NABI

Jardins

" A vida é sobre mudanças. As vezes, de endereço, outras de aparência e na maioria das vezes, de atitude."

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Autora

Nabi Colocou o marca texto no livro e o fechou com calma, já se passava de meia noite e o seu sono não chegava. Algo mexia na sua mente, seus pensamentos estavam divagando.

Ela se arrumou no balanço ajeitando sua coberta, hoje era uma noite estrelada e fria. Não havia luzes da cidade para atrapalhar o brilho das estrelas. Nabi escolheu aquele balanço do lado de fora da casa justamente para ver as estrelas.

Algumas lembranças do passado começaram a surgir em sua cabeça, lembranças do tempo em que a única preocupação dela era em garantir que todos ficariam juntos, todos cresceram juntos, inclusive ela. Depois de anos tentando enganar o seu coração, ainda não era a hora de ter aquela conversa com NamJoon? Muitas coisas aconteceram e ela não queria se tornar algo á mais para ele. Nabi fora apaixonada por ele durante alguns anos, era impossível saber quando começou, mas era certo dizer que ela ainda o amava. Mas será que era um bom amor?

Tola, ela foi tola de esperar o momento certo. Afinal, não existe momento certo se você não o fizer acontecer e ela não o fez.

"Pobre Nabi, uma borboleta que vôo tão longe e não soube como voltar."

Era assim que ela se sentia, com um pensamento tão errôneo. Cercada por amigos, um trabalho que gostava, viajens pelo mundo, mas ainda sim, ela sentia que faltava algo. Ela só não sabia o quê.

Seus cabelos longos voaram com o vento, seus pensamentos tremeram de frio assim como sua mão, ela esfregou os seus dedos tentando os aquecer. O frio da noite já era seu amigo, ela gostava, ela amava terminar uma noite de frio debaixo da coberta enquanto olhava o céu.

Ao longe, no segundo andar da casa de sítio, alguém a olhava. Essa pessoa também a amava, talvez até mais do que o imaginado.

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Suga

A noite gelada era algo que eu não gostava, mas eu gostava de ver o céu limpo cheio de estrelas. Avistei Nabi assim que sai pela porta princípal, o balanço que ela estava era grande, caberia nos dois.

-Você deveria estar de luvas. -Parei ao seu lado colocando as mãos no bolso.

-Cobertor... -Levantou o mesmo como se explicasse algo, faria sentido se ela não estivesse segurando o livro.

-Por que você está aqui fora nesse horário?

-Olhando as estrelas, os meninos já foram deitar? -Confirmei, ela colocou o livro no colo e me deu espaço. Sentei puxando metade do cobertor. -Você pode cantar pra mim ?

-Eu sou um rapper, você sabe.

-Eu gosto da sua voz Yoon.

- Me bajular não vai mudar o fato que eu canto rap.

-Por favor, eu quero ouvir sua voz. -Levanto uma sobrancelha em ironia, não estavamos conversando? -Eu quero ouvir somente a sua voz, não a minha.

-Você não quer conversar, mas quer que eu cante? sabe que pediu pra pessoa errada né. -Peguei o meu celular do bolso e ela o tomou de mim no mesmo instante. -Qual é, eu ia botar música.

-Porque você é tão teimoso? -Dou de ombros, apoio minhas costas no balanço e olho para céu. Sinto seu ombro bater no meu, a olho de canto de olho. -Por mim, cante por mim.