Capítulo 31

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Esse capítulo pode ser sensível e delicado para alguns leitores.

Me perdoem desde já por qualquer erro ortográfico passado despercebido.

Boa leitura
E divirta-se.
Música tema:
Kate Bush - Running
Up that Hill
<3

Jake
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Uma hora depois eu consegui sair do prédio do FBI. Infelizmente tive que esperar toda a euforia dos repórteres passar para poder ir. Clark pediu para que um dos agentes me levasse até a UTI onde a (seu nome) está. Por cerca de 9 da manhã eu já estava na porta da grande UTI segurando um buquê de rosas ansioso e nervoso. Eu gostaria de ter tomado um banho antes, trocar de roupa e ir vê-la mas a minha ansiedade é muito maior e eu não me contive. Não estou em um estado deplorável, mas queria que o cheiro impregnado de enfermaria saísse das minhas roupas antes de ir ver minha (seu nome). Apesar de que não vai fazer tanta diferença, já que estamos em uma UTI.

O primeiro passo que dei após passar dez minutos parado na porta do grande prédio eu pensei que ia ser vacilante. Estou tão trêmulo que não confio em meu próprio equilíbrio.

Adentrei passando pela a recepção sem medo algum. Meu moletom está pendurado em meu braço, não preciso mais me cobrir ou andar com a cabeça baixa. Não preciso mais sentir medo ou preocupação, eu sou um homem um livre, e graças a uma pessoa que está aqui em algum lugar desses inúmeros quartos eu tenho essa dádiva que sonhei durante quatro anos.

Mas eu não entendo o porque eu estou tão desconfortável, eu deveria me sentir bem, deveria me sentir normal, não uma pessoa estranha em meio a um monte de desconhecidos que parecem normais, eu me sinto indiferente. Os olhares estranhos que percorrem por mim faz sentir-me  incomum.

  —   Senhor, eu preciso do nome da paciente   —   a recepcionista diz me observando com seus óculos na ponta do nariz. Ela é negra de cabelos pretos e bem presos em seu coque firme no alto da cabeça, se tiver meia idade é pouco. Seus lábios são carnudos e avermelhados por causa do forte tom do batom que está usando. É baixa e rechonchuda, parece mal humorada. (Seu nome) diria que ela seria uma pessoa amigável. Ela tamborila seus dedos sobre o balcão branco que reflete a luz clara da UTI. Uma outra recepcionista atende um homem pardo de cabelos ondulados chamando a atenção da mulher que está me atendendo, isso me fez sorrir.

  —   (seu nome) Cooper  —  eu falo coçando minha bochecha enquanto ela digita com as suas unhas grandes em cores rosas e masca chiclete.

  —  Quarto 315, décimo andar. Você é o que dela?  —  ela me olha por cima dos seus óculos.

— Eu sou... — o que eu sou da (seu nome)? Eu não pedi ele em namoro, não posso dizer que somos namorados, e muito menos amigos. Hannah mencionou que a Lilly mentiu sobre ser cunhada dela, o que significa que pra eles eu sou... — Eu sou o namorado dela  —  falo nervoso sentindo um calor subir pelas as minhas pernas.

—  Hum  —  ela me dá um checape de cima a baixo e me entrega um cartão de visitante  —  Qual o seu nome garoto?

Garoto? É sério?

—  Eu me chamo Jake... Do.. Donfort — respondo nervoso.

—  Muito bem, Jake. Se alguém perguntar mostre esse cartão, antes de ir embora devolva aqui na recepção, ele tem uma estrutura metálica, então se você esquecer você não passa naquela porta  —  ela aponta para a porta giratória com a ponta da caneta.

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