ESSE É O FIM.

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NO CAPÍTULO ANTERIOR...

- Sempre tive uma quedinha pelo quebra nozes.

- E como você já sabe, eu tenho uma tara por Barbie.

- Não somos o casal perfeito?

Abaixo a cabeça quando se aproxima, com medo de que fizéssemos algo na frente de todos e ela segura meu queixo, fazendo-me encará-la.

- Ei, não precisa ter medo, está tudo bem.

- Tem certeza?

- Absoluta!

Ludmilla me beija com ternura. Segura meu quadril com firmeza enquanto saboreio o beijo. Afasto nossas bocas, limpando a pequena mancha de meu batom de seus lábios.

- Guarde isso para mais tarde, sexo em um público nunca foi um fetiche meu.

- Posso te fazer mudar de ideia, se quiser. - Dou um tapa em seu ombro e ela ri. - Okay, guardarei para mais tarde.

Ludmilla se manteve por perto o tempo todo. Passamos a noite abraçadas, entre brincadeiras e conversas. Em certo momento um dos rapazes se lembrou do jogo da maçã e fui até a cozinha pegar as frutas. Entro no cômodo, já abrindo a geladeira e pego o saco com as maçãs, enquanto ouço os gritos e risos animados das pessoas ao lado de fora.

Quando dou meia volta, solto a embalagem no chão. Um arrepio macabro corta minha espinha quando a brisa gelada me atinge. Sinto aquele mesmo cheiro de cigarro queimar minhas narinas.

- Oi Brunna. Sentiu minha falta?

Olho para trás, encarando a pessoa. Eu reconheceria aquele rosto a quilômetros de distância. Sinto um nó surgir em minha garganta, me impedindo de gritar quando ele se aproxima.

- Não sabe o quão difícil foi te achar. Mas finalmente poderei terminar o que comecei.

Antes mesmo que pudesse pensar, sinto uma pancada na cabeça, me deixando completamente grogue e tudo vira um breu.

E a última coisa que sinto, são os braços do assassino de meu primo me puxarem para longe da casa. Para longe de Ludmilla.

...

Ludmilla

- Não quebra não, ele precisa trabalhar! - Grito para Sanchez quando percebo a veia de sua testa saltar, demonstrando toda a força que usava na queda de braço.

Daiane ri com minha piada e eu coloco mais lenha na fogueira incentivando os competidores. Não sei quem acabou puxando uma aposta de dez dólares em Sanchez, mas a essa altura, uma pilha de notas de vinte estava no centro da mesa, entre os dois soldados mais fortes de nossa agência. Wilson finalmente consegue virar o braço do oponente em um ângulo não muito agradável, e todos gritam com a vitória.

- Que merda! - O outro reclama, flexionando o cotovelo e eu dou um tapinha em seu ombro.

- Não seja um mal perdedor, Sanchez! - Ele apenas da de ombros, se afastando da mesa e rio de sua birra.

- Quem vai dessa vez?

- Eu! - Grito já me preparando e Wilson arregala os olhos. - Vamos ver se é forte mesmo. - Provoco, colocando o cotovelo sobre a mesa e ele engole em seco.

Segura minha mão e ao fim da contagem, faz força, tentando virar meu braço. Faço cara de paisagem, me mantendo na posição sem muito esforço e quando sinto meu braço se mexer levemente, viro-o com tudo, batendo o dorso da mão do rapaz no tampo da mesa. Ele xinga irritado, enquanto os outros comemoram.

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