uma informação para digerir
Katsuki continuava a andar de um lado para o outro.
Um som estrondoso se faz presente, tia Mitsuki arromba a porta uma hora depois da nossa conversa.
— Seu capeta! Tantos anos de educação e de nada valeu!— nesse momento ela tenta agarrar o jovem alpha que sabia da sua sentença de morte.
— Eu não tive culpa dessa vez, não foi proposital. — Katsuki diz indignado, ele queria ser compreendido, nem que ao menos fosse um pouco.
— Mi-chan larga o menino...— meu sogro diz calmo como sempre.
— Quê? Vai proteger ele, isso é resultado dos seus mimos. Onde já se viu, ele faz o que quer, quando quer e onde quer. — Mitsuki diz alterada direcionando o dedo indicador para o seu Alpha.
— Mi-chan! Eu não quero repetir — Masaru esfregou as têmporas — Lembra o que aconteceu conosco? — ele diz num tom que nunca o vimos usar, nesse momento ele realmente pareceu o alpha que sempre mantinha reprimido, uma versão que segundo Katsuki, o seu pai não gostava. Depois Mitsuki e Katsuki ficaram em uma posição reta. Mas rapidamente voltaram ao normal.
— Meu bebê!— Meu pai me tira do chão e repara o meu corpo todo — Ah! Deve estar a doer. — Olha para as marcas de mordidas, em específico a da nuca.
— calma, ele parece estar bem. — minha mãe respondeu
— Nós precisamos ter uma conversa séria meninos. — Meu sogro, parecia agora um pouco mais preocupado.
Meu pai sentou comigo em seu colo e o Kacchan estava ao lado do seu sem dizer uma única palavra, parecia que a sua vida dependia disso naquele instante.
— bom! Como vou explicar. Os vossos subgêneros são mais sensíveis que qualquer outro, vocês são mais fortes, mas também são os mais fracos quando se trata de gerir emoções, por isso precisam um do outro. Ser lúpus não é fácil e eu sei muito bem disso. — Masaru diz sereno.
— Desculpa ter me exaltado — Mitsuki diz baixo.
— Tudo bem querida, eu entendo. Izu...— Mamãe olha para mim de olhos cobertos de lágrimas. — Eu sinto muito meu amor, eu deveria ter notado a sua classificação e ter te preparado melhor. — minha mãe lamentou.
— não faz mal mamã, eu estou bem. Kacchan foi muito atencioso, ele sempre me protege e cuida de mim mais do que a si próprio. — Kacchan levanta o rosto e olha surpreso para mim. — Eu sei que ele se mataria primeiro antes de me machucar. Então não briguem com ele, fui eu que não me preparei, mesmo ele dizendo que algo estava errado e que eu deveria ir ao hospital. Tudo foi minha culpa, desculpa alpha — não aguento mais e começo a chorar. Ainda estava muito sensível.
Sou tirado do colo do meu pai, meu alpha tenta passar conforto com as suas feromonas e ainda estávamos sensíveis porque o cio recém acabou de terminar.
— Shii! Está tudo bem ômega, deixa o seu alpha carregar suas dores, eu estou aqui! — eu enrolei minhas pernas em volta da sua cintura e escondi meu rosto em volta da sua glândula que liberaram feromonas para me acalmar.
— precisamos levar eles para o hospital, pelos meus cálculos o Izuku já deve estar com uma vida em seu ventre. — Mitsuki diz pensativa.
Nós meio que já estávamos a digerir essa informação.
— eu também não duvido, minha família tem uma hiper-fertilidade, meus pais eram lúpus, parece que o Izuku herdou os genes dos avós. — Inko diz também conformada.
— então vamos encontrar uma solução para isso, vamos para o hospital. — meu pai sugeriu.
Katsuki não deixou ninguém tocar em seu ômega, ele apenas pegou uma manta e se dirigiu até o carro de seus pais, sentou-se atrás, sempre preso ao ômega.
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Eu sei como você se sente!- (ABO Bakudeku)
RomanceSinopse: Desde a infância Izuku tem um amor platónico por Katsuki Bakugou, o alpha mais popular da escola, não só por ser aterrador, mas também por ser muito atraente. Pelo que tudo indica seu amor o odeia mais que tudo. Pelo menos é assim que o peq...