Entrando Nos Eixos

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Vi ainda ficou internada por mais duas semanas até finalmente receber alta hospitalar, ela ainda não conseguia andar sozinha, mas seria como todos estavam falando: Um passinho de cada vez.
Só em lembrar de como se sentiu assim que acordou da sedação, toda a dor e desconforto, o fato de ficar presa na cama por tanto tempo, tão dependente de todos, agora ela conseguia até fazer boa parte de suas atividades quase sem ajuda.
Caitlyn alugou uma casa térrea pelos próximos meses bem próxima da delegacia, assim ela poderia correr rapidamente se Vi precisasse, infelizmente Vi não voltaria a trabalhar por mais um mês pelo menos, o máximo que sua companheira, e chefe, liberou foi que ela poderia ir no barracão para treinar seu desempenho com armas de fogo.
A zaunita tinha perfeita noção de que não poderia desempenhar sua função normalmente, mas ela gostaria de pelo menos poder voltar a se sentir útil. Como estava afastada seu salário estava bem reduzido e a Xerife estava bancando tudo.
Isso era bem frustrante para a mulher de cabelos rosados, mas ela não tinha muito o que fazer além de continuar com os exercícios e se movimentar em uma casa desconhecida usando um andador, até poder firmar melhor o quadril.
A fisioterapeuta ia pela manhã em sua casa, e a zaunita repetia os exercícios a tarde e a noite para tentar acelerar ainda mais o processo.
Felizmente o tempo passou até com certa rapidez, depois de um mês da alta, Violet já conseguia andar sem apoio por alguns metros, o que era uma maravilha. Conseguiu finalmente receber a autorização para voltar a trabalhar, contanto que não fizesse atividades externas e usasse uma bengala o tempo todo.
Na primeira manhã Caitlyn teve que ameaçar Violet dizendo que não aceitaria seu retorno se ela não levasse a bengala, então a mulher de cabelos rosados foi caminhando até a delegacia bufando, mas seu humor melhorou consideravelmente ao finalmente chegar ao local de trabalho.
Foi recebia de braços abertos por todos e logo foi desempenhar sua nova função de treinar os novatos que também estavam iniciando o trabalho neste dia, não era o ideal, mas na verdade era isso ou ficar na recepção. Pelo menos assim teria condições de treinar melhor no stand de tiro.
Violet foi entrando no vestiário onde os novatos estavam reunidos se trocando após terem feito o tour – Hey Heather...
- Vi?! Puxa... Você voltou – A loira deu um abraço caloroso na recém-chegada.
- A Xerife quer te ver...
- Agora? Eu tenho que iniciar o treinamento dos novatos...
- Na verdade quem vai fazer isso sou eu. Acho melhor você ir logo de uma vez, pelo visto eu deixei a chefinha irritada demais por insistir que eu não preciso desta porcaria – Levantou a bengala suspirando profundamente.
A loira mais nova fez uma careta e Vi logo caiu na gargalhada – Eu tô brincando, ela estava sim irritada, mas o assunto com você é bem importante. Algo sobre A Inteligência – Ela disse como se não fizesse ideia do que isso poderia querer dizer.
- É sério?
- Vai logo lá... – Ficou olhando enquanto a outra saía porta a fora e em seguida se voltou aos desconhecidos, não conseguia lembrar de nenhum deles de sua época de academia – Assim que vocês terminarem me encontrem na sala de reuniões do segundo andar.
Vi saiu na frente e foi subindo os degraus lentamente, esse era um movimento que ainda causava muita dor, resolveu ir logo de uma vez para não demonstrar fraqueza diante de nenhum deles.
Se sentou na ponta da mesa, menos de dois minutos e os sete novatos entraram, ela se impressionou pela quantidade, se continuassem nesse ritmo logo conseguiriam voltar aos números anteriores de antes do escândalo Marcus.
- Bom dia, meu nome é Violet Warwick, eu sou defensora aqui há um pouco menos de seis meses, eu fui designada a realizar o treinamento de vocês.
- Você é defensora há menos de seis meses? E não anda direito para piorar?? Tem certeza que você é a melhor opção para realizar o treinamento dos novos defensores? – Um homem com cara esnobe e aquele sotaque carregado de Piltover falou, Vi sentiu no mesmo instante que ele estava liberando feromônios Alfas na sala, três dos novatos se encolheram diante desta atitude.
Vi simplesmente caiu na gargalhada, fazendo com que nenhum dos mais novos entendesse o que estava acontecendo.
- Primeiramente: Pelo seu sotaque eu posso supor que você é daqui de Zaun – Vi em seguida se dirigiu a uma das garotas ao seu lado – Uma coisa sobre o sotaque piltoverense: Ele pode ser extremamente irritante, mas quando é da pessoa que você gosta – Vi deu uma gemida enquanto olhava para cima – Com toda certeza é a melhor coisa que você vai ouvir no dia, essa autoridade desmedida que eles tem é muito sexy.
Em seguida se voltou novamente ao homem Piltoverense – Eu imagino que você tenha reconhecido meu sotaque da cidade baixa. Sim eu sou zaunita, eu vim de lá da Subferia, entrei na defensoria com os objetivos de acabar com a Cintila e trazer uma vida melhor para todos de lá – Vi se levantou da cadeira sem usar nenhum apoio, ela sentiu dor, mas conseguiu não fazer nenhuma careta, começou a andar lentamente em direção da cadeira do rapaz esnobe – Eu estive nas duas incursões que nós fizemos em Zaun e das sete destilarias, as equipes em que eu estava derrubaram quatro delas.
- Eu estava na sala em que uma das caldeiras explodiu – Ela tinha chegado por trás dele e ficou com a mão encima do apoio de cabeça, todos os outros na sala estavam com o olhar preso em si – Um escombro do seu tamanho caiu encima de mim, resumidamente eu quase morri algumas vezes. Mas eu estou aqui em pé...
- E em terceiro lugar: Ninguém gosta das pessoas liberando feromônios assim só pra se mostrar, ao contrário do que você pensa saber nem mesmo os Ômega gostam. Eu vou te dar um conselho, não faz isso aqui na delegacia. Principalmente aqui no segundo andar, vai por mim...  Você não vai querer que a Xerife sinta seu aroma em um dia ruim.
- Agora eu vou passar pra vocês sobre o dia-a-dia aqui na delegacia – Vi foi voltando ao seu lugar, sorriu ao ver alguns deles pegando um bloco de anotações.

(=^.^=)

Depois de ficarem boa parte da manhã dentro da sala de reuniões, Vi achou melhor fazerem alguma atividade externa, estava saindo da sala de reuniões quando quase trombou em Azir que vinha todo feliz com o uniforme novo, os oficiais estavam agora vestidos diferenciadamente.
- Olha veja só...
- Hey Violet... Bom te ver aqui... Onde vocês vão??
- Para o barracão, eu quero ver como estão as aptidões físicas e habilidades de mira dos novatos.
- Aaaaaaa, eu posso ir junto??
- É sério que você não tem mais nada pra fazer??
Os novatos olharam entre si vendo o superior que deu um sorriso amarelo diante da pergunta da mulher de cabelos rosados.
- Se você não contar, ninguém vai ficar sabendo...
Ela deu uma risadinha e chacoalhou a cabeça fazendo um sinal de negação – Tá bom, eu só espero que não sobre pra mim quando a Xerife ficar sabendo que você se infiltrou na minha equipe – Em seguida se voltou para os mais novos – Então vão se trocar... Quero todos com uma roupa que possam fazer exercícios físicos. O detetive Azir vai dar um treino físico para vocês!
- Não era bem isso que eu estava imaginando – Azir falou e Vi só deu uma risada enquanto ia caminhando em direção do almoxarifado deixando todos para trás – Você está sendo muito mal influenciada pela Cait, precisamos rever isso aí... – Falou dando risada, em seguida olhou sério para os mais novos – O que vocês estão esperando?? VÃO SE TROCAR... nos encontre no barracão anexo.
O detetive foi até sua sala e trocou a calça por uma bermuda e a camisa por uma camiseta e logo foi se encontrar com Vi no almoxarifado para a ajudar com os equipamentos. Assim que chegaram já encontraram os novatos sentados no tatame.
Vi se sentou na arquibancada e ficou observando o desempenho dos novatos. Ficou feliz com o desempenho físico da maioria, ainda mais depois de deixarem o detetive com a língua de fora. Em seguida foram até o stand de tiro e foi ali que Vi ficou feliz, praticamente todos atiravam muito bem.
- É uma boa leva, bem melhor do que os anteriores – Azir falou enquanto observava os mais novos entretidos.
- Tirando aquele ali – Vi fez um sinal para o rapaz de Piltover – Espero que ele seja muito inteligente, porque ele não se destacou em nada até agora... Você acredita que ele quis dar uma carteirada em mim??
- Quem fez isso?? – Vi e Azir olharam para trás, a Xerife estava logo atrás deles balançando o corpo levemente – Então??
- Não chegue assim tão sorrateiramente... Eu já tive uma parada cardíaca esse ano – Vi tinha voltado a olhar os novatos.
- Azir??
- É sério que você vai me colocar nesta situação?? A Vi pode lidar com um mauricinho de Piltover sozinha.
Caitlyn sorriu com a fala do outro detetive enquanto Vi o encarou com uma careta brava, o mesmo pareceu não entender a reação delas no primeiro instante até se dar conta que tinha dito que a pessoa era de lá.
A Xerife olhou todos os novatos e sem nem precisar que alguém dissesse algo ela identificou o Piltoverence, foi indo em sua direção e ficou alguns segundos observando, ele mal havia atingido o alvo redondo. Ela olhou para trás revirando os olhos, recebeu um sorriso como resposta dos outros dois.
Então passou a observar o rapaz – Você está mirando errado, o olho está trocado.
O rapaz parou de atirar a olhou bravo, esticou a arma na sua direção – Então por que você não faz melhor??
Caitlyn tombou a cabeça de lado e arregalou os olhos, ela pensou em dizer que não seria difícil já que os próprios novatos já estavam fazendo um trabalho melhor do que ele, mas ela somente sorriu e aceitou a arma.
Ela trocou a folha do alvo e em seguida se posicionou e atirou quatro vezes, afastou um pouco mais o alvo e atirou mais quatro vezes, afastou mais um pouco e atirou mais quatro vezes, fez isso mais quatro vezes só que na última deu somente um tiro, o alvo já estava bem longe a maioria das pessoas precisaria de uma arma de precisão para sequer acertar na área delimitada.
A mulher de cabelos azuis se afastou um pouco e passou a encarar o homem sorrindo, ele então apertou o botão aproximando o alvo deles, estava com um sorriso na cara porque ele tinha visto que os primeiros tiros tinham sido atingidos bem longe do centro, mas assim que o alvo alvejado foi se aproximando seu sorriso foi se apagando, a desconhecida havia acertado praticamente todas as linhas fazendo o desenho de um X perfeito.
- Como você fez isso? Acertou o centro há mais de 60 metros com uma pistola?? Nem mesmo a Xerife seria capaz disso...
Azir que estava até este momento em silêncio caiu na gargalhada, foi até se afastando andando para trás um pouco encurvado. O rapaz o encarou de olhos semicerrados sem entender nada até que ele voltou o olhar para a Xerife – OH!
- É... Oh! – Vi falou de onde ela estava – Rapaz eu se fosse você começava a ser mais humilde... Berço de ouro nem sempre é tudo e não necessariamente vai te levar a algum lugar... Por favor recolham toda a bagunça de vocês na mochila.
As duas ficaram aguardando enquanto os novatos iam arrumando a bagunça, assim que todos se reuniram em um semicírculo a mais velha falou – Bom, pra quem não me conhece, meu nome é Caitlyn Kiramman e eu sou a Xerife de Piltover, estou muito feliz pela chegada de todos vocês.
Todos a cumprimentaram balbuciando algumas frases.
- Espero que vocês se adaptem bem ao serviço e que todos nós possamos desempenhar serviços bons. Estão dispensados para o almoço.
Em seguida as duas mais velhas voltaram até a delegacia e Caitlyn subiu correndo para entregar os equipamentos no almoxarifado – Hey, onde nós vamos almoçar? Eu estou morrendo de fome – A Xerife vinha descendo as escadas toda animada.
- Isso é uma surpresa...
- Huuuum, eu adoro surpresas.
Elas saíram e foram seguindo o caminho de casa, a mulher de cabelos azulados não estava se segurando de curiosidade, mas sabia que não adiantava perguntar. Finalmente chegaram na porta da casa que estavam usando no momento e Vi parou na porta.
- Não me diz que a gente vai almoçar em casa...
- Ahn, mas eu digo sim... Nós vamos almoçar em casa. Você poderia abrir a porta?
- Por que você não abre?
- Digamos que eu não estou com a minha chave...
- Como assim? – Caitlyn estava abrindo a porta, mas logo em seguida parou ao ver a mesa de jantar preparada para uma refeição completa com velas e tudo mais. Sorrindo ela foi andando na direção da sala se voltou para olhar a mais nova que estava fechando a porta com um sorriso besta no rosto – Como??
- Eu cobrei um favor para uma pessoa... Eu achei que se fosse um almoço você iria se surpreender mais do que com uma jantar... De qualquer forma você não está bebendo por minha causa!
- Não é por sua causa – Ela deu de ombros – É só que se você não pode beber comigo, não tem graça nenhuma... – A mais alta tinha jogado os braços sobre o ombro da outra e capturou seus lábios, mas não puderam aprofundar mais um beijo porque logo foram interrompidas por um garçom.
O almoço foi maravilhoso, as duas conversaram bastante e sorriram mais ainda, a zaunita tinha realmente se empenhado na surpresa.
- Eu amei...
- Que bom, fico feliz em te surpreender... Eu amo te mimar, você sabe disso.
- Sim, eu sei. E eu amo muito ser mimada por você.
Vi sorriu, mas em seguida caiu na gargalhada – Sabe o que mais eu amei hoje?? Você colocando aquele almofadinha no lugar dele.
Caitlyn revirou os olhos – Eu fiquei sem ação... Que babaca.
- Ele já tinha sido esnobe comigo antes. Ele teve a pachorra de liberar feromônios pra tentar me intimidar.
- Você tá brincando?! – A mulher de cabelos azuis perguntou incrédula, a outra fez uma sinal de negativa arrancando uma risada da outra – Caramba, esse cara teve muita sorte... Se você estivesse 100% você iria arrancar o couro dele...
- Sim... Mas eu contei minha história, fiz meio que um charme... Conquistei os companheiros dele com a minha quase morte, precisava ver os outros novatos olhando para ele como se o cara fosse um monstro.
- Olha só... Você aprendendo a ser ardilosa...
- Eu tive a melhor professora do mundo...
A Xerife estava levando o copo na boca mas parou no meio do caminho e deu uma risadinha nasal – Isso foi um elogio??
- É claro. Você é a pessoa mais inteligente que eu conheço, e você tem uma sarcasmo que eu nunca vi em mais ninguém... Eu te admiro muito Cupcake!
- Tá bom, no final foi um elogio... Eu também te admiro muito Vi... Fico muito feliz de ter me apaixonado por você.
- Eu te amo...
Caitlyn se encostou novamente na cadeira e abriu um sorriso amplo – Fala de novo...
- Vi sorriu de um forma tímida – Eu amo você, Caitlyn Kiramman, Xerife de Piltover... Eu vou te amar até o fim dos meus dias...
- Eu também te amo demais Vi... Eu vou amar você cada dia mais.
- A minha vontade agora seria dispensar o pessoal da cozinha e terminar esse almoço no quarto... Seria ótimo, mas eu vou ser obrigada a dispensar isso... Tenho uma reunião no conselho daqui... – Olhou o celular – Meia hora. Mas eu topo continuar esse almoço mais tarde.
Vi deu um sorrisinho, mas em seguida inspirou profundamente. As duas não tinham tido muito contato sexual depois do acidente, geralmente ficavam nas trocas de carícias, no máximo uma masturbava a outra, mas nada a mais.
- O que foi Vi??
- Nada... É melhor a gente ir indo... O pessoal vai arrumar tudo pode deixar aí. Faz parte do pacote.
Enquanto estavam voltando a Xerife insistiu – Vi, eu queria muito que você conversasse comigo... O que está acontecendo com você?
Ela suspirou – Eu só estou frustrada, talvez com medo...
- Por causa do sexo?
- Sim... Eu queria voltar a ser como eu era antes, queria poder te satisfazer e não... – Ela ficou quieta.
- E não??
- Ahn, Cupcake... Eu não sei...
- Vi, nós transamos essa semana, você por acaso acha que eu estava fingindo?
- Transamos Caitlyn?!
- SIM... – A Xerife parou na frente da outra a obrigando a levantar o rosto – Nós transamos e foi gostoso.
A mais nova desviou o olhar antes de continuar falando – Foi gostoso?!
Então a mulher de cabelos azuis olhou em volta, ela engoliu em seco e soltou a respiração com tudo – Puta merda... Eu... Vi, não foi bom pra você? É isso??
A zaunita levantou o rosto pela primeira vez, desde que começaram a voltar para o trabalho, buscando os olhos azuis que tanto amava – Não, espera aí Cupcake... Não foi isso que eu quis dizer... É lógico que foi gostoso pra mim. Mas eu tenho certeza que pra você não deve ter sido tão bom assim, nós antes... Porra era bom demais.
- Você deveria falar por você mesma Violet – Em seguida a Xerife virou as costas e apertou o passo em direção da delegacia. Sem nem ao menos se importar em deixar a mais nova para trás sozinha.
Ela entrou pela delegacia sozinha e foi subindo a escada rapidamente, mas tinha que cruzar com Azir, passou com tudo pelo homem e ele foi atrás...
- Hey, o que aconteceu?? Por que você está tão agitada??
- Azir, de boa... Eu não estou com cabeça agora...
- Como assim?? Cait – Ele foi correndo atrás da mulher e invadiu a sala dela – Fala comigo, aconteceu alguma coisa?
- Você tem certeza que você quer saber o que aconteceu?
- É claro... Pra que servem os amigos?
- ÓTIMO... APARENTEMENTE MINHA MULHER NÃO TEM SENTIDO MAIS PRAZER COMIGO... – Ela respirou aceleradamente com a boca aberta.
- Ahn... Eu – Ele deu uma tossida para limpar a garganta e foi se sentar em uma das cadeiras – Por que você está dizendo isso??
- Ela me disse... Ela disse que não tem sido igual era antes... Eu... Eu... Eu... Eu Não sei o que pensar.
- Então você acha que ela não sente mais tesão por você?
- O quê?? Eu... Tem a possibilidade dela não sentir mais nada por mim??
- É lógico que não Caitlyn... A Vi é simplesmente louca por você, desde quando ela te conheceu eu tenho certeza que ela arrastaria um caminhão de bosta por sua causa...
- Ela arrastaria??
- Sim... Com toda certeza... Eu acredito que o problema não é você, pensa... Isso tudo que aconteceu mexeu com a virilidade dela...
- Deuses Azir , a Vi não é um homem hetero top, marombeiro de academia, ela não é insegura a este ponto...
- Ela pode até não ser... Mas essas coisas psicológicas mexem demais com a nossa cabeça.. Você tem certeza absoluta de que ela não está insegura neste momento? Aposto que antes do acidente ela te comia bem mais gostoso do que agora...
- Ahn, meu pai amado... Por que mesmo eu comecei a ter esse tipo de conversa com você?? – A Xerife tampou o rosto completamente vermelha.
O homem caiu na gargalhada – Porque você precisava de alguém para te fazer enxergar a verdade... A Vi está insegura, ela deve se sentir menos capaz de te satisfazer do que antes, pode achar que você está com ela por dó.
Caitlyn retornou a mão do rosto e esfregou os cabelos – Eu acho que você tem razão. Obrigada Azir – A mulher saiu de sua sala e foi descendo as escadas rapidamente, no meio do caminho pôde visualizar sua companheira mostrando o quadro de casos – Hey, será que eu posso falar contigo?
- Ahn, agora você quer falar comigo? – A zaunita estava com um carranca medonha, o que levou a Xerife arregalar os olhos, ela conseguia dar medo quando queria.
- Você tem toda a razão de estar brava comigo... Eu fui muito escrota com você agora a pouco, mas eu realmente gostaria de conversar contigo.
- Mais tarde a gente conversa Caitlyn...
- Eu não ligo de falar o que eu preciso falar aqui na frente de todo mundo – Apesar da seriedade acabou sorrindo ao ver a mais nova semicerrando os olhos – Tá... Eu me incomodaria de falar o que eu quero aqui na frente de todo mundo... Me incomodaria muito na verdade, por favorzinho?!
- Usar Meu Malvado Favorito contra mim é maldade – A Xerife abriu um sorriso enorme ao ouvir a outra falando isso – Tá tudo bem Cait... Eu fiquei um pouquinho chateada de ter sido abandonada no meio da calçada sendo que eu não conseguiria correr atrás de você... Isso foi covardia sua, mas é sério a gente conversa mais tarde, pode ir para a sua reunião tranquila que eu não estou chateada...
- Mas deveria... – A mulher de cabelos azulados se virou para olhar o relógio e fez uma careta – Ah porra, eu estou mega atrasada.. Até mais!!
A zaunita ficou olhando ela se afastar e em seguida suspirou, mas logo olhou em volta e absolutamente todo mundo estava olhando para ela – Alguém perdeu alguma coisa?? Acho que não, né?! Vão caçar algo para fazer...

(=^.^=)

Já passava das dezoito horas e nada de Caitlyn ter voltado de sua reunião no Conselho, Vi já estava sentindo muitas dores, ela sabia que precisava descansar um pouco. Então mandou um recado no celular da companheira e foi se encaminhando para casa.
Deixou as roupas na máquina, tomou uma chuveirada rápida e em seguida se deitou após tomar uma dose de analgésicos. Acabou dormindo antes mesmo de jantar.
Depois de algum tempo a Xerife chegou e após deixar sua roupa na máquina saiu procurando pela zaunita, sorriu ao ver a outra dormindo, não resistiu e acabou tirando um foto dela dormindo.
Ficou olhando por alguns segundos para a tela do celular, suspirou pesadamente ao se lembrar da discussão entre elas. Foi tomar uma chuveirada, sua tarde havia sido super cansativa, ela jamais conseguiria ser Conselheira, esse tipo de trabalho não fazia seu estilo.
A Xerife deu um pulinho com o susto que havia tomado ao sentir um corpo a abraçando por trás – Deuses, Vi... Você estava dormindo até agora...
- Eu acordei com o barulho do chuveiro... Estava com saudades.
A Xerife se virou de frente passando os braços pelo pescoço da mais nova – Eu também estava... Ainda bem que você acordou eu iria ficar com dó de te acordar.
A zaunita deu um selinho e começou a esfregar o nariz na marca já cicatrizada, sorriu ao sentir o aroma na mais velha começando a ficar mais forte – Ainda bem que eu acordei então – Deu alguns beijos na região.
- Huuuuuuum, isso é tão gostoso.
- Eu amo tudo em você, Cupcake... – Vi começou a passar a mão pelo corpo alvo, apertava alguns lugares enquanto sentia sua própria intimidade ficando humedecia com os gemidos que já estavam ficando altos no ambiente – Eu queria muito te pegar no colo e te carregar até a cama... Será que eu te levar pela mão perde um pouco do encanto?
A Xerife abriu um sorriso gigantesco fechou o registro e foi andando até o quarto levando a mais nova pelas mãos. Rapidamente deitaram de lado na cama e passaram a se beijar voluptuosamente, sentia falta desse contato.
Vi começou a liberar feromônios e forçou a mais nova a se deitar de costas, se encaixando entre suas pernas. A zaunita não deixou de a beijar por nenhum segundo enquanto suas mãos passeavam pelo corpo abaixo de si, gemeu em meio ao beijo ao sentir a outra arranhando suas costas – Cupcake – Voltou a beijar o pescoço dando atenção especial à marca.
A mulher de cabelos azulados passou a perna pelo quadril da outra grudando ainda mais suas intimidades. Estava começando a perder o controle com as presas da mais nova arranhando a marca de leve – Me morde Vi...
A zaunita sorriu e esfregou um pouco mais o rosto na região, mas ao sentir mais ainda o aroma que tanto amava acabou abocanhando a região. No mesmo instante sentiu uma descarga de adrenalina por seu corpo todo, sem nem perceber iniciou um movimento com seu quadril, ao sentir a intimidade completamente húmida da outra aumentou ainda mais a velocidade de seus movimentos.
Até sentiu um pouco de dor, mas no momento isso era a coisa menos importante do mundo, ela somente precisava fazer sua Ômega ter o melhor orgasmo possível. Aliviou o aperto com a boca e iniciou um beijo desesperado.
Já podia sentir seus corpos começando a tremer levemente, o prazer já tomando conta de todos seus sentidos, após continuarem por mais alguns segundos ambas chegaram a um orgasmos fantástico.
Separaram suas bocas e gemeram alto, seus feromônios tomavam conta do ambiente  Vi lentamente se virou para o lado ficando deitada de barriga para cima – Deuses, Cupcake... Certeza que os vizinhos devem estar sabendo que nós tivemos este momento.
A mais velha caiu na risada enquanto ia esticando as pernas – Isso porque você teve a cara de pau de dizer que nunca mais iria conseguir transar gostoso comigo... Imagina no nosso cio! DEUSES... Não é bom nem pensar neste tipo de coisa que eu já sinto um arrepio pelo corpo todo.
A zaunita começou a rir também – Me desculpe pelo o que eu disse a tarde, eu me expressei mal, porque mesmo que eu não goze, o que eu acho impossível de acontecer, sempre vai ser muito prazeroso transar com você...
- Eu sei disso Vi, me desculpe também por ter agido que nem uma babaca, eu só fiquei bem frustrada com toda a situação, ainda mais sabendo que você estava se sabotando... Você viu como você da conta?!
Vi abriu um sorriso amplo, ela chegou a estufar o peito toda orgulhosa – Eu fico feliz em ouvir uma coisa dessas – A mulher de cabelos rosados se virou de lado e tocou levemente a marca, um arrepio generalizado percorreu o corpo de ambas.
- Ahn Vi... Você me mata assim...
- Uhum... Acho que não foi uma boa ideia mesmo tocar aí bem agora – A mais nova falou ao sentir sua intimidade encharcar novamente – Agora eu vou ter que dar um jeito em você, mais uma vez...

Seu aroma me enlouque ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora