[15] - O início de um inverno

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Quem é vivo sempre aparece.

Desconsidere qualquer erro ortográfico.
Boa leitura!

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♡☆P&P☆♡

- Mãe?

Desperta dos pensamentos pesarosos com a voz do seu filho, Kate rapidamente se vira para Lucke que a olhava com uma certa tristeza nos olhos.

- Oi, meu pequeno. Desculpa, mamãe estava com a cabeça nas nuvens... - mentiu enxugando um rastro de lágrimas nos olhos violetas. - Aconteceu alguma coisa?

- E-Eu.. Queria visitar a Ashy agora. - falou receoso - Podemos?

- Claro. Vamos ver nossa família ruiva e levar alguns aperitivos, que tal?

- Sim.

Quebra de tempo


- Mamãe disse que eu posso ficar sem ir para a escola por alguns dias. - começou Alan, oferecendo impulso para o menor se balançar. - Mas é temporário.

- M-Mas... Você vai voltar? - Dino olhou de relance para o amigo com receio ganhando um aceno positivo do mesmo. - Ainda vamos brincar juntos?

- Claro. - continuo - Nós dois vamos continuar sendo melhores amigos!

- E o Hugo. - lembrou o menino

- É... - deu de ombros

- Alan. Ele é nosso amigo. - balbuciou Dino cessando os impulsos do balanço com os pés

- Tá' bem. - suspirou o ruivo.

Mesmo que tentasse, ele ainda não conseguia aceitar que ele teria que ser amigo do outro garoto. O pensamento em estar com qualquer outra pessoa além de Dino o deixava emburrado - para não dizer irritado - Dino era 'seu' único amigo.

- Você vai ficar bem? Não vai? - indagou o albino recebendo um aceno convicto do outro.


[...]

Finas camadas de gelo começavam a cair para acobertar a cidade com branco. As ruas ainda eram movimentadas, onde cada pessoa prosseguia sua vida monótona junto de sua rotina diária e repetitiva - sem ninguém para desconfiar do a cidade escondia há algum tempo, nas frestas escuras e inevitáveis; rastejando sorrateiramente entre as sombras, deixando para trás rastros com sangue - que mais se assemelha a um veneno mortal que apodrecia qualquer ser vivo ao toca-lo. Mas não há importâncias, ninguém notaria esses detalhes, afinal, essa era Derry.

Ninguém perceberia que o homem da loja de discos não voltaria no próximo dia. Após dirigir para seu apartamento desorganizado ele tiraria uma lata de cerveja da geladeira sem muitas opções e beberia sem perceber que um par de olhos carmesim o observava.
As orbes tingidas de vermelho se alimentava com a visão que a muito tempo não possuia - os cheiros, os sons, o sabor...
Ah. O sabor era seu melhor sentido, o seu favorito com certeza, a única coisa que fazia valer a pena sua imortalidade.

Claro, isso e mais outras coisas. Mas nada substituía sua maior paixão...

Isso jamais poderia ser superado.

Saiu dos pensamentos quando o homem de cabelos escuros largou a lata vazia para voltar a geladeira, ao se virar já com uma nova lata em mãos notou um rastro viscoso na madeira do apartamento. Pronunciou um xingamento pelo o incoveniente desagradável, seguindo para o balcão tirando um pano velho e surrado para a limpeza.
Agachado próximo a sujeira o homem resmungou e antes que pudesse usar o pano um cheiro forte de podridão invadiu suas narinas acima da barba.

IT: Minha Presa...|Livro 2|Onde histórias criam vida. Descubra agora