Os gritos de Mari, enchiam meus ouvidos conforme as contrações começam novamente.
- Oh meu deus! - Ela choraminga. - Eu não aguento mais.
- Precisamos aplicar a ocitocina. - A anestesia fala na sala de parto e eu observo minha esposa suando frio. - O parto tá demorando mais que o esperado. Vamos ir pra quase 16 horas em trabalho de parto.
A enfermeira e o médico assentem e começam a preparar a injeção que aumenta as dores e as contrações, mas dilata rapidamente.
Mari estava com 7cm de dilatação a várias horas. O rosto pálido e as mãos trêmulas apertam as minhas quando a médica aplica o líquido.
...
Cerca de poucas horas depois ela estava com a dilatação no máximo e seus gritos eram estridentes.
Beijo sua testa e acaricio seu cabelo enquanto minha mão fica roxa pela pressão aplicada, mas tudo bem doer minha mão, ela precisa descontar em algo.
- Deus! - Com um suspiro ela resmunga e vejo o bebê agora nas mãos do médico.
Mas ele não chora, não dá se quer um resmungo, não se mexe.
O desespero toma conta do meu corpo e eu sigo atrás das médicas com o minúsculo bebê em suas mãos.
O médico da um leve tapinha em seu bumbum mas nenhum sinal.
- Chris! - Mariana me chama e seus olhos estão desperados e as lágrimas caiam sem parar.
Antes de eu virar minha cabeça de volta para o recém nascido, escuto o chorinho baixo e quase caio duro no chão quando meu corpo solta a tensão total.
- Está vivo! - A tranquilizo e corro até ela beijando seus lábios gelados e trêmulos.
Me afasto quando vejo o bebê chegar até nós, embrulhado numa mantinha azul do hospital e ainda sujo.
- Parabéns! É uma garota. - Minhas lágrimas despencam e eu seguro o dedinho da minha filha que estava agora deitada no coração de sua mãe.
- Ela é tão pequena.
- Olha, a garotinha é saudável. Nasceu com 1,900! Vai ficar pouco tempo na encubadora de tudo der certo. - Assinto sorridente para o médico obstetra. - Precisamos cuidar de Mariana agora.
Mari sorri encantada a bebê e me entrega entendendo que precisa se separar.
Carrego a minúscula coisinha entre meus braços e a enfermeira sorri para mim.
- Vamos dar banho nela, papai. - Concordo com a cabeça e a levo até a pia que as enfermeiras indicam.
Passo a bebê a ela e observo com atenção cada passo a passo que ela explica calmamente enquanto lava minha filha.
- Peço desculpas por você não conseguir cortar o cordão. - A enfermeira baixinha ao lado me diz e eu a olho confuso, nem tinha percebido. - É que quando eles não choram de primeira, o protocolo é cortar o mais rápido possível pra fazer a manobra que for necessária.
- Tá tudo bem! O que importa é elas estarem bem.
Rapidamente a enfermeira a troca e me entrega quando termina.
- Ela pode ficar alguns minutos ainda fora da encubadora... Provalmente o leite da sua mulher vai começar a descer só mais tarde. As outras enfermeiras vão ficar estimulando a decida enquanto isso.
-Obrigado. Todos vocês.
Saio do quarto balançando a bebê e caminho até o vidro que separa eu e nossa família.
- Graças a Deus! - Minha mãe sorri e levanta num pulo. Rapidamente todos entendem e se aglomeram no vidro enquanto arrulham encantados.
- É linda!
- Nem parece filha do Chris. - Scott diz e pela primeira vez eu não retruco. - Mariana carrega o peso de manter a beleza dessas crianças.
- Ela é um sonho. - Sussurro e sorrio para minha família.
- Papai, é minha irmã! - Procuro pela vozinha do meu filho e o encontro sorridente no cantinho do vidro.
- É sim, meu amor. Você achou ela bonita? - Ele assente e eu quase choro.
- Mas quero ver a mamãe, papai. Carrega ela aqui por favor.
- Daqui uma horas ela já pode receber visitas, querido.
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I need you - Chris Evans (finalizada)
FanficMariana e Chris são casados a anos, mas sua vida muda de cabeça para baixo em poucos dias.