Curtam, comentem bastante.
- Kara! - A cabeça de Lena vira por cima do ombro, mas ela continua agarrando a perna do homem. Está concentrada nele, e em um movimento rápido dá uma puxada violenta na sua perna. O homem cai no chão e Lena o vira de costas para colocar as algemas em seu pulso. Deixa-o ali e corre para mim.
- Você está bem? Deixe-me ver. Quer parar com isso? - Diz para James, que simplesmente não para de fotografar.
- Desculpe. - Diz James, e vem ver também como estou.
Lena tenta tirar a minha mão do olho, mas acredito que ele vai sair de órbita se eu tirar a mão. Lena acaba vencendo.
- Que diabo você estava fazendo grudada em mim?
- Está doendo. - Digo.
- Eu sei que tá doendo. Mas a pálpebra não foi cortada. - Franzo o olho bom para olhar para o homem no chão. Nesse momento tenho vontade de dar um bom chute nas suas... - Desculpe. - Diz Lena, dando de ombros. Obviamente é coisa demais para ela em um só dia de trabalho.
- Tudo bem. - Murmuro, ainda olhando com raiva para aquela figura no chão. Lena o levanta e vamos andando para a joalheria.
James voltou a fotografar e minha mão foi apressada para meu olho machucado. Uma senhora passa por nós e vejo que não perdi o senso de humor. Tenho vontade de rir. Ela está absolutamente horrorizada e se mantém a distância. Somos um grupo bem diversificado. Um homem de cara feia algemado, uma detetive empoeirada, um fotógrafo super gay e uma loira descabelada, parecendo um urso de pelúcia. Espetacular, esse dia vai ficar para a história.
Entramos pela porta dos fundos da joalheria do Senhor González.
- Eu tenho autorização para entrar aqui. - O homem emburrado diz com os olhos fixos no chão. Todos paramos surpresos e olhamos para ele.
- Você o quê? - Lena pergunta.
- Eu posso entrar e sair a hora que quiser da joalheria.
- Então por que tentou fugir? - Lena pergunta.
- É. Por que tentou fugir? - Digo com a mão cobrindo o olho machucado.
- Meu pai não sabe que estou aqui.
- Vamos conversar com Juan, agora mesmo.
O grupo vai andando em direção ao escritório do Senhor González e eu os sigo com os dentes cerrados. Levei um soco no olho porque ele não queria dizer ao pai que estava na cidade?
Lena bate com força na porta do escritório, depois de um instante o Senhor González aparece. Pela surpresa estampada em seu rosto concluo que o nosso suspeito é realmente seu filho. Todos entram e Lena põe a cabeça para fora.
- Kara, não vai entrar?
Levei meu corpo avariado para dentro do escritório. Lena tira as algemas do homem e nos sentamos de forma civilizada, em um estranho contraste do comportamento frenético de pouco tempo atrás.
- Edgar, o que está fazendo? O que aconteceu? - Pergunta o Sr. González em pânico diante daquela cena. Lena interfere.
- Juan, o vi saindo apressado e entrando no pequeno beco, quando pedi que esperasse, ele saiu correndo. Isso em geral indica que a pessoa em questão não quer ser apanhada. Sinto muito.
- Eu que peço desculpas Detetive, por todo esse trabalho.
Ponho a mão de novo no rosto para ver se alguém me nota. Inútil. Todos me ignoram.
O Sr. González se vira para o filho. - Edgar, por que não está na Colômbia?
- Papai, eu não quero ficar na Colômbia.
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Queda Livre - KarLena
Fanfiction[concluída] Uma jornalista atrapalhada tenta salvar seu emprego se tornando a sombra de uma detetive de humor ácido e sem a menor paciência para a imprensa. Ambas mergulham em um enredo de mistério, confusão e muitas reviravoltas. Inicio 22 - 10 - 2...