Capítulo 3

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(Seu nome)
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A viagem foi tranquila. Cerca de 14 horas da tarde eu já estava na capital, enviei uma mensagem para Hannah minutos antes do vôo pousar, ela respondeu dizendo que cerca de mais ou menos uma hora estaria aqui.

Peguei meus fones de ouvido e coloquei uma música calma, Patrick Watson - Je Te Laisserai Des Mots. Pego meu livro na qual estou demorando dias pra terminar. Deixo a música me envolver, enquanto mergulho em outro universo, a fim de afastar da minha mente toda essa situação ruim.

Hannah
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(Seu nome) havia me enviado uma mensagem dizendo que já estava pousando na capital, termino de ajeitar algumas coisas do meu apartamento, pego minha bolsa e as chaves do carro, abro a porta e vejo Lilly parada sem expressão alguma em seu rosto.

  —   O que está fazendo aqui?  —  Pergunto.

—  Vou buscar a (seu nome) com você  —  ela se vira de costas para mim e começa a caminhar pelo corredor.

Tranco a porta rapidamente sem entender absolutamente nada.

  —  O que?  —  acelero os passos para alcançá-la.

  —  Eu vou buscar a (seu nome) com você  —  ela fala como se estivesse indo buscar uma velha amiga.

  —  Como você sabe que eu estava indo buscar ela?

  —  Fiz as contas do horário em que ela disse que pegaria o vôo, é apenas lógico Hannah. Sempre fui melhor em matemática do que você  —  ela para quando chegamos no estacionamento do prédio.

Realmente Lilly sempre foi ótima em matemática, e sempre teve um ótimo raciocínio lógico, o que me intriga até hoje e me deixa com náuseas só de tentar entender.

—  Isso não é pra mim  —  abro a porta do carro. Lilly e eu entramos juntas no mesmo.

—  Eu queria que ela ficasse na minha casa  —  ela sugere.

—  Porque? O que tem haver ela ficar comigo?  —  dou partida no carro e saímos do estacionamento.

  —  Acho que seria melhor  —  Lilly mordisca a fina pele do canto das suas unhas.

—  Não, isso não é lógico.

  —   Desde quando você entende de raciocínio lógico?  —  ela me olha séria enquanto meus olhos voltam agora para a estrada.

—  Você não me deu uma explicação de o porque ela não pode ficar no meu apartamento comigo, e põe o cinto não aguento esse alarme idiota dizendo pra por a droga do cinto de segurança!  —  apoio meu cotovelo no curto espaço da janela fechada, enquanto passo devagar meus dedos sobre minha testa, pensativa sobre o que a Lilly disse agora há pouco.

—  Porque você não conhece ela, e eu a conheço mais tempo que você  —  Lilly responde enquanto passamos pela grande placa de "volte sempre a Duskwood".

—  E eu não posso conhecer?  —  pergunto.

—  Há coisas não ditas entre o Jake e você, coisas que só o Jake pode te dizer.

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