Capítulo 22

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O barulho do toque do meu celular se tornou uma coisa extremamente irritante no presente momento em que eu só queria dormir mais um pouco.

Com a insistência e a esperança da pessoa do outro lado da linha de que eu atenda, me levanto da cama forçando-me a olhar para a tela do aparelho. Ao notar que é Alan meus olhos se arregalam fazendo com que eu saltasse da cama.

Ligação com Alan Bloomgate.

Sn: Bom dia delegado.

Alan: Eu te acordei?

Sn: Com certeza.

Alan: Percebi pelo seu tom de voz sonolento, aposto que deve ser linda acordando.

Sn: É sério?

Alan: Eu tinha que fazer essa.

Sn: O que aconteceu, pra você me ligar a essa hora da manhã?

Alan: O Dr.Ulric foi assassinado na noite de ontem.

Sn: O que?

Alan: Estou na casa dele com a perícia, algo me diz que isso tem a ver com o seu envolvimento no caso de Anne.

Sn: Porque você acha isso?
Alan: Porque você sabe que o assassino dela está a solta, e você relatou o quão estranho está a família, você perguntou se eles iam a psicóloga, logicamente eles fizeram uma ligação entre e você e o Dr Ulric, mas isso é apenas uma suposição, preciso que você venha para cá.

Ligação encerrada.

Ao encerrar a ligação minhas pernas tremeu e meu estômago vazio revirou me causando uma ânsia vômito. Assim que me sentei de volta na cama, Hannah apareceu no quarto risonha, mas logo desfez o seu sorriso ao notar o quanto eu estou mal.

  —  (seu nome), o que houve?  — ela se aproximou tocando em minha testa  —  Está pálida.

—  Hannah, eu acabei de receber a notícia de que o Dr Ulric Barret foi assassinado na noite de ontem, eu fui a última pessoa na qual ele viu antes de morrer  —  olho para Hannah e vejo seus lábios em meio a pouca luz perderam a cor.

Hannah ficou em silêncio por um instante processando tudo o que eu acabei de dizer juntamente comigo. Em um silêncio absoluto ela levantou e caminhou até a porta, acredito que ainda em choque. Ela parou entre o meu quarto e o corredor e me observou por um instante.

—  Eu estou com medo  —  disse e se retirou.

Assim que Hannah saiu, caminhei devagar até o banheiro, retirei a minha roupa e deixei a água gelada cair sobre o meu corpo, molhando os meus cabelos e deixando a água levar embora toda a moleza do meu ser.

Enquanto a minha mente ainda digere as palavras de Alan, olho para um ponto fixo no chão, buscando uma reposta para os meus "porquês" e " e se" . Ontem eu estava com ele, e ele estava completamente estranho, dizendo que estava sendo observado e que não poderia falar muito, eu deveria te me tocado e feito alguma coisa, mas ele estava me evitando e não me dava espaço para ajudá-lo, talvez ele nem se quer sabia que isso poderia acontecer, ou essa pessoa que fez isso já estava com planos em cometer o ato, apenas surgiu a oportunidade perfeita, ou não.

Saio do banho enrolada na toalha enquanto busco uma justificação plausível em minha mente. Visto uma calça jeans clara e uma blusa preta sem detalhes de alcinha, calço um tênis branco, penteio os meus cabelos e pego minha bolsa a pondo em meu ombro. Desço a escada rapidamente e vejo Hannah na cozinha.

  —   Eu vou pegar o seu carro   —   pego as chaves do chaveiro ao lado da porta de entrada e saio escutando um "O que?" Da Hannah antes de bater a porta da frente às pressas.

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