[concluída] Uma jornalista atrapalhada tenta salvar seu emprego se tornando a sombra de uma detetive de humor ácido e sem a menor paciência para a imprensa. Ambas mergulham em um enredo de mistério, confusão e muitas reviravoltas.
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- Querida, procurei você por toda parte! Como vai o nariz? - Ela parece um pouco aborrecida de nos ver juntas, baixo a cabeça para que ela não veja meu estado, dou uma desculpa e saio.
Meus pais e eu nos despedimos dos anfitriões. Como os mosqueteiros. Nosso número e reduzido para três quando entramos no carro voltamos para o meu apartamento, Nia recebeu um telefonema e sumiu. Minha mãe me interroga impiedosamente sobre os acontecimentos da noite, minto sobre praticamente tudo, meu coração está aos saltos, sinto meu rosto corado e o gosto dos lábios de Lena ainda permanecem nos meus. O resto do fim de semana se arrasta como se o tempo estivesse fazendo uma brincadeira de mau gosto. Passo por agonias contrastantes: ora fico louca para chegar logo o próximo fim de semana, ora sinto pavor só de pensar que não vou mais ver Lena.
Minha mãe é fantástica. Não me deixa limpar o apartamento, e insiste para que nós vamos fazer um passeio revigorante a beira-mar e tome chá no hotel local no domingo. Mas em todo lugar que eu vou me lembro de Lena. É como se eu tivesse um disco girando na minha cabeça sem poder ser desligado. Quando voltamos para casa telefono para Nia pela milésima vez desde a noite da festa. E pela milésima vez o telefone não é atendido. Quando estou começando a pensar que a segunda-feira não chegará nunca mais, ela felizmente chega. Eu me visto com muito cuidado e El Tigre e eu saímos ansiosos. Levamos pouco tempo para chegar, e logo subo as escadas da delegacia.
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- Bom dia, Dave - digo ao meu novo amigo (a ex-sargento Dave ranzinza da recepção.)
- Teve um bom fim de semana, Kara?
- Muito bom! - respondo animada.
- É a sua última semana conosco, não é? - Faço que sim e sorrio.
- Aposta que você não vai saber o que fazer depois.
Dou um sorriso forçado e penso comigo mesma que ele não sabe que está dizendo a pura verdade, quando chego no escritório, o turno da noite está acabando de colocar uma grande faixa na sala com os dizeres: "CASAMENTO NÃO É SÓ UMA PALAVRA, É UMA CONDENAÇÃO." Estão todos em cima das mesas, e eu rio para eles.
- Boa ideia! - exclamo.
- Levamos a noite toda fazendo isso! - diz um deles.
- Foi uma noite tranquila?
- Muito tranquila.
Vou para a minha mesa e tento ignorar a faixa gigantesca pendurada acima de mim. Ligo o computador e abro a caixa de e-mail. Há um de Cat pedindo para eu passar no jornal no fim da tarde para falamos sobre a "minha próxima tarefa."
Suspiro e fico imaginando se o cachorro do prefeito morreu e ela quer que eu faça a cobertura da ocorrência. O resto da equipe do dia vai chegando lentamente, e o escritório fica tomado de barulho e cheiro de café. Os telefones tocam e as pessoas começar a berrar. Um viva é ouvido do outro lado do escritório e eu levanto a cabeça. Lena entrou e esta olhando para a faixa. Tento melhorar minha aparência forçando um sorriso e vejo que ela esta caminhando na minha direção.
