Park Jimin e Kim Taehyung tiveram uma infância difícil, mas sempre puderam contar um com o outro. Decididos a deixar o passado para trás, eles se mudam para Seoul, onde encontrar novas amizades, mais desafios, e possíveis amores.
💥 AVISO: O CAPÍTULO PODE CONTER CENAS QUE CAUSAM GATILHO OU CENAS INADEQUADAS PARA MENORES DE 18 ANOS.
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Os dias passaram rapidamente e logo, já era véspera de Natal, e apesar da alegria geral, Jimin e Taehyung não conseguiam se sentir 100% satisfeitos. Com um em cada canto da Coreia, algo parecia estar faltando. Taehyung nunca imaginou que ele tivesse uma tradição de Natal, mas no final, ele descobriu haver algo que ele fazia em todos os natais, sem falta. Enquanto todos na casa dormiam, Tae fugia pela janela do quarto, e corria até o parque, onde Jimin o esperava, com as mãos geladas e as bochechas vermelhas, de tanto ficar no frio. Eles então buscavam abrigo debaixo do escorrega de elefante e trocavam presentes, muitas vezes idiotas, como um desenho, ou cupons de massagem, ainda assim, eles esperavam o dia todo por esse momento. Esse ano, Taehyung finalmente tinha dinheiro suficiente para comprar um presente de verdade, mas Jimin não estaria lá para receber, por isso o Natal simplesmente não parecia natal, ainda assim, ele tentaria se divertir.
No momento, eles estavam na cozinha do refeitório, onde mais de 20 pessoas haviam se reunido para preparar a ceia de Natal. Ao fundo, uma música natalina tocava, e se misturava com a voz de todos ali conversando alegremente. Mama e papa passavam todas as instruções e se divertiam escutando todas as loucas histórias. Yoongi havia sumido com o pai, e como CEO das empresas Min e Seo, Sun-mi não tinha sequer um dia de folga, e voltaria para casa somente no final da tarde.
– Quando eu era pequeno, eu também fiz isso com a minha mãe. – Disse Hoseok, que abria a massa de biscoito. – Minha irmã adorava. – Ele falou, com saudosismo.
– Como elas eram? – Questionou Taehyung, querendo saber um pouco mais sobre a família do mais velho.
– Minha Omma era professora de jardim de infância, e transmitia a mesma energia que o sol, ela era quente e brilhante. Minha irmã tinha só quatro anos, ela era uma criança como as outras, era irritante e birrenta, mas era minha irmã, e eu não conseguia deixar de mimá-la, muito mais do que eu deveria.
– E o seu pai? – Questionou Tae, pensando que se a família de Hoseok ainda estivesse viva, ele adoraria conhecê-la.
– Pode parecer clichê, mas quando eu era pequeno, ele era o meu herói, eu queria ser igualzinho a ele, mas quanto mais eu o conhecia, mas eu percebia as falhas que ele tinha. Pra ser sincero, eu queria esquecer do homem que ele se tornou após a morte da minha mãe e da minha irmã, e só lembrar do pai amoroso que ele uma vez foi, mas eu não consigo evitar. A imagem gravada na minha mente são as dos piores momentos. – Ele disse, deixando transparecer a sua tristeza.
Era raro que Hoseok deixasse transparecer a sua infelicidade, mas datas comemorativas costumavam ser as piores para ele. As memórias faziam sua cabeça doer e a saudade machucava mais do que ele gostava de admitir. Sem falar nada Taehyung o abraçou por trás, apoiando sua cabeça no ombro do mais velho e beijando seu pescoço de leve. Toda a atenção do lugar recaiu sobre eles, mas nenhum dos dois ligou, e eles continuaram abraçados daquele jeito por um bom tempo.
