Ainda tenho esperanças

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Point Of View Min Minah

Minha história teve um começo muito feliz. Aos dezesseis anos, conheci o homem que pensei ser o amor da minha vida, Jung Soogin.
Soogin era capitão do exército do Rei Kim Nan-doo II em Atlant, e nos conhecemos por acaso no vilarejo. Ele tinha vinte anos, e havia acabado de assumir o posto como o capitão mais novo do exército.
Começamos a namorar com menos de dois meses após termos nos conhecido, e quando fizemos seis meses de namoro, nós nos casamos na capela do vilarejo num matrimônio simbólico. E quando nosso casamento completou um ano, descobri estar grávida do nosso primeiro filho. Soogin ficou tão feliz com a notícia, que mal via a hora do nosso bebê nascer.
Quando Yoongi nosso filho fez três anos, estávamos na nossa melhor fase, mas por uma tragédia grande, nossa alegria foi ceifada. Soogin foi assassinado próximo a nossa casa.
Desse dia em diante, decidi me trancar para as pessoas, não deixava que ninguém se aproximasse, com exceção do príncipe Namjoon que sempre me ajudava e eu considerava um grande amigo. Mas assim como Namjoon apareceu, ele também sumiu. Soube por intermédio de uma criada do castelo que suas obrigações haviam dobrado, e logo ele iria se casar já que seu pai estava procurando uma princesa para uni-los em matrimônio.
Não pude contar há ele sobre como eu estava feliz com essa notícia, afinal a moça que se casaria com ele, seria muito feliz.
Passado um tempo, eu estava caminhando com Yoongi no bosque, e ele acabou esbarrando em um rapaz muito bonito e bem vestido. E ali, eu conheci o verdadeiro amor da minha vida.
Seokjin não se importou por eu já ter sido casada, e ter um filho. Pelo contrário, ele me amou e amou Yoongi intensamente.
Não demorou muito para nos casarmos, e sua família me aceitou e aceitou Yoongi muito bem. Eu estava me sentindo completa e amada de novo. Mas, algo não permitiu que essa felicidade fosse prolongada.
Quando Jin e eu completamos um ano de casamento, tivemos nossa menininha _____. Quando nossa filha tinha três anos, eu comecei a desconfiar de uma possível gravidez novamente, e no dia seguinte, iria até a parteira do vilarejo para que ela pudesse confiar minhas suspeitas, mas naquela noite o reino foi saqueado por bandidos e rebeldes. Quando notamos a movimentação estranha, não demorei para esconder minhas crianças no porão abaixo de nosso palacete.
Sai do quarto que dava entrada para o porão em silêncio, e quando estava próxima da sala principal, fui pega por trás por um bandido e um pano branco foi colocado entre minha boca e minhas narinas.
A última coisa que me lembro, é de ser colocada deitada e amarrada na garupa do cavalo, e de longe vi Seokjin levando uma paulada na cabeça e caindo no chão.
Quando acordei, eu estava jogada em uma espécie de calabouço junto com outras moças. Minhas vestes estavam imundas, e aquele lugar cheirava mal. Tentei me levantar mas meus pés estavam presos a correntes grossas, assim como minhas mãos.
Um guarda abriu os portões da cela, e veio em minha direção me puxando com brutalidade.
Ele me levou até um salão, e uma senhora de aparência humilde, me olhou com pena:
-- Solte essas algemas dessa moça soldado, levarei ela comigo para o Palácio.
O guarda não tardou em obedecer suas ordens, e tirou aquelas correntes pesadas dos meus pés e das minhas mãos. Aquela senhora segurou meu braço gentilmente, e fomos caminhando até um grande Palácio. Entramos ao que parecia, pelos fundos indo em direção a uma cozinha.
-- Sente-se minha querida. Aquilo não é lugar nem para você, e nem para aquelas moças.
A senhora me deu oque comer, e se sentou ao meu lado:
-- Você é de onde minha cara?
Engoli o resto da comida que estava em minha boca, e respondi:
-- Sou do reino de Atlant senhora. O reino foi saqueado por rebeldes, e eu fui sequestrada por um deles e levada para aquela cela.
-- Ouvi falar a respeito disso querida, isso aconteceu a três dias, agora você está no reino de Ortiz.
-- Porque a senhora me ajudou? -- Perguntei dando uma mordida no pão.
-- Você me fez lembrar da minha filha querida. -- Disse a doce senhora. -- Ela morreu na flor da idade, e quando lhe vi naquela situação, eu lembrei da minha menina, e tive que lhe ajudar assim como ajudarei as demais.
-- A senhora tem um bom coração, e agradeço por estar me ajudando, mas eu preciso voltar para casa. Tenho filhos e um marido me esperando em casa. -- Falei segurando suas mãos.
-- Meu marido e eu iremos lhe ajudar querida. --Falou acariciando meus cabelos.
Mais tarde naquele dia, descobri que a doce senhora era a esposa do rei de Ortiz. E como ela havia dito, o rei comprou a liberdade de todas aquelas moças assim como fez comigo, mas eu não consegui voltar para casa, como elas.
Como gratidão, eu comecei a ajudar as criadas do castelo, e por uma grande coincidência descobri que a esposa de Namjoon, Sunhee era sobrinha do rei e da rainha. Quando ela me avistou no castelo, me disse que Jin estava me procurando por toda parte, e que ela faria questão de contar há ele sobre onde eu estava, mas infelizmente Seokjin nunca veio me buscar.
Passado dezoito anos, ainda mantenho as esperanças de que irei retornar a ver minha família, e algo em meu coração diz que isso pode estar perto de acontecer.

O Príncipe Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora