● Cap.73 ●

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Olá!! Estão bem?
Boa leitura ♡

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Thomas indireita sua própria postura na cadeira, e percebo que estou mais tenso que nunca com a proposta dele me "contar uma história"

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Thomas indireita sua própria postura na cadeira, e percebo que estou mais tenso que nunca com a proposta dele me "contar uma história".

Thomas: quando você e May brincavam, eu via o brilho no olhar dela, o entusiasmo de ter um amigo por perto...*ele olha para "além de mim" como se estivesse vendo o passado nostálgico enquanto fala* Ao decorrer do tempo eu percebi que ela realmente gostava de você. Quando eu digo isso eu estou falando que ela realmente gostava de você, ela mesma me falou. Ela dizia "gosto dele como a Julieta gosta do Romeu". Era algo do tipo mesmo, duas crianças se gostando, um amor que terminou em tragédia.

Sinto as lágrimas quentes sobre meu rosto. Por incrível que parece não me sinto envergonhado por mostrar minha fraqueza na frente de Thomas, eu não tenho mais nada a perder mesmo.

Thomas cruza os braços e volta a falar.

Thomas: ela viva falando de você e insistindo para que você fosse na minha casa ou ela na sua. Embora eu tenha aceitado isso de início, aliás eu e seu pai éramos amigos e vocês também, depois de de tempo tempo percebi que isso atrapalhava ela nos estudos, o que me deixou extremamente preocupado. May falava de você com tanto amor e isso a distraia, você a desviava do caminho longo que ela iria ter de sucesso.

Aidan: você está falando que eu a levei para um "mal caminho"? *me sobressalto* Nós éramos crianças, ela só estava se descobrindo enquanto você já tinha uma vida pré-determinada para ela e a impedia de se divertir. Eu nunca influenciei no comportamento dela. May só estava se tornando ela mesma e você não queria aceitar.

Thomas parece ignorar meus comentários e volta a falar sobre a "história".

Thomas: falei para ela mil vezes que tinha que continuar estudando e brincar menos com você, mas ela nunca parecia me ouvir. Deixei ela de castigo milhares de vezes alguns meses antes do acidente mas nada adiantava. Até que ela decidiu que não ia mais para a faculdade de administração em Moscou, por sua causa, pois, segundo ela, queria que vocês ficassem juntos e não se afastassem.

As lágrimas continuam rolando pelo meu rosto, e a voz de May vem a minha cabeça como uma lembrança boa de tempos, que ao mesmo tempo que eram bons, eram ocultamente sombrios. Sinto que vou desabar enquanto Thomas conta a visão dele da história que eu e May tivemos, é aterrorizante.

Thomas: tem noção, Gallagher? A culpa foi sua.

Aidan: e-eu não tenho culpa de nada. *gaguejo. Quero acreditar que não tenho culpa mas na minha cabeça eu tenho uma "parcela" de culpa, porque eu não salvei May e antes obriguei ela a ir para o fundo. Também tenho um culpa por ter virado uma babaca depois, ter magoado meus pais, meus amigos e até mesmo a s/n.*

Thomas: quando eu vi o que você estava fazendo com a mente da minha filha eu tive que intervir da pior maneira possível. *ele fala sem derramar uma lágrima, continua perfeitamente apático e isso me dá extrema agonia*

As palavras que Thomas fala levam um tempo para fazer sentido para mim, mas quando imagino o que ele fez fico implorando para que eu estaja louco e imaginando coisas.

Aidan: o que você fez?! *falo com desgosto e desespero em minha voz, quase parece estar implorando para que ele não diga o que eu acho que ele vai dizer*

Thomas: sabe, garoto? As vezes precisamos tomar atitudes horríveis para o bem da humanidade, e esse foi o caso do que aconteceu...

Aidan: o que você fez?! *falo me afastando da cadeira em que Thomas estava sentado, como se uma radiação começasse a vir dele*

Thomas: eu tentei aproveitar o máximo de tempo com May antes de sua partida. Vi as previsões do tempo e escolhi a que estava prevista uma tempestade para irmos para a praia. Dei a sugestão e esperei que May fizesse sua parte, te avisasse e você aceitasse. Foi fácil depois, sua mãe e seu pai saíram e eu sabia que você queria entrar no mar, quando me perguntaram se podiam entrar eu apenas falei que sim e um tempo depois ouvi os gritos de vocês, e nem me dei o trabalho de ir ajudar as duas crianças indefesas. A minha esperança era de que você morresse mas eu sabia que quem não nadava era May, sabia que era ela que ia morrer.

A cada passo que dou pra trás horrorizado me sinto como se estivesse de volta ao dia do acidente, me afogando. Acabo esbarrando em uma cadeira e deixo com que eu desabe me sentando nela. Olho fixo para Thomas enquanto as lágrimas escorrem. Ele a matou.

Aidan: você matou sua própria filha. *falo perplexo, não quero acreditar no que eu ouvi*

May sabia que algo estava errado, por que ela não contou para mim?

Thomas: não, eu não matei minha filha. Eu salvei ela de não ter um futuro digno. Você a matou. A culpa é sua. A partir do momento em que você envenenou a mente dela até o momento em que você não conseguiu salvá-la.

Aidan: eu era uma criança. *sinto minha voz me elevar assim como minha raiva* Você acabou com a vida da sua filha, sabia que ela ia morrer, e o pior de tudo, você que deu o "empurrão" para que tudo acontecesse. Como alguém consegue ver a sua filha gritar e não fazer nada? Como alguém analisa todos os fatores para que a morte da filha seja algo inevitável? *faço essas perguntas mais para mim mesmo, sabendo que eu não terei uma resposta. Nem Thomas sabe o porquê matou a sua filha, o motivo não é concreto e muito menos plausível*

Thomas se levanta da cadeira e vem em minha direção. Sinto suas mãos nos meus ombros enquanto eu permaneço imóvel ao seu toque, como se estivesse sedado. Parece que a tristeza e raiva vão me engolir e eu não consigo fazer nada a respeito. Eu nem sequer tento. Parece suicídio.

Thomas: te contei isso para você aprender que as vezes é necessário um grande sacrifício para salvar alguém que você ama, mesmo que esse sacrifício envolva a própria pessoa que ama. *ele sai de trás de mim e fica a minha frente em pé* Se tem tanta raiva de mim, me mate agora. Estou vulnerável, mas lembre que tem câmeras da polícia de observando. Caso não tenha coragem de me matar, como como sei que é o caso, eu te mato. Você tem uma chance, recomendo não errar. *ele fala e deixa uma arma no meu colo, e em seguida pega outra arma para si. *

Sinto minhas mãos tremerem enquanto pego a arma. Minha visão embaça por causa das lágrimas. Tenho o meu destino e o de Thomas nas minhas mãos, só basta eu fazer ou não fazer algo.

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Ficaram surpresos? Talvez mtos não pq já desconfiavam kkkkk
Espero que tenham gostado.
Desculpa qualquer erro de escrita.
Bjs.
Assinado: Autora 💫

𝙲𝚊𝚜𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘 𝙰𝚛𝚛𝚊𝚗𝚓𝚊𝚍𝚘☁︎𝑨𝒊𝒅𝒂𝒏 𝑮𝒂𝒍𝒍𝒂𝒈𝒉𝒆𝒓 Onde histórias criam vida. Descubra agora