Capítulo 36

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(Seu nome)

  —  Não é melhor deixá-lo sozinho?  —  Lilly segura em meu braço antes que eu pudesse passar pelo o portal da porta da frente de sua casa.

  —  Jake já passou tempo demais sozinho  —  desvencilho suas mãos dos meus braços correndo em direção a Jake que dá passos largos pelas calças de Duskwood.

  —  Jake!?  —  o chamo quando estou a cinco passos de alcança-lo. Me coloco em sua frente observando seu semblante triste e choroso. Jake estava chorando.

Não falo mais nada, apenas dou-lhe um abraço e o deixo desabar em mim. Suas mãos agarram minha blusa e ele afunda seu rosto em meu pescoço, enquanto soluça mais uma vez em lágrimas. Eu sinto todo o seu corpo tremer.

—  Você foi incrível, Jake. Estou orgulhosa de você  —  afago seus cabelos.

—  Mesmo?

—  Mesmo.

Me afasto do mesmo limpando seu rosto enquanto ele apenas me observa com seus olhos azuis cor de oceano penetrantes.

  —  Você está descalça  —  ele aponta para os meus pés.

  —  Por incrível que pareça eu só lembrei agora que não sai calçada do seu quarto  —  olho em derredor avistando a praça logo na esquina  — Você quer ficar na praça um pouco?

  —   Quero.

Estendo minha mão para o mesmo e caminhamos juntos. Nos sentamos em um banco mais isolado dali, não há muitas pessoas devido a chuva que acabara de dar uma trégua.
Jake olha para meus pés descalços e sujos de lama contendo uma risada.

  —  O que foi?  —   empurro ele com meu ombro.

  —  Seus pés são engraçados  —  ele diz fungando.

—  Esta dizendo que meus pés são feios?  —   cruzo os braços olhando para ele.

—   Não, eles são... bonitinhos  —  sua bochecha ganha um rubor adorável.

—  Bonitinho é feio arrumado, Jake.

Jake não contém a risada e acaba se entregando de bandeja o que me faz sorrir da sua risada alta e suave. Devagar nós paramos e novamente o silêncio paira sobre nós.

—  Você tem a capacidade de me fazer sorrir mesmo quando eu estou um caos, (seu nome)  —  ele observa suas mãos inquietas.

—  Já você, tem a capacidade de acelerar o meu coração, e ao mesmo tempo tranquilizá-lo.

Ele sorri sem esboçar seus dentes e novamente o silêncio paira sobre nós. Ele respira fundo observando as pessoas voltarem às ruas lentamente após a chuva. Toco em sua mão puxando seu braço para mim, enquanto desenho estrelas no mesmo como se meu dedo fosse uma caneta imaginária.

  —  Porque está desenhando estrelas em meu braço?

  —  Porque se você por uma estrela em cada cicatriz, no fim você terá uma constelação inteiramente sua.

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