XXIII - Ajuda

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💥 AVISO: O CAPÍTULO PODE CONTER CENAS QUE CAUSAM GATILHO OU CENAS INADEQUADAS PARA MENORES DE 18 ANOS

(CUIDADO, se você tem sensibilidade a certos temas, aqui vai um alerta de gatilho, a cena descrita vai falar um pouco sobre depressão e ideação suicida)

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(CUIDADO, se você tem sensibilidade a certos temas, aqui vai um alerta de gatilho, a cena descrita vai falar um pouco sobre depressão e ideação suicida)

As provas estavam no fim, e os alunos caminhavam feito zumbis pelo campus, não passando de corpos movidos pela necessidade de completar mais um semestre. Era o último dia de aula antes das sonhadas férias, e os sete meninos haviam combinado de festejar, no final de semana, na casa de Jin, com muito soju, cerveja e pizzas. Jimin estava ansioso, mas antes queria saber o resultado de suas provas, que estavam a um fio de deixá-lo louco. Ele andava pelo campus com um grande número de colegas de classe, conversando sobre várias bobagens, foi nesse momento que o celular de todos vibrou, indicando que algum professor havia postado as notas. Jimin tirou o celular do bolso e verificou que as notas de imunologia tumoral enfim haviam saído, e os resultados não foram bons.

– Como foi? – Uma colega questionou Jimin, ansiosa para receber uma resposta e então se gabar de sua incrível nota.

– Bem. – Ele respondeu, sem tirar os olhos do celular, agora apagado. – Eu acabei de lembrar que tenho que encontrar um amigo no prédio de artes, encontro com vocês depois. – Falou, antes mesmo da menina poder abrir a boca.

Ele andou pela faculdade sem rumo, ignorando tudo ao seu redor, podendo apenas escutar seus próprios pensamentos, que ecoavam alto em sua cabeça. "Merda, eu sabia que não ia conseguir", pensava ele, "Não sei nem por que tentei. Eles estavam certos, devia ser eu naquele carro." falou, consigo mesmo "Eu nem sei porque ainda estou aqui? O Wan se foi, eu nunca vou conseguir ajudá-lo, meus pais claramente me odeiam, e não estão nem aí pra se eu consigo ser alguém ou não. Que c*aralhos eu ainda estou fazendo aqui? Eu nem sei se quero ser médico. Eu nem sei se quero ser qualquer coisa. Que m*rda eu tô fazendo da minha vida?" se perguntou triste. "Eu não sirvo pra nada mesmo." Pensou, antes de bater de frente com alguém.

– Jimin? – Questionou uma voz abafada, que Jimin tentou compreender, mas parecia estar vindo de tão longe. – Jimin, você tá me ouvindo? Você tá pálido, tá tudo bem? Jimin? – Disse a pessoa, enquanto chacoalhava o outro.

Park não conseguia ouvir direito, nada parecia fazer sentido. Seu corpo tremia, mesmo o tempo estando quente, e sua cabeça girava. Apertando a unha contra os punhos, ele tentava fugir da prisão que sua mente havia se tornado, mas ele estava perdido, se sentindo apenas como uma sombra no mundo. Ele sabia que tinha de responder, mas não queria. Ele não queria dizer nada, ele não queria fazer nada, ele nem ao menos queria ser.

Em movimentos suaves, a pessoa guiou Jimin até uma sala escura. Os dois corpos adentraram o lugar e se sentaram no chão, um sendo abraçado pelo outro, que cantarolava uma música baixinho, enquanto aguardava que o segundo corpo parasse de tremer.

Jimin não sabia ao certo quanto tempo ficou daquele jeito, mas certamente foi bastante tempo, ele enfim identificou a pessoa como sendo Hoseok, que até agora se mantinha com os braços ao seu redor, transmitindo um calor que Jimin não achava merecer, mas não conseguia recusar.

Just Breathe | Jikook | TaeyoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora