14 Couve de Bruxelas

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Curtam, comentem bastante.

Eu via raiva nos olhos de Lena, eu sentia seu coração bater em descompasso assim como o meu, eu sentia seu hálito escapar por entre seus lábios e me atingir de forma refrescante, eu conseguia registrar o fato de algumas mexas do seu cabelo preto desprender do seu coque desleixado, notava a intensidade do verde que brilhava como esmeraldas naquela noite fria, eu via a beleza daqueles olhos se tornando ainda mais atraentes naquela parte meio escura perto dos arbustos bem cortados em formas geométricas diversas. Eu estava registrando cada segundo daquele momento, o contato mais do que direto com o corpo da Detetive, do seu aperto em minhas mãos e seus dedos segurando meu queixo, não com força, mas com firmeza, estava tudo tão absolutamente intenso, cada som, cada respirar e cada desejo. No meu caso o inoportuno desejo de saber o gosto dos lábios abertos da Detetive, eu realmente queria aquilo, saber se ela era ríspida ao beijar, eu me condenava internamente, pois eu queria que ela quisesse saber o sabor do meu beijo também, mas não era possível, de todas as trapalhadas que eu poderia fazer, beijar Lena Luthor não estava na lista.

- Kara? - Nia diz fazendo a Detetive me soltar quase que imediatamente. - Tudo bem por aqui?

- Tudo bem Nia, volte para o carro já estou indo.

- Acho melhor esperar você aqui. - Minha amiga diz encarando Lena com uma expressão fechada.

 - Minha amiga diz encarando Lena com uma expressão fechada

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- Nia, essa é a Detetive Luthor, trabalhamos juntas.

- É um prazer conhecer a verdadeira Mulher Maravilha. - Nia diz em um tom provocativo.

- Espero que seu pequeno problema tenha sido solucionado. - Lena rebate citando o inconveniente com o preservativo.

- Já foi tudo resolvido. - Nia diz entre dentes. - Bem, é melhor irmos Kara.

- Creio que nós ainda temos muito o que conversar Danvers.

- É Danve... Você acertou dessa vez.

- Passarei em sua casa amanhã, às 7hs antes do horário do trabalho.

- Não sei se ainda temos o que conversar Detetive.

- Temos e vamos, é bom que esteja de pé e arrumada nesse horário.

Lena gira nos calcanhares e some pelo caminho contrário ao nosso, Nia me observa com ar impaciente, seguimos até El Tigre, em menos de 30 minutos deixo Nia em seu apartamento e sigo para o meu, assim que chego em casa, meu celular começa a tocar insistentemente, no visor vejo o nome de Cat só de receber sua ligação fora do horário de trabalho sinto que não terei boas notícias.

- Estamos sendo espionados. - Essa foi a frase de Cat assim que atendi.

 - Essa foi a frase de Cat assim que atendi

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Queda Livre - KarLenaOnde histórias criam vida. Descubra agora