Curtam, comentem bastante.
Um irritante som ressoa em minha mente, um tic-tac constante como se fosse de um velho relógio CuCo marcando rigorosamente a passagem dos segundos.
Tento abrir meus olhos e tudo que vejo é um ambiente mal iluminado e com cheiro de coisas velhas, pisco algumas vezes até que vejo olhos verdes tomarem conta do meu campo de visão.
- Detetive Luthor. - Levanto rapidamente quase chocando nossas cabeças, felizmente ela consegue evitar o choque.
- Vejo que o gás não prejudicou sua capacidade de se machucar.
- Acho que nenhum gás no mundo seria capaz disso. - James comenta.
- Obrigada pela preocupação pessoal.
- Você nos assustou mocinha. Como se sente? - O Sr. Rolfe diz, finalmente alguém que se preocupa comigo.
- Estou bem. Obrigada, Sr. Rolfe.
- Farei mais algumas perguntas ao Sr. Rolfe. - Lena diz e vai com o bem arrumado senhor para um canto.
- Que susto você nos deu Kara.
- Eu não entendi o que aconteceu James.
- Você respirou o tal gás, já que o ambiente aqui é muito fechado o gás não tinha se dissipado totalmente, quando você entrou no corredor acabou inalando. Detetive Luthor ficou uma fera, ela trouxe você nos braços, achei tão... Não sei... Excitante.
- O quê?
- Você precisava ver, ela a carregou e colocou no sofá e não arredou o pé até você abrir esses belos olhos. Senti um clima entre vocês. - Ele diz sorrindo.
- Você anda usando drogas? Anda tendo alucinações?
- Me poupe Kara, existe uma tensão sexual entre você e a Detetive.
- O que existe é um desejo incontrolável da Detetive Luthor de me ver bem longe.
- Acredite no que quiser, mas deu para perceber muita coisa com esse seu desmaio.
- James não me venha com coisas.
- Depois conversamos, aí vem sua Detetive.
- Ela não é minha Detetive. - Vejo Lena se despedir do senhor Rolfe.
- Por hora nosso trabalho aqui acabou, vamos voltar para o departamento Danvirs.
- Danvers, Detetive, Danvers.
- Até qualquer hora, James. - Ela me ignora.
- Bay, bay... Detetive.
O Sr. Rolfe foi muito gentil e nos acompanhou até a porta, quando seguíamos para o carro olhei por sobre o ombro e fico surpresa ao notar que o homem continua a nos observar. Toda essa educação não me era familiar, a única vez que "me levaram até a porta" foi para garantir que eu realmente estava saindo do prédio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Queda Livre - KarLena
Fanfiction[concluída] Uma jornalista atrapalhada tenta salvar seu emprego se tornando a sombra de uma detetive de humor ácido e sem a menor paciência para a imprensa. Ambas mergulham em um enredo de mistério, confusão e muitas reviravoltas. Inicio 22 - 10 - 2...