Eu sei como você se sente!- (ABO Bakudeku)

Extra Izumi (2)

Meus melhores amigos são os primos, Todoroki Seiji e Iida Souma.
Souma é a cara do tio Shouto, mas com o cabelo azul-escuro como o seu pai, um alpha lindo pra caralho, se fosse ômega eu pegaria. Temperamento calmo como os pais, notas boas, educado, simpático, quase um príncipe se não fosse tão desligado assim. Dá até dó de ver alguém tão de boas com o mundo, sinceramente kami me livre dessa paz tediosa. 

Já Seiji é o bad Boy, bonitão também. Olhos azuis, ruivo por opção, com algumas madeixas loiras, eu achava que o cabelo preto e loiro ficava muito bem nele, mas enfim; e piercings em alguns lugares como eu. Obra do pai dele, claro. Tio Dabi é bom no que faz!  Seiji é bem de boas como o outro pai, mas se erram com quem ele ama, é um psicopata que anda livre por aí! Santa misericórdia. 

— Yo! Souma e Seiji —, dou um aperto de mãos para-ambos.
— E aí Izumi? Está atrasada. — diz Souma, o perfeitinho.
— Oi! Pronta para aula de hoje? — Questionou Seiji, deitado na carteira com desânimo. — Eu não me safo em matemática.
— Meu! Melhor subir as notas. O tio Dabi te mata se voltares a tirar quarenta no teste. — diz Souma.

— Cara, você está ferrado. Seu pai nos mata dessa vez se você for mal no teste. — Fiquei arrepiada. Lembram que eu falei de psicopatia? Acho que vem do berço.

— E de quem é a culpa? — Souma diz indignado.
— Minha não é! — Responde Seiji de forma despreocupada.
— Cala boca, a culpa é sua! — Eu e Souma falamos ao mesmo tempo.

— Bom, não curto esse negócio de escola. Eu vô nessa! — Pego a minha pasta e saio da sala.

— Como ela consegue ser uma boa aluna? Se quase nunca está nas aulas. — Questiona Seiji.

— Sei lá. Vai que tenha ajuda do Tsuya-nii — Diz Souma sem interesse. 
— Meu irmão foi um aluno incrível também, orgulho da mamã Izu, mas não assistia as aulas com frequência assim como eu! — Digo em desdém. — Ser inteligente é um negócio de família. You know? - Fiz uma piadinha com a cara deles. 

— Seiji é o único com problemas com notas na família.
— Essa doeu, tio Natsu também! Eu vou resolver isso tudo. Vou passar uma temporada na casa da tia Fuyumi e o Aoto-nii vai me ajudar com tudo.
Olhamos surpresas com a determinação dele.—  Bom, vou nessa-  Sorri e saí da sala antes que o prof entrasse. 

Passei pelo corredor do terceiro ano, eu queria ir para enfermaria. Até que alguém me parou e mudei um pouco o rumo.

— Izumi-chan —, ela interrompeu a sua fala. — Eu chamei você aqui porque eu gosto de você, por favor saia comigo! — Ela diz rapidamente sem ao menos respirar.

E essa agora? Só me fodem a vida. Bom, como eu vou resolver?

— Erh! Qual é seu nome mesmo? —, faço uma careta ao não lembrar. Sou boa em tudo menos lembrar de nomes e datas também.

Seu rosto magoado foi bem evidente:
— Miyaji Tsumiko —, ela diz baixo.
— Miyaji-senpai, foi mal, eu já gosto de alguém. — Tentei não ser grosseira e perder a paciência.
— Ah! Então é isso, você não me quer? — Miyaji-senpai baixou o rosto em completo silêncio.
Eu fiquei com um mal presentimiento sobre isso.
Senti um cheiro forte, cheirava a chantilly. Então rapidamente levei a minha mão ao nariz. Nunca fui fã de doces, e esse cheiro não me agrada em absoluto. 

O que essa coisa pós na boca? Activador de cio?

— Izumi-chan, você pode me marcar! — ela se atirou em mim, esfregando seu corpo no meu.
Droga, eu nem gosto de mulheres! Mas que merda! Cambaleei com alguns passos para trás, tentando ao máximo não perder o equilíbrio.
— Ei! Controle o seu cheiro! — Apoio a minha mão na parede, cheiros fortes me dão náuseas desde que eu me entendo por gente.
— Não!!! Eu te amei primeiro que essa pessoa. Desde o fundamental eu sempre gostei de você —, diz revoltada —, eu daria qualquer coisa para estar ao seu lado, mas temos um ano de diferença e seu amiguinho, Souma, não facilitou a minha vida também. Mas tudo bem, eu sei que você pode me amar quando você notar que eu sou melhor para ti.
— Tsk! Desgraça do caralho, eu nunca te vi na minha vida, porra! — Mordi o meu antebraço esquerdo para me livrar da perda de controle. E sem hesitar, dei um golpe forte na sua nuca. O que a fez apagar na hora.
Como eu não sou um monstro, liguei para ambulância, avisando que tinha uma ômega no cio no corredor da escola, mesmo que ela não merecesse. Por milagre eles estavam perto e não tardaram a chegar.
— Moça, você está bem? — diz um dos paramédicos, se inclinando perto de mim.
— Estou okay —, resmungo em resposta.
— Eu vou injetar um supressor em você. — Vejo ele pegar uma ampola A.
— Tem de ser o AX, isso daí não vai fazer nem cocegas em mim. — Digo me inclinando com dificuldade para ele injetar o supressor.
— Wau! Você é lúpus, já deveria ter notado. Por isso você está tão consciente. Eu sou beta, mas mesmo assim o cheiro dessa ômega está forte para mim.
—... —, sinto a agulha perfurar o meu ombro. Pode parecer hipocrisia, mas, eu detesto agulhas.