09 Sem Explicação

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Curtam, comentem bastante.

- DANVIRS!

A voz da detetive sempre fora algo interessante para mim, mas nunca ouvi com um tom tão grave e ameaçador.

- Detetive Luthor, eu posso explicar.

- Explicar o quê? Que tem um sofá violento e que é mãe de samambaias?

- São Bonsais. - Digo.

- Não importa o que sejam, Danvirs!

- Danvers.

- Pare de me corrigir.

- Mas...

- Acabou, você é completamente desequilibrada, pedirei o cancelamento desse maldito diário. - Ela sai do apartamento completamente furiosa.

- Detetive Luthor, por favor... Me espere...- Sigo correndo atrás de seus passos apressados.

- Não quero ouvir mais nada, está brincando comigo!

- Não, não... Foi tudo um mal-entendido.

- Não me interessa. - Lena chega a rua e vai em direção ao carro.

Corro para tentar alcança-la, mas meu pé se prende em algo e eu me estatelo no chão com um grito.

- Meu Deus! Você está bem? - Lena pergunta saindo do carro. - Vermelha de vergonha tento me levantar, fingindo estar examinando uma coisa muito interessante no chão.

- Estou. Estou ótima. Não podia estar melhor. Eu acho que escorreguei em algo...

- Você parece estar entrando em uma briga com objetos inanimados toda hora. - ela diz secamente quando nós duas olhamos para o chão procurando a pedra que causou o meu tombo ou uma saliência na pavimentação. Nada. O chão está macio como seda. Pelo amor de Deus deve haver alguma coisa ali.

Olho desconfiada para a calçada, esfregando discretamente meu traseiro dolorido. E volto a examinar o chão com mais cuidado.

Uma bala de fruta está grudada nas pedras de pavimentação. Sabor limão pelo visto.

- O que você encontrou?

- NADA. Vamos entrar? - ela olha para o chão.

- Você escorregou em uma bala de fruta? - pergunta olhando-me com a voz tomada de incredulidade.

- Estava grudada no chão. - respondo baixinho dando um chute na bala ameaçadora. Acho que é uma bala de fruta mesmo. Lena levanta a sobrancelha. - Estou com problema de coordenação.

- Está?

- Acho que sim.

Ela balança a cabeça e vai andando até o carro, nessa hora sei que meu emprego já era e Cat vai me matar.

- Te vejo na segunda, Danvirs. - ela entra no carro e se vai, acabo voltando para a calçada um sorriso lunático no rosto.

Retorno para meu apartamento, finalmente tenho tempo para organizar minhas coisas, depois de uma manhã traumática e cansativa enfim tive tempo para me jogar no sofá e ligar a TV, pego o telefone e disco um número que andei deixando de lado por alguns dias.

-Oi! Sou eu. - Digo quando minha mãe atendeu.

 - Digo quando minha mãe atendeu

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Queda Livre - KarLenaOnde histórias criam vida. Descubra agora