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Terror.

Olhei pra Luiza que tava jogada no sofá com o pote de sorvete no colo concentrada na televisão e eu fiquei marolando nela ali, minha mulher é uma gostosa namoral, ta que pariu.

Terror: muié do Farias mudou hoje.

Ela olhou pra mim só percebendo que eu tinha chegado agora e sorriu toda besta vendo a sacola na minha mão.

Anna: que bom, que é isso?

Terror: comprei pra tu, tempos que eu não te dou presentinho e eu sou romântico demais pra esconder essa versão minha.

Anna: nossa, romântico demais.

Falou na ironia e eu me joguei do lado dela vendo ela abrir a sacola e tirar o vestido azul royal que ela tanto queria.

Anna: amor, mentira né? ai meu Deus, é tão lindo, Felipe a gente vai sair hoje porque eu preciso usar esse vestido.

Terror: sair pra onde? ta maluca?

Anna: nem que a gente suba e desça essa rua inteirinha, preciso sair na rua com esse vestido.

Serião mermo, grávida é um bagulho que só Deus pra entender.

Terror: cê escutou o que eu falei? mulher do Farias mudou pra cá hoje.

Anna: fico felizona por eles e é lá que a gente vai hoje, bom que eu conheço a casa nova do meu best deve que o cheiro da tinta já saiu né?

Balancei a cabeça concordando e ela foi pro quarto falando que ia tomar um banho pra gente ir e eu continuei largado no sofá.

Deu um mês do dia que a mina do Farias subiu pra cá pra trocar aquele papo com a Luiza e dês daquele dia a Luiza ajudou o Farias a colocar a menina na familia e nessas 4 semanas ela se deu bem com geral daqui, preocupação era o vô dela e agora tudo se ajeitou de vez já que finalmente a mina veio morar pra cá abandonando tudo lá.

Farias comprou uma casa e eles vão começar a vidinha deles, namoral eu não tenho nenhuma opinião formada, não to contra e muito menos a favor, to só aceitando.

Luiza apareceu uns minutos depois e eu sorri vendo aquele barrigão que ficava marcado no vestido.

Anna: gostou? to me sentindo sei lá.

Terror: viaja não minha vida, cê ta gostosa pra caralho, puta merda meu coração chega acelera.

Ela sorriu meio sem acreditar no que eu falava mais eu levantei indo pra perto dela e agarrei ela cheirando o pescoço da minha mulher, porra de mina cheirosa.

Terror: ta maluca Luizinha, sou literalmente apaixonado em tu, cada detalhe, em tudo.

Anna: eu amo você Felipe.

Terror: e eu amo ainda mais você carai, papo de não saber nem explicar o tamanho do sentimento.

Agora sim ela sorriu do jeito que eu gosto, toda boba.

Anna: olha, Maluzinha ta chutando.

Terror: pai ama você também filha, ama pra caralho.

Se tinha uma coisa que eu tava ansioso era pra minha menininha nascer logo, mês que vem ela chega e meu peito já dói sentindo uma necessidade extrema de pegar minha filha no colo.

Maria Luiza não pode escutar minha voz que já começa a chutar e eu sinto que ela vai ser meu grude, minha princesinha.

Anna: vamo então?

Peguei a chave do carro e fui atrás dela fechando a casa e o portão já que o carro já tava estacionado lá fora.

Nois foi o caminho inteiro brigando como sempre, um xingando o outro até ficar um silencio desgraçado e voltava a falar quando lembrava de alguma fofoca vendo o povo passar na rua.

Parei o carro na entrada da viela do barraco do cadal e fiz sinal pros muleque que tavam armados encostados na parede só de olho na movimentação.

Peguei na mão da Luiza e entrei na viela com ela subindo as escadas até chegar na porta da casa deles.

Diferente do resto da familia, Farias quis pegar uma casa aqui pra baixo, disse que era mais seguro caso a polícia invadisse atrás da menina e daqui uns tempo quando as coisa tiver mais de boa ele sobe o morro com ela e muda lá pra cima.

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