08 Agressor

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Curtam, comentem bastante.

Ainda estou um tanto atordoada, com os últimos acontecimentos, mas consigo enxergar uma boa pista de longe e essa certamente é, vejo que ainda é muito cedo para incomodar Lena com minha descoberta, então resolvo voltar para meu apartamento, deixo um bilhete para Penélope agradecendo por mais uma vez ter me acolhido.

Contemplo a beleza desorganizada do meu lar, como ainda tenho tempo me dedico a limpar tudo, sinto meu olho ainda mais inchado que no dia anterior, resolvo deixar a arrumação para lá e caio no meu confortável sofá, que é um mar de plumas comparado ao cruel Jeff.

Meus olhos se fecham lentamente e acho que até cochilei, mas sou despertada por um som estridente, olho para o relógio e vejo que ainda não está na hora do despertador tocar. Quando percebo ser a campanhia da porta dou o pulo e corro até o interfone.

- Sim? - Digo assustada.

- Kara?

- Sou eu.

- É a Lena.

- Lena?

- Aperte o botão do interfone. - Faço o que ela diz. Ouço seus passos na escada e vou correndo para o quarto, visto um roupão e volto a tempo de abrir a porta.

- Lena? O que está fazendo aqui?

- Houve mais um assalto. Dessa vez alguém se feriu. Você está bem? Fora o problema do olho. - Ela pergunta olhando fixo para mim. Ponho a mão no rosto.

- Eu... Estou bem... Acredito que estou. Eu me visto em dois segundos. Tome uma xícara de chá, se quiser. - Mostro o caminho da cozinha.

- Obrigada.

Volto para o quarto e quando olho no espelho levo um susto. Meu olho está praticamente fechado, rodeado de faixa, multicores. O outro está mal também, inchado de dormir. O cabelo está partido ao meio, estou pálida e com ar cansado.

- Como descobriu onde eu moro? - Gritei do quarto.

- Sou uma detetive. - Tenho vontade de me estapear. - Quer um pouco de chá? - Ela pergunta.

- Por favor.

Não tenho tempo para tomar uma, ducha. Visto calça jeans escura e suéter preto gola pólo em vez da minha habitual saia justa. Com esse olho roxo estou mesmo uma figura. Dou uma ajeitada na cara e no cabelo e vou para a cozinha descalça, procurando sapatos apropriados. Lena me passa uma caneca de chá.

- Eu só consegui encontrar esse chá horrível.

- É só do que gosto.

- Oh!

Tomamos o chá encostadas no balcão.

- Como esta o olho? - Ela pergunta.

- Bem, obrigada. Mas não muito atraente. A vítima está muito ferida? A que foi assaltada.

- Não sei, está no hospital. O turno da noite atendeu o chamado, acharam suspeito já que a vítima também relatou o uso de um gás, então resolveram me chamar. Desculpe acordar você, mas pensei que não iria querer perder isso.

- Você fez muito bem, obrigada.

Junto minhas coisas e pegamos o carro para ir ao hospital.

- Você está muito quieta. Tem certeza de que está bem? Será que seu cérebro sofreu alguma lesão ou coisa parecida? - Lena indaga.

- Não, foi apenas Jeff que não me deixou dormir. Ele anda cada vez mais sádico.

- Não sabia que você era masoquista Danvirs.

Queda Livre - KarLenaOnde histórias criam vida. Descubra agora