Anna Luiza
Eu escutava o choro da minha filha e chorava junto sem ainda nem ter conseguido ver ela, Yasmin tava fazendo tudo e eu juro que eu nunca tive tanta sorte como hoje por ela ter ficado aqui em casa logo nesse momento.
Yasmin: é tão linda Anna, uma princesinha.
Ela ergueu os braços segurando minha filha e me mostrou a coisinha mais linda do mundo, meu coração acelerou e eu estiquei meus braços pegando aquela princesinha e eu não consigo explicar o sentimento que eu senti, era algo tão forte que chega a ser inexplicável.
Anna: amor da mamãe, você é tão perfeita.
Passei o dedo na bochecha dela e sorri em meio as lágrimas e aos poucos aquele choro alto e agudo de bebê foi se acalmando enquanto eu fazia barulho de chiu e soluçava junto com ela.
Anna: eu te amo tanto filha, minha Maria Luiza.
O olho dela abriu um pouquinho quase nada já que ela era muito pequena ainda e isso me fez chorar ainda mais, olhei pra Yasmin que tava em pé sorrindo e chorando junto.
Yasmin: lindas, amo vocês.
Anna: obrigada Yas, você salvou nós duas, sem você eu não iria conseguir fazer nada, te amo demais amiga.
Sorri fraco voltando a olhar pra minha bonequinha e com um estrondo vindo da porta eu vi o Felipe entrando no banheiro e por causa do barulho a Maria voltou a chorar.
Terror: minha filha nasceu mesmo?
Olhei pra ele concordando com a cabeça enquanto fazia barulho de chiu e ele vinha pra perto dando passos de tartaruga sem acreditar.
Yasmin veio pra trás de mim amarrando meu cabelo em um coque enquanto o Felipe parou do meu lado se ajoelhando do lado da banheira enquanto segurava minha mão.
Anna: tão linda amor.
Terror: é igualzinha você, idêntica.
Sorri bobinha e respirei fundo ainda sentindo meu corpo molissimo.
Yasmin: a gente precisa correr pro hospital, pode ser que de alguma infecção se não ter os cuidados certos sem contar que ela veio antes da hora, é prematura ainda.
Terror: vamo logo então po, lá fora ta suave já.
Yasmin pegou a Maria com cuidado embrulhando ela em uma mantinha enquanto o Felipe tirou força não sei de onde pra me levantar, colocar uma caniseta dele que ficava enorme em mim e me levar pro carro que tava dentro da garagem.
Yasmin veio atrás colocando a Maria no
meu colo enquanto o Felipe corria lá pra dentro pegando algumas sacolas e tacou tudo no porta malas já que não dava tempo pra fazer nada e eu não tinha nada arrumado já que ainda faltava 1 mês pra ela nascer e eu não tava esperando.Yasmin abriu o portão e correu pra fechar e entrar dentro do carro junto com a gente.
Terror: avisa minha mãe e meu pai ai Yasmin, fala pra eles arrumar uma mala pra Anna e outra pra Maria com tudo certinho.
Yasmin mandou um áudio enquanto eu olhava minha filha calminha nos meus braços, Felipe olhava também e sorria todo bobo.
Felipe: se tiver doendo alguma coisa cê me avisa.
Tava doendo tudo mais eu fiquei quietinha só observando minha princesa.
Ele parou na frente do hospital e desceu do carro correndo indo lá pra dentro e voltando com uma cadeira de rodas e algumas enfermeiras junto.
Uma das enfermeiras pegou a Maria do meu colo enquanto as outras me colocaram na cadeira de rodas.
Entramos no hospital e eu vi aquele tanto de gente que tinha sido baleado no meio da invasão, alguns eram moradores mais a maioria eu sabia que eram os vapores.
Todos cumprimentavam e olhavam pra mim e pra Maria com curiosidade mais eu não tinha força pra responder ninguém.
Téia: Anninha? como assim? a neném nasceu? o que que ta acontecendo?
A minha médica veio na minha direção e olhou pra mim e depois pra Maria.
Terror: bora doutora acelera, cuida da minha mulher e da minha filha que elas já passaram tempo demais sem supervisão de uma médica.
Téia: fica tranquilo Felipe, sem pânico que isso pode trazer consequências pra Anna Luiza.
Respirei fundo enquanto me levaram pra um quarto do hospital e me ajudaram a sentar e deitar na cama.
Téia: ta se sentindo como Anna?
Anna: cansada, bastante cansada, sem força sabe?
Ela balançou a cabeça vendo a Maria sendo cuidada pelas enfermeiras no canto do quarto onde o Felipe não saia de cima enquanto outras enfermeiras cuidavam de mim, colocaram pulseira com identificação em mim e na Maria e cuidaram de todo o resto.
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Lance Criminoso
RandomVidigal, Rio de Janeiro. Tempo vai nos afastar mas também vai nos encontrar, eu tô esperando cê voltar, vivendo a vida sem um amanhã. Agatha e Meucci • I d a s e v i n d a s @N-NIIH