mostrar para Jimin o ciclo vicioso em que ele estava entrando. Era seu papel como veterano avisar.

– Eu sei, mas eu tenho prova amanhã, então vamos deixar essas coisas para o meu eu do futuro resolver. – Concluiu bufando e anotando mais algumas coisas.

Jin desistiu de abrir os olhos do outro e decidiu focar de novo na aula que logo teve fim.

– Toma. – Disse Seokjin alcançando alguns papéis para Jimin.

– O que é isso? – Questionou o mais novo.

– As minhas anotações, e se precisar, acho que tenho ainda as coisas do meu primeiro ano, posso te emprestar se for ajudar.

Jimin pulou sobre o mais velho e envolveu-o em um abraço de urso.

– Sunbae-nim, muito obrigado!

– Não é nada Chim, se você precisar de qualquer outra coisa...

– Eu tô bem Hyung, de verdade. – Jimin respondeu, sem deixar o mais velho terminar.

Na hora do almoço, todos se reuniram, na mesa de sempre, e almoçaram quase sem trocar nenhuma palavra, era o que as provas de fim de semestre faziam com os alunos. Ainda assim, eles não dispensavam a companhia uns dos outros.

No início da tarde, Jimin chegou em casa e se jogou no sofá, desejando, pelo menos por alguns segundos, poder descansar. Tae já deveria estar em casa, mas sem ouvir nenhum barulho vindo do quarto do mais novo, Park resolveu verificar. Ele não estava lá, apenas Yeotan, que mastigava um pedaço de papel. Com medo de ser algo importante, Jimin lutou com o cachorro pela posse do documento, ganhando apenas quando o filhote se distraiu com um passarinho que havia pousado na janela. Sem querer bisbilhotar, Jimin olhou de soslaio para o documento, se surpreendendo com o enorme número escrito na parte de baixo, aquilo não fazia sentido, Kim nunca gastaria tanto dinheiro assim sabendo da situação ruim dos dois.

Jimin se sentou novamente na sala, com seus livros na mão para poder estudar, e aguardou em silêncio pelo mais novo, que chegou horas mais tarde, coberto de suor e com cheiro de cânfora. Assim que ele passou pela porta, Park se levantou, com o documento em mãos e um olhar acusador. No momento em que viu o documento, babado e rasgado, Taehyung soube do que se tratava.

– Você quer me contar alguma coisa? – Perguntou Jimin.

– Desculpa, eu não sabia que seria tão caro. – Se defendeu Kim, antes que Jimin pudesse dizer qualquer coisa.

– Taehyung, isso não faz sentido. Como você conseguiu gastar ₩252366.89 em três dias?

– Eu não sabia que era esse o preço.

– E você não perguntou?

– Eu tava correndo, não tava pensando direito. Ele é só um filhote, eu tinha que ter certeza que ele ia ficar bem.

– Tae, isso é muito dinheiro para ser gasto em três dias.

– Mas era um hotelzinho tão bonitinho, e a moça que cuidou do Yeontan era tão boazinha.

– E como você pretende pagar por isso? – Questionou Jimin, massageando suas têmporas.

– Eu consegui outro emprego, ajudo com mudanças e entregas. – Respondeu o mais novo, tentando mostrar ter tudo sobre controle.

– Quanto você faz?

Taehyung ficou parado e olhou para o teto, tentando fugir do assunto.

– Kim Taehyung! – Gritou Park, já começando a ficar irritado com o outro.

– Um salário mínimo.

– Você teria que trabalhar mais de 30 mil horas para conseguir pagar tudo.

– Mas tem também o salário da biblioteca.

– Tudo bem, mas você vai acabar se sobrecarregando.

– Olha quem fala. – Disse o mais novo rolando os olhos e recebendo uma bufada como resposta.

Por alguns minutos os dois ficaram em silêncio, com raiva um do outro, até que Jimin decidiu falar.

– E as coisas com os dois? – Questionou Jimin, curioso.

– Vai me julgar por isso também? – Respondeu Kim, ainda com raiva pela bronca do mais velho.

– Você sabe que isso não é verdade, Tae. – Ele falou, mas o mais novo não respondeu.

Jimin se aproximou lentamente e atacou Taehyung com cosquinhas.

– Para, para! – Pedia Kim, com lágrimas no rosto. – Se você parar, eu te conto. – Ele disse, já com dor de barriga de tanto rir.

Jimin soltou o outro e esperou até Tae se ajustar no sofá e começar a falar.

– Na verdade, não tenho muita novidade pra contar. Eu tenho evitado eles, não sei como falar com eles.

– Você pode só ser sincero. – Sugeriu Park.

– Eu quero ser, mas sempre que eu penso sobre isso, eu sinto como se eu tivesse voltado para aquele lugar, e meu corpo todo treme e... – Ele tentou continuar, mas sua voz falhou e seu rosto perdeu a cor.

– Tudo bem, Tae, nós enfrentamos aquilo juntos, e eu vou estar ao seu lado se você precisar agora também. Se você não quiser contar, tudo bem, você só vai ter que rejeitá-los.

– Esse é o problema Chim, eu não sei se quero rejeitar nenhum deles.

– Então... – Começou Jimin, mas foi interrompido pelo outro que ainda não havia terminado.

– Mas eu também não posso prender eles a mim, a um relacionamento que eu sei que não vai ser satisfatório para eles. – Ele disse, pegando na mão do mais velho e apertando.

– Nunca se sabe Tae, talvez eles possam despertar em você o mesmo que a Ye-jin. – Disse Park, fazendo graça e deixando Kim vermelho de vergonha.

– No fim eu e ela não tivemos nada, e isso foi antes...

– Esperança devia ser a última a morrer, não. – Respondeu Jimin sorrindo e olhando discretamente para seu celular. – De qualquer jeito eu tenho que ir pro trabalho. – Falou se levantando e indo em direção a porta.

– Vai com cuidado. – Disse Tae, antes de Jimin partir.

– Eu vou. – Respondeu ele sorrindo pequeno, se sentindo agradecido por toda a confusão que desviou um pouco os pensamentos ruins de sua cabeça. 

Just Breathe | Jikook | TaeyoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora