18 Escuridão

473 63 44
                                    

Curtam, comentem bastante.

Me sento no carro tentando esquecer que minha cabeça está latejando, o estômago dando voltas e a boca com gosto de cabo de guarda-chuva. Meu dedo inchado também lateja. Tudo por minha própria culpa, é claro, mas ainda assim não tenho muito remorso e sinto pena de mim mesma.

Meia hora antes, seis troncudos oficiais de polícia cercaram a Maple Tree Drive. Lena e Sam bateram gentilmente na porta antes de proferir a terrível frase: "ABRAM, É A POLÍCIA." Uma mulher sonolenta abriu a porta. Lena entrou na frente e Samantha fechou a porta, e essa foi a última coisa que eu vi.

Depois de alguma comunicação apressada pelo rádio, os outros quatro oficiais posicionados em volta da casa entraram pela porta da frente. O que será que eles estavam fazendo lá? Bonequinhas de papel? A valente equipe do hospital tinha conseguido tirar a garrafa do meu dedo aplicando compressas frias no meu pé durante mais de uma hora para que a inchação cedesse. Depois tiraram um raio X, mas graças a Deus não havia nada quebrado.

Lena Luthor, especialmente emburrada, voltou da casa de Helena e me levou para um bar que abria vinte e quatro horas para eu comer umas torradas e tomar uma xícara de café. Tive a impressão que ia botar tudo para fora um pouco depois. Mas felizmente isso não aconteceu. Então saímos madrugada afora para nos encontrar com os outros oficiais de polícia, um dos quais, era Samantha, que olhou para meu rosto verde e para a cara zangada de Lena e achou melhor ficar de bico calado.

Finalmente Lena aparece na porta da casa, com ar desanimado, e meu coração afunda. Ela vem andando devagar e, sem dar uma palavra senta no carro ao meu lado.

- O que aconteceu? - pergunto ansiosa. - Você encontrou alguma das jóias roubadas? - Ela balança a cabeça, e instintivamente ponho a mão no seu joelho. - Oh, Lena, que pena! - Ela dá de ombros e diz.

- Não precisa ter pena, porque nós encontramos lá dentro um banco de dados no computador com os detalhes das três casas e a fatura de uma garagem alugada do outro lado da cidade. - Ela olha de lado para mim e dá um sorriso mais relaxado. Solto um grito de alegria e me arrependo em seguida, pois a adrenalina entra no meu sistema nervoso já bem estressado.

- Então nos pegamos o criminoso? Finalmente conseguimos pegar o ladrão?

- Não é um ladrão, é uma ladra.

- Uma mulher? - pergunto incrédula.

-Penso que o nosso Sr. Makin passa as informações para ela e ela executa os roubos.

- Mas pensei que fosse um homem.

- Nós todos suponhamos que fosse um homem.

- E ela fez tudo sozinha, sem mais ninguém? - Ela concorda.

- Parece que sim, teremos de esperar para interrogar a moça. O tio mora com ela, e você nem imagina o que...

- O que?

- O que?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Queda Livre - KarLenaOnde histórias criam vida. Descubra agora