Capítulo 33 "Hot soft"

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Esse capítulo
contém gatilhos
e hot soft
<3

Perdão por qualquer
Erro ortográfico

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Os dedos nervosos e inquietos tamborila sobre a mesa do Aurora bar, enquanto uma descarga de ansiedade extrema percorre por todo o seu corpo. O seu coração palpita em um ritmo tão frenético que a falta de ar o consome. Uma gotícula de suor escorre por sua testa, junto com os cabelos negros que grudam em sua pele. Seus olhos percorrem para a porta de entrada a todo instante, observando que a cada minuto chega mais e mais pessoas, causando uma agonia imensa em seu peito.

Ele respira fundo enquanto evita fazer qualquer movimento brusco para evitar ser notado perante a uma mesa com sete pessoas, e um bar lotado. Seus olhos percorrem por cada um da mesa que sorrir naturalmente como se fosse a coisa mais fácil do mundo, interagem e se envolvem na conversa quase como acessar os dados de uma pessoa em questão de minutos.

Enquanto uma mão tamborila rapidamente sobre a mesa, a outra repousa sobre sua perna inquieta por baixo da mesa. Engole em seco e sente uma pressão muito grande, uma falta de ar e uma sede imensa. Logo, uma mão quente cobre a sua por baixo da mesa, e acaricia enquanto se mantém na conversa e sorrir voltando seus olhos para o azul tão intenso dos seus.

- Vamos ali fora comigo? - e mais uma vez ela salva ele do próprio caos.

JAKE

Me levanto sem jeito batendo minha perna na mesa fazendo as bebidas balançarem. "Você não consegue nem mesmo levantar de uma mesa sem causar problemas?"

- Eu já volto - avisa enquanto segura em minha mão me conduzindo para fora do bar.

Em direção ao lado de fora do Aurora bar, nossos corpos são espremidos e empurrados um contra o outro, devido a quantidade de pessoas que há nesta noite, uma banda vai tocar, e isso lota o estabelecimento.

Passando pela a porta de saída, a brisa fria da noite abraça nossos corpos e me devolve o alívio e o oxigênio que eu havia perdido poucos minutos atrás. Caminhamos lado a lado sem dizer nada enquanto atravessamos em direção a uma praça de frente o bar, nos sentamos em um dos bancos vazios e finalmente sinto o alívio me dominar novamente. A pressão vai embora, a agonia fica para trás e agora eu respiro devagar e compassadamente, sem medo.

- Está tudo bem? - segura em minha mão desenhando círculos em minha palma.

- Agora está - sinto o seu carinho me deixando mais tranquilo e aliviado.

- Você quer me contar alguma coisa? - ela agora traça as linhas da minha mão mas eu não a olho, porém sinto seus olhos preocupados sobre mim.

- Não, está tudo bem - essa frase é tão mentirosa.

- Quer dar uma volta? - oferece.

- Quero.

Nos levantamos devagar, tecemos nossas mãos e começamos a caminhar pela a praça vazia, repleta de árvores e postes. Está tarde, quase meia noite. O vento frio soprou sobre nós novamente me trazendo harmonia e alijamento. Enchi meus pulmões com o ar gelado e soltei minha respiração pesada e tensa, agora me asseguro que estou bem.

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